*Suicídio*
"Hipnose?", Plagg perguntou, "Essa é sua nova teoria? O senador se matou porque estava sob efeito de alguma hipnose?", o loiro apenas confirmou com a cabeça, "Você tem noção de quanto isso é absurdo? Você está ficando doido, só pode!". Chat não quis se defender, apenas ignorou a reação do amigo, "Então, voltamos pra assassinato, se ele se matou por efeito de alguma droga hipnótica ou alucinógena, quer dizer que ele estava seguindo uma espécie de comando estabelecido pela substância, ou seja, por quem a implantou", Plagg ainda olhava incrédulo para o mascarado, "Isso é apenas uma ideia, ainda precisamos de mais relatos sobre o comportamento de Armand D'Argencourt". "Você quer que eu fale com o Fred Haprèle, não é?", o moreno suspirou, não queria estragar seu relacionamento com o dono do seu bar favorito, mas o faria se Chat Noir pedisse. "Não se preocupe", Chat se adiantou, "Eu mesmo iniciarei essa conversa". "Não acho que ele vai ser tão aberto quanto a senhora D'Argencourt, Fred não é fã de política", Plagg opinou. "Mas isso não tem nada a ver com política, pelo que a Senatriz acabou de confirmar, Fred Haprèle e Armand D'Argencourt eram bastante próximos, acho que ele não hesitará muito em colaborar com a investigação", o detetive respondeu demonstrando pouca preocupação. "Se você diz", Plagg deu de ombros, "Mas acho hipnose improvável, como alguém poderia ter hipnotizado o senador? Não precisa de um certo processo pra isso?". Chat não soube o que responder, não sabia nada sobre hipnose, mas era a única teoria que fazia sentido para ele naquela hora, "Eu não sei, mas vamos ter que esperar os resultados do veneno, talvez tenha alguma substância alucinógena nele". "E sobre a Ladybug? O que vamos fazer?", o moreno perguntou. "Como assim?", Chat respondeu. "Quando vocês vão se encontrar de novo?", Plagg passou a mão pelos próprios cabelos. "Você não está prestando atenção no que eu digo não? Quando ela tiver novas informações sobre o veneno", respondeu tentando disfarçar a preocupação. "E aquela sua amiga bonitinha?", o loiro olhou para o amigo sem entender, "Quando você vai ver ela de novo?", a malícia era clara na voz de Plagg, ele só queria distrair um pouco o amigo, sabia como Chat se desgastava para resolver todos os casos que lhe eram atribuídos. O detetive riu sem achar muita graça, "Somos só amigos, nada mais", Plagg arqueou uma sobrancelha, "Quando nossos amigos em comum resolverem sair, provavelmente, vamos nos ver de novo". O moreno bagunçou os fios loiros, já meio bagunçados, do mascarado, "Vocês já transaram duas vezes, dá pra ver que você quer mais". "Eu sei muito bem separar diversão de sentimentos, Plagg, você sabe disso, e, na minha atual situação, um relacionamento com alguém seria colocar minha identidade em risco, nós sabemos as merdas que podem acontecer se descobrirem quem eu sou", Chat suspirou cansado, "Só quero proteger minha família e vocês". Percebendo o clima ruim que havia se instaurado envolta do loiro, Plagg só concordou com a cabeça, sabia que, de qualquer jeito, Chat estava certo, o sacrifício que ele fazia era pro bem de todos. "Mas, mudando de assunto, vou ao Tout G com você, preciso que me apresente ao Fred", Chat falou. "Não é como se ele não te conhecesse", Plagg comentou mais para si do que para o detetive. "Prefiro as formalidades, não quero que ele omita informações importantes por não gostar de se envolver com o que eu faço", Chat Noir respondeu meio seco, ainda abalado com o assunto anterior. Plagg, só concordou com a cabeça, sabia que o amigo não iria querer conversar nessa hora, "Me avise quando você puder ir até lá", o loiro fez um positivo com a cabeça, e o moreno saiu da sala.
