15. (Amanda)

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-Já sabe quando vai ter alta? -olho para Pedro e abaixo minha cabeça para continuar tomando uma sopa que Amma trouxe.

-Parece que na terça! -respondo colocando uma colher na boca.

-Da onde você veio Amanda? -ele pergunta, com ar de desabafo, olho pra ele e respondo normalmente.

-Você sabe, eu morava em um condomínio com meus pais antes de engravidar! -volto meu olhar pra sopa.

-Tem certeza Amanda, você não ta metida em milícia nenhuma? -até me engasguei com a pergunta, me ajeito na cama e ponho o prato de sopa na pequena mesa ao lado da cama, respiro fundo e olho bem dentro dos olhos do Pedro.

-Não Pedro, eu acho que sim, eu também acho que vim de uma família de traficantes, meu pai era o chefe assim como o seu chefe, minha mãe separava as drogas pra enviar pro comprador certo, meu irmão mais velho tem uma biblioteca fingida sabe, ele esconde toneladas de pacotes de vários tipos de drogas, eu me passo por uma doce menina recatada  do lar, porém fui enviada pra cá com o único objetivo de matar você e seu chefe. E agora tá bom pra você? 

-É sério? -revirei meus olhos e volto pra forma como estava.

-Claro que não! -pego minha sopa novamente -Não sou de milícia nenhuma, vim de uma família muito rica e sem coração que me tirou de suas vidas na primeira oportunidade!

-Então trate de contar isso pro LK, porque ele quer te matar! -fico confusa, não entendo porque esse ogro quer me matar, não fiz nada pra ele.

-Se é por que eu nunca paguei o aluguel, eu posso explicar, minha vó disse que nunca pago porque o LK tinha dado a casa pra ela. -digo sem pensar e acabo me engasgando de novo com a imagem que vejo, a porta sendo aberta pela ultima pessoa que eu achei que vinha.

-Não é por isso! -sua voz grave mais ao mesmo tempo normal toma conta de todo o ambiente.

-Lk não é uma boa hora cara! -vejo Pedro se levantar rapidamente assim que vê ele.

-O que você quer? -me encolho na cama, assim que ele começa a andar até a cama.

-O que você tá fazendo cara? -olho pedindo socorro com os olhos pro Pedro.

-Só quero ter uma pequena conversa com a nossa paciente! -me encolho mais ainda quando vejo que ele tenta tocar minha perna. -Saia PR!

Observo Pedro tocar o ombro de LK e sair, parecia uma troca de olhares que só eles entendiam. Ele chega mais perto e se senta na cadeira ao meu lado.

-Então parece que começamos da maneira errada, eu tenho uma proposta pra te fazer! -ele diz se ajeitando na cadeira.

-Proposta? -tento parecer calma, mais minha cabeça está em uma festa.

-Quero que você seja minha! -ele diz tão calmo que até parece que apenas está me oferecendo um pirulito, começo a ter uma grande crise de riso instantâneo. 

-É serio isso? -paro de rir quando ele se levanta e chega bem próximo a cama.

-Você vai ser minha!

























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continua...

A Menina Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora