*Na cidade, um novo amigo*POV Chat Noir
Levantei-me da cadeira, destranquei a porta e me pus a procurar por Plagg. "Onde aquele idiota se meteu?", eu me perguntava. Precisava da ajuda do imbecil para ontem! Aquele caso não podia esperar mais. Passei apressado pela copa da delegacia, quando ouvi uma voz familiar. Voltei para a porta da sala onde havia um filtro para beber água, uma máquina de café já bem velha, e uma mesa com 4 cadeiras. "O Chat está super estressado por causa dos casos da Ladybug...", ouvi Plagg comentar, "O garoto está sobre carregado, precisa esfriar a cabeça... Se continuar assim vai acabar explodindo", ele conversava com outras três pessoas, "E, pelo que eu saiba, esse gato não tem 7 vidas", Plagg ria enquanto imitava barulhos de explosão. Adentrei a sala gritando o nome do idiota, "Plagg! Pare de ficar conversando por aí e vamos trabalhar, o senador está morto, e não temos nenhum suspeito!". O moreno me olhou ameaçador, eu sabia que ele odiava quando era interrompido em seu tempo livre. Continuamos nos encarando por alguns segundos, como se discutíssemos apenas pelo olhar. Os outros três policiais logo perceberam o clima tenso que ia se alastrando e não demoraram para se retiraram da sala, deixando eu e Plagg a sós. "Eu estou no meu horário de pausa, caralho. Que porra, você sabe que eu não gosto de ser atrapalhado nessa hora com trabalho! E pare de ser idiota Ad... Amigo!", ele disfarçou o que ia dizer, me fazendo massagear as têmporas com seu quase deslize. Aquela manhã não estava sendo nada produtiva, e aquilo não me agradava. "Claro que temos um suspeito, ou melhor, uma suspeita, Ladybug", ele prosseguiu, "Basta olhar a assinatura, caso resolvido!", ele falou e encheu um copo com café. "Você nem ao menos viu as fotos da cena do crime ou do corpo da vítima, né?", perguntei incrédulo. Ele me olhou com a sobrancelha direita erguida. Bufei, "O corpo não tá assinado, não há digitais em nenhum lugar da cena do crime e a autópsia não conseguiu determinar a arma utilizada para esquartejar o senador", Plagg me encarou surpreso, continuei falando, "A única certeza que eles têm, até agora, é que o senador morreu asfixiado, há hematomas em seu pescoço denunciando um enforcamento". "Ladybug nunca assassinou ninguém asfixiado, até porque ela prefere lâminas...", refletiu Plagg. "Mas isso não é motivos para deixarmos de desconfiar da Joaninha!", completei. "Acho melhor falarmos sobre isso na sua sala.", concluiu Plagg, eu apenas concordei.~~~~~~
POV Ladybug
"Depois que eu conseguir entrar em contato com o detetive, vou pedir a Tikki que os avise, preciso que vocês o sequestrem", falei seria. "E depois, Bug? Para onde o levamos?", perguntou Evillustrador. "Tragam ele para cá, só terei de ficar na cidade por uma semana. Tempo o suficiente para vocês o sequestrarem", respondi. "Um sequestro planejado em menos de uma hora, com planos de manter em cativeiro um conhecido detetive? Ou sua confiança aumentou bastante, Ladybug, ou você ficou louca de vez", afirmou Temporizadora, "Ainda tem a questão do 'cometer crimes com perfeição', o que tem de perfeito nesse plano?". "Eu não quero saber como diabos vocês vão fazer isso... Vocês apenas farão", eu disse com uma voz autoritária, "Os chamei porque achei que fossem capazes de realizar tal façanha, mas acho que me enganei". "Você está duvidando da nossa competência Ladybug?...", Temporizadora falou em um tom ameaçador. "Achei que já tivesse deixado isso bem claro, mas, se você precisa de uma confirmação explícita: sim, eu estou", a Joaninha respondeu. "Sabe muito bem que nós também somos pessoas com bastante influência no mundo do crime francês, não duvide de nós! Muito menos de mim!", ela praticamente rosnou. "Temporizadora!", Evillustrador se levantou e a repreendeu em minha defesa. Coloquei a mão e sem peito, fazendo-o sentar novamente no sofá, "Deixe Evil, deixe ela falar o que quiser... só aviso uma coisa, Temporizadora! Minha paciência não dura muito, e se eu perdê-la com você... Eu mesma faço questão de assinar o meu nome no seu cadáver!", eu falei calma, mas a encarando intensamente. Ela pareceu tremer depois da minha fala, abaixou a cabeça e falou, "Claro, me desculpe...". "Está tudo certo... Podem ir agora, vocês já receberam suas ordens", levantei-me do sofá, virei de costas para os dois e subi as escadas.
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La Puissance du Sang
FanfictionApós a morte de um importante senador francês, Ladybug, a maior assassina do país, e Chat Noir, o detetive mais aclamado da França, juntam forças para descobrir quem foi o responsável pela morte. Enquanto isso, Marinette e Adrien se conhecem por um...