Capítulo 3

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- Nem acredito que realmente veio! - Oliver diz ao me ver, em seguida dá uma breve olhada em seu relógio - Um pouco atrasada, mas veio - ele concluiu puxando a cadeira para mim.

- Me desculpe Ollie - digo, logo me sentando - estava uma correria hoje.

- Eu sei Bela. Seu trabalho é tudo. Sei muito bem disso - sinto o desânimo em sua voz.

- Mas, agora não é hora de falar sobre meu trabalho - tento mudar o foco da conversa - Me diga, como foi o seu dia?

Oliver era professor de química em uma das melhores universidades da região. Inteligente, e um gato! Muitas mulheres querem chamar sua atenção. Mas, eu fui a escolhida. Fomos amigos por muitos anos, e só depois de Alyssa insistir tanto no assunto, que realmente me dei conta dos sentimentos de Oliver. Porém, não estava tão certa do que eu sentia.

Ele contou sobre seu dia, sobre alguns problemas que sua família está passando e depois que o vinho chegou, estávamos rindo até mesmo da sombra de uma garçonete. Admito que precisava relaxar um pouco. E a companhia de Oliver, ajudava muito.

Nosso jantar, em geral, foi tranquilo e divertido. Até mesmo deixo Oliver me levar para casa.

- Obrigado Bela, pela companhia hoje! - ele diz enquanto estamos no elevador.

- O jantar foi ótimo. Fico feliz de não ter desmarcado dessa vez - digo com um sorriso, o qual não dura muito tempo. Pois, sou surpreendida pelos lábios de Oliver nos meus.

- Sério? Beijo em elevador? - escuto uma voz forte dizer quando o elevador chega no andar de meu apartamento.

Era Noah, parado a nossa frente.

- Desculpe, eu já estava indo embora. - ele diz entrando no elevador - vocês podem continuar!

- Oliver! Preciso que vá embora. - digo para Ollie, o qual fica sem entender o que está acontecendo.

- Viu! Ela te dispensou! Beijos em elevador, não funcionam. - Noah passa a dizer para Oliver enquanto sai do elevador.

- Cale a boca - retruco sem dar conta - te ligo depois Oliver! - o elevador se fecha e vejo por alguns segundos o desapontamento de Ollie. Mas, eu precisava descobrir mais sobre Noah. Meu trabalho, sempre em primeiro lugar.

- Ser detetive resulta em um belo apartamento então - Noah diz quando entramos.

- O que veio fazer aqui? - pergunto sem demora.

- Ansiedade não faz bem a saúde! - ele me provoca, fazendo meu sangue ferver por dentro - Você quer respostas, quer desvendar um crime, mas para isso, as coisas serão do meu jeito. Você precisa de mim, então, se comporte bem!

- Não. Eu não preciso de você! Você é um criminoso... - retruco até ser interrompida.

- Vamos começar por ai! Não sou um criminoso!

- Tudo aponta para você Noah!

- Então você é uma péssima detetive! - ele realmente consegue ser insuportável.

- Saia de minha casa! - digo com os nervos a flor da pele.

- Tudo bem. Se não quer respostas! - ele diz indo em direção a porta - tentei ajudar.

- Espere! - respondo sabendo que me arrependerei depois - Diga o que sabe.

- Não é bem assim. As coisas serão do meu jeito! Não posso dizer! - ele diz me fazendo ficar confusa.

- Como assim?

- Para que eu diga, você precisa se mudar para o armazém. Preciso te proteger e então, conto tudo a você. - ele explica e minha mente fica processando suas palavras.

- Me mudar? Para seu armazém? Para VOCÊ, me proteger? - "era algum tipo de pegadinha?" minha mente questionava.

- Isso mesmo - ele confirmou e a única coisa que consegui fazer, foi rir da situação.

- Repito! Saia de minha casa - digo por fim.

- Você sabe onde me encontrar - ele responde antes de desaparecer de meu apartamento.

O vinho, a conversa com Noah, estava fazendo minha cabeça girar, tudo que eu precisava era de um bom banho, e algumas horas de sono.

A Fera e a Quase Bela |LIVRO 1|Onde histórias criam vida. Descubra agora