A Fera e a Quase Bela |LIVRO 1|

Capítulo 2

- Olá! Alguém está ai? - perguntava enquanto subiamos a escada dentro do armazém. Sim, estava aberto e já fomos entrando com nossas armas preparadas caso nos deparamos com algo que não esperamos. Escutavamos alguns pequenos barulhos no andar de cima e decidimos continuar.

- Você me coloca em cada uma Bela! - Alyssa resmungava atrás de mim.

- Se não queria isso,por que virou detetive? - virei meu rosto e a encarei. Em segundos seu olhar ficou atônito.

- O que vocês querem aqui? - escutei uma voz forte atrás de mim. Quando virei o vi. O olhar de Alyssa não era de assustada mas, de fascinada. Ele era um homem alto, de bela estatura, com um olhar marcante, era notável seus músculos em sua blusa que marcava. Até mesmo sua cicatriz em seu pescoço que subia até seu rosto, era um charme.

- Sou detetive... - fui interrompida.

- Sei quem você é. Isabella Parker. - ele disse.

- Como sabe? - perguntei com a curiosidade aguçada.

- O que faz aqui? Ainda não me respondeu. - ele rebateu.

- Onde estava na noite de 2 de março? - fui direto ao ponto.

- Está investigando algo?

- Conhecia Paul? Paul Fitz?

- Vamos continuar nos respondendo com perguntas? Isso é cansativo. - ele passou a recuar para dentro.

- Preciso que me responda Noah. - ele parou. E quando se virou, já não era mais aquele homem de bela aparência. Ele se tornou furioso em segundos.

- VÃO EMBORA! - ele gritou - Vocês entram aqui, sem permissão, passam a me fazer um monte de perguntas sem me explicar o que querem. - ele estava realmente irritado, seu humor mudou completamente - Não quero mais vê-las aqui!

- Vamos Isabella - Alyssa me puxou. Não dessa vez, me livrei dela e me aproximei dele.

- Você o matou? - questionei com meus olhos encontrando os seus.

- Saia! - ele disse em um tom forte. Ele tentava me amedrontar. Logo eu, que enfretei tantos criminosos. Ele era apenas mais um na lista.

- Será um prazer o colocar atrás das grades! - o respondi e o silêncio tomou conta. Ele apenas me encarava sem dizer uma palavra. Em seguida, segui Alyssa para fora do armazém.

- O queria em prisão domiciliar em minha casa - Aly soltou ao entrar no carro.

- Alyssa! - a repreendi.

- Que foi? Ele é um gato, não dá para negar. Um assustador de um gato! - ela se explicou.

- Preciso achar as provas. É evidente que ele é culpado. - mudei de assunto.

- E como fará isso agora?

- Precisamos ir ao local onde aconteceu e depois preciso analisar o que já encontraram.

- Turner tinha algum suspeito?

- Somente ele. O Noah. Foi o único visto no local.

Voltamos a delegacia e passei o resto do dia analisando as evidências que Turner havia conseguido. Nada me direcionava ao Noah. Nada o incriminava. A arma do crime ainda estava desaparecida. O que me ajudaria, seria um mandato para investigar o armazém de Noah. Era isso que eu precisava.

- PARKER!! - me assustei com Aly me chamando - Estou te chamando a tempo. Já passou da hora de ir embora. Para casa. Você por acaso tem uma? - falou debochando de mim.

- Engraçadinha. Tenho sim.

- Bela! - ela falou pensativa - Por acaso não era hoje...

- MEU ENCONTRO - gritei. Droga, havia me esquecido completamente. Prometi a Oliver que hoje iamos jantar. Olhei no relógio, tinha apenas meia hora.

- Corre! - Aly me falou com firmeza. Peguei minha jaqueta, minha bolsa e as chaves.

- Fui - respondi para Aly correndo para fora da delegacia.

- Boa sorte - escutei ela gritar enquanto eu corria para o carro. Tinha meia hora, para me arrumar e o encontrar. Sei que sou capaz disso. Conheço Oliver a anos, e demorei para perceber o que sentia por mim. Era nosso primeiro jantar. Desmarcar pela décima vez, seria arriscado demais.