*Assassinatos em vermelho e preto*
Marinette acordou cedo naquele dia, levantou-se preguiçosamente da cama e se dirigiu até a janela de seu quarto, abriu as cortinas para deixar a luz do sol entrar. Era mais um dia comum, com atividades rotineiras. Acordar, fazer as higienes pessoais, vestir uma roupa e esperar que sua fiel assistente e melhor amiga, Tikki, lhe informasse sobre os compromissos do dia, geralmente alguma reunião com seus sócios, se é que ela podia chamá-los assim. A garota desfilava pelo enorme quarto apenas com uma fina lingerie preta feita de renda. Caminhou até o banheiro, despiu-se completamente e tomou um longo banho. Já estava vestida e penteava os cabelos pretos, quase azuis, observando-se calmamente no espelho da penteadeira. Ela usava um vestido que acabava um pouco acima do joelho, com uma estampa de joaninha, sua favorita, também usava uma sapatilha vermelha. "Mari?", uma voz muito bem conhecida a chamou do outro lado da porta, "Posso entrar?". "Claro, Tikki. Entra!", Marinette terminou de pentear os cabelos e os amarou em duas marias-chiquinhas, "Então, Tikki, quais os deveres de hoje?". "Não muita coisa, Mari", ela observava atentamente o tablet em suas mãos, "Na verdade, só tem uma coisa, seus pais chegarão de viagem ao final do dia, o voo está previsto para chegar às 19:30 e pediram para que você fosse buscá-los no aeroporto, fora isso, você tem o dia livre". "Tá, você poderia pedir para o meu motorista passar aqui para me buscar às 17:30? Tenho que voltar para o apartamento no centro antes que meus pais cheguem.", Marinette pediu. "Claro", Tikki confirmou e anotou algo em seu aparelho. "Vou aproveitar essa ida na cidade para passar um tempo com a Alya, já tem um tempinho que agente não se vê", Marinette falou com um pouco de saudade, "Mas, me diga, Tikki, algum assassinato hoje?", ela perguntou, pegando o controle da TV e ligando-a para assistir ao jornal. "Ainda não, Mari, porque, há alguém que deveria morrer?", perguntou Tikki. "Não... Quer dizer, ainda não.", Marinette falou em um tom provocante, "Não vou poder me divertir enquanto meus pais estiverem na cidade...", ela disse manhosa, "Tenho que aproveitar essas últimas horas!". "E o que planeja, Mari?", a mestiça pareceu pensar em uma resposta muito bem formulada para dar a Tikki. "Como vai o gatinho?", Marinette perguntou. "O detetive? Está vivo, se é isso o que quer saber", a menina balançou a cabeça negativamente, "Não Tikki, como está a investigação dele?". "Nenhum avanço ainda, duvido que ele descubra que você está por trás do assassinato do senador.", ela respondeu. Marinette colocou um sorriso malicioso no rosto, "Ótimo, ele vai ficar andando em círculos com essa investigação!", Marinette riu satisfeita, "Já sei qual será minha distração... Marque uma reunião com a Temporizadora e o Evillustrador para daqui a uma hora, por favor". "Claro", Tikki falou e anotou ais alguma coisa em seu tablet, "Obrigada, Tikki", a mulher assentiu com a cabeça e se retirou do quarto.
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Adrien acordou bem cedo, como de costume, tomou um banho rápido, vestiu seu terno preto, colocou sua mascara sobre o rosto e dirigiu-se para a delegacia de polícia de Paris. Adentrou o prédio cumprimentando a todos, ele era considerado um dos melhores detetives de Paris, não era atoa que conhecia tanta gente na polícia. Chegou na sua sala, no 4º andar do prédio, entrou, colocou a pasta preta que carregava sobre sua mesa e pegou um café na máquina que ele havia colocado dentro da própria sala. "Bom dia, Chat Noir!", cumprimentou o chefe da polícia, Roger Raincomprix. "Bom dia, senhor", respondeu o loiro. "Algum avanço com o caso do assassinato do senador?", o chefe perguntou sério. "Ainda não, senhor, o assassino teve muito cuidado para não deixar nenhum tipo de rastro...", o rapaz mascarado pegou sua pasta, tirou as fotos da cena do crime e voltou a analisá-las, "Não há nada na cena do crime, nenhuma digital, nenhuma pegada, sinal de arrombamento ou um único fio de cabelo, eu mesmo fui lá conferir. O criminoso é excelente no que faz...", o chefe o olhou sério, "Mas eu também sou, senhor. Vou achar quem fez isso, e colocarei essa pessoa atrás das grades", o loiro falou confiante. O homem sorriu com a determinação do jovem detetive, "Claro que vai, garoto", Roger foi embora, deixando o detetive loiro sozinho em sua sala. Ele trancou a porta e sentou-se em sua cadeira. "Ladybug...", ele balbuciou, "Por que tenho o pressentimento de que você está por trás disso tudo?". O rapaz ligou o computador a sua frente, entrou nos arquivos com o nome 'Ladybug', era uma série de assassinatos e sequestros realizados pela mais famosa criminosa da França. Ele analisou cuidadosamente cada foto, cada caso em seu computador, tentava achar alguma coisa igual entre aqueles casos e a morte do senador, mas não achou nenhuma semelhança, apenas uma notável diferença. Em todos aqueles assassinatos, os corpos das vítimas tinham a assinatura da assassina '-LB'. Ela era orgulhosa, exibida, e extremamente ousada, isso deixava o jovem detetive louco. "Filha da puta...", ele resmungou. O corpo do senador não possuía a marca registrada da serial killer. Ele conhecia seu inimigo muito bem, e sabia que cometer aquele crime e deixar sua marca seria um troféu para a Joaninha. Se ela tivesse cometido tal ato, teria assinado. Mas, isso não era motivo para deixar de suspeitar da moça. Já fazia duas semanas que o senador estava morto, e Adrien não tinha um único suspeito, com exceção de Ladybug. Aquilo o preocupava mais do que ele deixava transparecer. "Cadê aquele idiota do Plagg?", resmungou.
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Marinette assistia tranquilamente ao jornal, deitada em sua enorme cama de casal posicionada no meio do quarto. "Como será que o gatinho está? Ele já deve ter duvidado de mim, mas como não assinei dessa vez ele deve ter suas dúvidas...", a mestiça falava sozinha. Algumas batidas na porta a tirou de seus pensamentos. "Ladybug? A Temporizadora e o Evillustrador estão a sua espera", falou Tikki do outro lado da porta. "Ok, obrigada, já estou descendo.", Marinette levantou de sua cama, foi até seu closet, tirou sua sapatilha, colocou uma meia preta extremamente fina que chegava até metade da coxa e calçou um salto vermelho. Por último, colocou sua mascara vermelha de bolinhas pretas sobre o rosto, era essencial que ninguém soubesse quem ela realmente era. A joaninha desceu as escadas de sua mansão e encontrou os outros dois mascarados em sua sala de estar, bebendo um taça de vinho. "Achei que vocês tivessem a própria adega", brincou Ladybug, "Por favor, me digam que não é a minha reserva especial." O ruivo, cujo codinome era Evillustrator, se aproximou da joaninha, "Quer provar?", ele perguntou fazendo biquinho. A garota o olhou de forma sensual, e lhe deu um selinho, lambendo os próprios lábios logo em seguida. "Vinho tinto... Não é um dos meus favoritos mesmo...", ela falou. "Ok, ok, pronto? Já acabaram com a troca de beijos?", Temporizadora, uma garota de