- Sim Capitão! – Aly e eu falamos em coro ao entrar na sala de Hoffman.
- O pai de Jessy London, acaba de sair daqui. Sua filha deixou essa carta e parece que fugiu – ele nos explica, entregando-me a carta em seguida. A qual passo a ler:
"Querido papai,
Não sei ao certo como começar essa carta. Despedidas nunca foram o meu forte. O senhor sempre esteve ao meu lado, me apoiando, me protegendo, sendo meu perfeito herói. E me aconselhou muito sobre Paul. Sinto muito, não ter dado ouvidos ao senhor. O senhor estava errado, ele era um bom homem, mas seus "amigos" certamente não eram. E por isso, preciso ir embora. Para minha segurança e para a sua. E por favor, eu lhe peço, não dê ouvidos quando me apontarem de matar Paul. Eu não o fiz papai, e sei que confia em mim. Jamais faria isso a qualquer um, quem dirá ao homem que eu amava. E peço mais um favor, não me procure, não tente saber onde estou, é para a nossa segurança. Sei que um homem virá atrás de mim, chamado Noah, ele tem uma cicatriz em seu pescoço. Desconfio muito dele. Ele odiava o Paul, e me ameaçou diversas vezes. Se o senhor o ver, não diga nada. Não diga nem mesmo que não sabe onde estou, pois temo o que ele pode fazer ao senhor. Invente qualquer coisa.
Sinto muito papai, não me despedir pessoalmente. Mas quando tudo se acalmar, estaremos juntos novamente. Eu prometo.
Com amor,
Sua Jessy."
- Preciso ir! – digo ao terminar de ler a carta.
- Ir par onde Parker? Atrás do cara com a cicatriz no pescoço? Era ele na sala de interrogatório, não era? Pelo visto parecem ser mais amigos do que rivais. – Hoffman expressa fazendo o meu sangue ferver por dentro.
- Não Garrett... – esbravejei até ser interrompida.
- Capitão Hoffman para você Parker – ele retrucou.
- Capitão Hoffman! Não sou amiga dele, o detesto. Ele é um criminoso, apenas não tinha provas ainda. Mas com isso – apontei para a carta – vou colocá-lo atrás das grades. O lugar que merece.
- Assim espero. E que resolva esse caso o mais depressa possível.
- Sim Capitão. – foram minhas últimas palavras antes de sair de sua sala acompanhada de Alyssa que não abriu a boca para nada.
- Bela, Bela, Bela! Espere – Aly segurou meu braço.
- Que foi? – perguntei.
- Está com pressa para ir no armazém e jogar na cara dele que conseguiu algo que o incrimina? – ela questionou.
- Claro. Com isso posso tranquilamente revistar o seu armazém e certamente achar a arma do crime. E pronto, caso solucionado e minha vida ao normal de volta. – respondi pegando as chaves em cima de minha mesa.
- Bela! Por favor, pare e pense um pouco... – ela dizia.
- Pensar em que? Ele é o assassino, e assunto encerrado – a interrompi.
- Isabella Parker, seu ódio por ele está te deixando cega! Olhe para essa carta, nela a garota disse que Noah odiava Paul, e que já a ameaçou. Mas ela não contou isso para nós – Aly tentava me fazer raciocinar.
- Talvez ela não contou por medo – retruquei.
- Por medo? Por que na carta ela não teve medo?
- Porque era para seu pai! – respondi.
- Bela, dê um voto para Noah se explicar. Você pode estar acusando um inocente. E se você decidir ir ao seu armazém, não conte comigo – ela disse e em seguida se retirou.
Fiquei ali, com as chaves em minha mão e uma guerra em minha mente. Estava impossível raciocinar, quem dirá chegar a uma conclusão. Porém, decidi ir até o carro, mas meu destino, não era mais o armazém de Noah.
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A Fera e a Quase Bela |LIVRO 1|
AcciónIsabella Parker sabe realizar bem o seu trabalho. Encarada como frágil mulher, já foi capaz de colocar criminosos perigosos atrás das grades. Esquece de sua vida pessoal para se dedicar ao máximo em sua profissão. E o que era para ser apenas mais um...