*Uma noite quente no meio do frio*
POV Marinette
Chat parou o carro enfrente a um bar, até então, desconhecido por mim. Sai do carro e fiquei encostada na lataria do automóvel, analisando a parte externa do estabelecimento. Era simples, nada chamativo, com a exceção de uma placa com luzes neons indicando o nome do lugar. Chat se aproximou de mim, "Não quero nem tentar adivinhar o que my princess está pensando com essa cara...", ele ria da minha expressão. Realmente, era difícil esconder o fato de que eu tinha muitas dúvidas em relação aquele lugar. Ele sorriu de leve, "Não vai nem dar uma chance?", perguntou apontando pra porta, "Lembre-se que viemos aqui pra beber, amanhã você não vai nem lembrar que esteve aqui". Eu ri, "Não fico bêbada tão fácil assim, Chat, vai ter que se esforçar para me deixar completamente alterada!", provoquei. Ele apenas sorriu, "Veremos", o loiro falou em um tom de instigação. "Isso é um desafio?", perguntei interessada. Ele apenas deu de ombros e caminhou em direção à porta do bar. Mas ele era o Chat Noir, eu sabia que ele não iria desistir de tentar, ele podia ser teimoso, só não mais do que eu. Corri um pouco para alcançá-lo, ele sorriu ao me ver o acompanhando em direção ao bar. "Mudou de ideia?", ele perguntou ao me oferecer o braço. Eu aceitei, "Não vou deixar que você tenha razão", falei confiante, encarando-o diretamente nos olhos. "É assim que eu gosto, princess", ele trouxe minha mão para perto de seus lábios e a beijou. Senti como se uma corrente elétrica passasse por todo meu corpo, seus lábios eram tão macios, não pude evitar que minhas bochechas corassem. Ele riu confiante, aproximou seu rosto do meu, estávamos a apenas alguns centímetros de distância. "Então quer dizer que eu causo algum efeito em você, princess?", ele falou tentando me provocar, o cheiro doce do vinho que havíamos tomado a alguns instantes atrás misturado com um leve aroma de hortelã invadiram meu nariz, não consegui dizer se era o álcool da bebida ou o próprio cheiro do loiro, mas aquela proximidade me embriagava lentamente. Me afastei e virei o rosto, recobrando a sanidade o mais rápido possível, aquele gato não sabia com quem estava se envolvendo, "Gato bobo, nem ao menos me conhece...", ri e voltei a encará-lo, "Esse é um movimento arriscado, Noir...", juntei nosso braços novamente e voltamos a andar, "Para um detetive, acho que deveria pensar melhor antes de mover uma peça do tabuleiro". Ele sorriu sedutor, "My princess tem toda a razão!". Entramos no estabelecimento, o lugar parecia ter sido retirado da década de 50. Era bem espaçoso, eu precisava admitir. Do lado direito era o bar, um balcão com alguns banquinhos envolta e algumas mesas onde poucas pessoas estavam sentadas, elas bebiam e conversavam tranquilamente. Do outro lado, uma pista de dança, com mesas envolta onde se encontravam mais pessoas, mas ninguém parecia animado para dançar, já que a pista se encontrava vazia, um equipamento de som havia sido montado sobre um palco que ficava de frente para a pista, as musicas revezavam entre músicas atuais e outras mais antigas. Nos sentamos junto ao bar, nos banquinhos. Um rapaz, provavelmente da minha idade, que trabalhava como barman se aproximou de nós dois. "Boa noite, o que vão querer?", ele nos perguntou. Chat abri a boca para responder, mas eu o cortei, "Duas doses de Raki, por favor". Os dois rapazes me olharam surpresos, o barman apenas assentiu e se virou para preparar a doses. "Raki? Sabe pelo menos o que é isso?", Chat me perguntou ainda surpreso. "É um licor derivado de uvas, nacional da Turquia, e seu teor alcoólico pode variar entre 40 e 45 porcento", respondi normalmente. Ele sorriu encantado, "Parece que my Princess é uma grande conhecedora de bebidas. Estou impressionado". "Eu disse, gatinho...", o garçom colocou as doses na nossa frente, não hesitei em pegar o copinho e virá-lo de uma vez em minha boca, "Você nem ao menos me conhece!".~~~~~~~~
POV Chat
"Eu disse gatinho...", Marinette pegou a bebida que o rapaz havia acabado colocar no balcão, e a tomou em um só gole, "Você nem ao menos me conhece!". Ela era louca, completamente insana! Como ela conseguia ser tão inocente e delicada em alguns momentos e em outros manter uma postura madura e sedutora? Aquilo me excitava, e muito. Com certeza Marinette fazia meu tipo, na verdade, ela superava todas as minha expectativas. "Então me diga algo que eu deveria saber sobre você, princess.", falei e também virei o copo, despejando a bebida em minha boca de uma vez. "Uma coisa sobre mim?", ela fez uma expressão pensativa, "Mais uma dose por favor", ela sinalizou para o barman e depois olhou para mim, "Acho que você terá que descobrir sozinho". Olhei desorientado para ela, "Descobrir sozinho?". "Exatamente, gatinho...", ela falou enquanto brincava com o sino pendurado em meu pescoço, "O melhor detetive de Paris... deve ser uma honra ser investigado por ele!", ela piscou para mim. Afastou a mão do sino e segurou o novo copinho com a bebida, tomando-a de uma só vez novamente. "My princess é sempre tão misteriosa assim?", perguntei instigado. Ela riu melodicamente, "Não vejo graça quando todas as cartas ficam na mesa, a vista de todos", ela fez uma pausa, "Um bom jogador sempre mantém seus melhores truques escondidos". Sorri com aquela linha de raciocínio, a azulada não era apenas um rostinho bonito como qualquer outra com quem eu já havia transado, ela tinha opinião própria, e não deixava isso de lado em momento algum, além de, com certeza, não ser alguém que se deixa levar fácil. "Duas doses de Hennessy, por favor", falei. "Parece que não sou apenas eu que sei um pouco sobre bebidas", ela falou sorrindo. "Essa é uma das minhas muitas especialidade, princess...", o rapaz colocou as doses no balcão, e assim como ela apenas dei o shot de uma vez, "Você também tão pouco me conhece". Se ela queria jogar esse, pois bem, eu também sei jogar.
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La Puissance du Sang
FanfictionApós a morte de um importante senador francês, Ladybug, a maior assassina do país, e Chat Noir, o detetive mais aclamado da França, juntam forças para descobrir quem foi o responsável pela morte. Enquanto isso, Marinette e Adrien se conhecem por um...