cabelos tingidos de um ruivo que mais parecia rosa, reclamou, "Diga logo, Bug, o que você quer? Sabe que eu não gosto de perder tempo!", todos sabiam da relação além do trabalho entre Ladybug e Evillustrator, e Temporizadora não tinha paciência nenhuma para lidar com a tensão sexual que o ruivo exalava. A joaninha se aproximou da garota que reclamava, "Ah, pare de ciúmes Tempo...", a mestiça silabou sensualmente o apelido da menina, era como se saboreasse cada letra, "Se queria um beijo era só perdi", a joaninha se aproximou rapidamente do rosto do da Temporizadora e depositou um beijo rápido nos lábios dela. Automaticamente, a garota jogou a cabeça para trás, tentando cortar o contato o mais rápido possível, "Pare com isso, Bug... Sabe que eu não sou dessas coisas!", a menina de cabelos rosados reclamou enquanto passava a mão nos lábios, fazendo a outra rir. "Certo, certo, foi mal! Mas falando sério agora", Ladybug mudou sua expressão divertida para uma totalmente fechada, "Eu terei que ficar fora por uns dias, e aquele maldito gato está investigando o meu último crime". O ruivo logo a interrompeu, "O que quer que a gente faça, Bug? Quer que ele morra? Se for isso, é só dizer como". 'Como se fosse simples assim', Temporizadora conseguiu segurar a língua antes que o pensamento escorregasse pelos lábios. Ladybug olhou para o sócio e sorriu de uma forma provocante, "Não, claro que não... Que tipo de pessoa você acha que eu sou?", ela fingiu estar ofendida, mas logo em seguida gargalhou com prazer, "O detetive, Evil, quero saber quem ele é! Depois eu vou brincar um pouquinho com ele, e quando isso terminar aí sim vou matá-lo!", a joaninha sorriu maliciosa. "Bug, você nunca fica satisfeita? Achei que o cabeça de tomate aí já fosse seu cachorrinho!", provocou Temporizadora. Evillustrator riu pausadamente, "Olha quem fala, a cabelo de algodão doce!". "Calma, calma...", Ladybug interviu no que se tornaria uma longa discussão, "Eu não quis dizer neste sentido, Tempo. Quis dizer que vou tentar conseguir algumas informações da polícia que eu estou interessada". "Como pretende sequestrar um dos melhores detetives de Paris?", perguntou o ruivo, tomando mais um gole de seu vinho. "Simples, Evil, simples... Eu vou conhecê-lo pessoalmente". Os dois convidados se engasgaram com as bebidas. "O que?! Ficou louca, Bug?!", questionou a de cabelos rosados. "Você irá para prisão na hora!", exclamou o ruivo. Ladybug revirou os olhos, "Deveria ter chamado alguém mais inteligente...", a mestiça resmungou, fazendo os dois olharem incrédulos para ela, "Sorte de vocês que hoje estou de bom humor. Vou explicar, vou conhecê-lo sem a máscara. Entenderam?", os dois fizeram que sim com a cabeça. "Então é por isso que você vai para a cidade? Vai conhecer o detetive?", perguntou Evillustrator. "Minha vida não é da sua conta, ruivinho...", respondeu Ladybug de forma brincalhona. "Qual é, Bug? Achei que o nosso relacionamento já tinha avançado", falou o ruivo piscando para a joaninha. "Por favor, né, Evil? Até eu sei que a Bug só tem olhos para o gatinho preto...", provocou Temporizadora. O ruivo abriu a boca para falar algo, mas foi cortado pela menina de olhos azuis como topázios, "Esse tal gatinho preto, Tempo, me dá ódio! Isso sim!", ela não havia levando a voz, mas tinha um tom sombrio ao falar do detetive. A Temporizadora se apressou para falar, sabia que Ladybug nunca tinha paciência com quem a irritava, "Mas, quem liga, né? Diga logo, Ladybug, o que você quer que a gente faça? Não tenho o dia todo...". "Sabia que a pressa é a inimiga da perfeição? E é assim que eu cometo meus crimes, com perfeição. Não gosto, nem quero erros, ouviram?", a mestiça falou séria, e os outros dois concordaram com a cabeça, "Ótimo".
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La Puissance du Sang
FanficApós a morte de um importante senador francês, Ladybug, a maior assassina do país, e Chat Noir, o detetive mais aclamado da França, juntam forças para descobrir quem foi o responsável pela morte. Enquanto isso, Marinette e Adrien se conhecem por um...