~~~~~~Ladybug estacionou o carro na entrada da casa, saiu do automóvel, trancando um ruivo mais dormindo do que acordado dentro dele, e entrou. Não tinha planos de ficar muito tempo, teria que voltar para Paris, ficar naquela casa, ilhada, esperando por respostas não faria bem para ela. Entrou pela porta da frente dessa vez, nem fez questão de estacionar o carro na garagem, passou na cozinha, nas salas de estar e reunião e no escritório, Tikki não estava em nenhum desses lugares, subiu as escadas e foi direto para o quarto dela e bateu na porta. "Pode entrar", Tikki respondeu. Ladybug abriu a porta e entrou, Tikki estava jogada na cama assistindo TV. "Oi!", Tikki cumprimentou animada, "Eai? como foi? Deu tudo certo?". "Oi, Tikki, você não sabe como eu estou aliviada em te ver", ela subiu na cama e deitou do lado da amiga, "Foi tudo bem, ele não tem um papel muito importante na polícia, não deve ser um perigo muito grande", respondeu, "Acho que no fundo ele só quer resolver esse caso mais rápido que o Chat Noir, eles se sabem da existência um do outro, mas acho quero Adrien tem um pouco de inveja do Chat, sei lá, talvez ele queria seguir as conquistas da mãe". Tikki concordou com um 'uhum'. "Mas, eu só vim deixar isso", Ladybug tirou o frasco com o veneno do bolso interno da jaqueta e entregou a Tikki, "Toma cuidado, aparentemente, isso é mais letal do que imaginamos, preciso que você você entregue isso à Princess Fragrance, quero todas as informações, composição, toxicidade, como age no corpo, como mata, quanto tempo demora, porque não existe registro dele no sistema, tudo". Tikki pegou a substância com cuidado e a guardou uma caixinha de jóias no criado mudo ao lado da cama, "Você não vai estar aqui pra recebê-la?". "Não, volto para Paris hoje mesmo, só vim deixar o Evil, que deve estar dormindo lá no carro até agora, e te entregar isso em mãos, você sabe que eu só confio em você", Ladybug falou acariciando o braço da amiga. "Obrigada, Bug, passarei todas as informações direitinho, não se preocupe", a de cabelos coloridos falou confiante. "Eu sei que vai", a mascarada suspirou, "Ficar em Paris vai me manter ocupada, Alya está tendo mais tempo livre do trabalho ultimamente, então estamos nos vendo bastante", Tikki sorriu, sabia como a de cabelos azuis sentia falta da amiga, "Inclusive, depois que tudo isso estiver resolvido, você vai pra Paris comigo, vamos fazer uma viagem, Adrien vai estar me devendo uma por ajudar ele com esse caso, então ele pode me devolver o 'favor' mantendo as coisas mais calmas pra gente, o que acha?". "Sério?", a mais velha comemorou ficando de pé na cama, Ladybug a acompanhou rindo, "Vamos! Faz tanto tempo que não vou a lugar nenhum!". A animação da assassina se esvaiu na mesma hora, sabia que o quanto era dolorido pra ela passar dias naquela casa, sem poder sabir da propriedade, e imaginava que deveria ser tão mais difícil para a amiga, mas Tikki nunca havia reclamado da situação, era a primeira vez que expressava o descontentamento, "Desculpa, Tikki, eu não deveria fazer isso com você". Tikki olhou para Ladybug, que estava com os olhos meio marejados, e a abraçou, "Ta tudo bem, ta tudo bem, eu não falei por mal, desculpa, eu sei que você faz tudo para que a gente se sentir confortável aqui e que a gente precisa que eu fique aqui para manter tudo em ordem". A mestiça abraçou a amiga com mais força, "Não, a forma como você se sente é mais importante do que qualquer coisa", ela interrompeu o abraço por um momento para olhar Tikki nos olhos, "Aguenta só mais um pouco, ta bom? Vou te levar pra Paris o mais rápido que eu puder, prometo". Tikki abraçou a mais nova mais um pouco e depois a soltou, "Você tem que ir arrumar suas coisas e pegar a estrada de novo, vai logo pra não perder tempo" . "Te amo, Tikki!", a mascarada deu um beijo na bochecha da amiga e saiu do quarto.
VOCÊ ESTÁ LENDO
La Puissance du Sang
FanfictionApós a morte de um importante senador francês, Ladybug, a maior assassina do país, e Chat Noir, o detetive mais aclamado da França, juntam forças para descobrir quem foi o responsável pela morte. Enquanto isso, Marinette e Adrien se conhecem por um...