Réunion de travail et, peut-être, karma

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*Reunião de trabalho e, talvez, karma*

Pov Ladybug

"Você tá pronta?", Chat perguntou assim que estacionamos o carro na garagem de um luxuoso prédio empresarial nas periferias de Paris. O lugar parecia pouco movimentado, além de destoar das construções baixas que o cercavam. "Eu que deveria estar te perguntando isso", respondi, assim que terminei de passar meu batom vermelho favorito. "Eu estou falando sério", ele respondeu, pelo campo de visão periférico, pude ver que  me observava , "Como você tá?". "Você perguntou isso assim que entrou no carro, e o que eu te respondi?", questionei com uma das sobrancelhas erguida, o detetive respondeu um 'nada', "Então, o que te faz pensar que eu vou responder agora?". "Tá treinando pra falar com eles?", Chat devolveu, apontando a direção do elevador com a cabeça. Sorri, fingindo achar o comentário engraçado, e voltei a olhar para o pequeno espelho do carro, conferindo a maquiagem e o cabelo, "Espero ter escolhido a roupa certa", comentei, apenas para não mergulhar em um silêncio que me permitia ouvir meus próprios pensamentos. "Você está linda", o rapaz ao meu lado elogiou, "Mas, talvez, devesse ter escolhido algo menos provocador...". "Eu não posso só estar pronta para matar, preciso estar vestida para matar", respondi. Eu estava usando um conjunto de terninho justo e preto, e meus saltos vermelhos, porém, por baixo do blazer, que contava com um grande decote, não usava nada, o que deixava a região entre os meus seios a mostra. Chat soltou uma risada nasalada com o meu comentário, "Certeza de que isso não vai sair do lugar?", ele apontou para o decote do blazer. "Sim, eu tenho certeza", respondi, "Mas não tem porquê você se preocupar com isso, não é mesmo?", o loiro revirou os olhos, eu lhe entreguei um pequeno objeto de plástico, "Qual é a única coisa que deve te preocupar?". "Minha segurança", ele respondeu enquanto colocava as lentes azuis nos olhos e piscava inúmeras para arrumar aquela membrana colorida e meio gelatinosa em uma posição mais confortável. "Ótimo", peguei minha bolsinha tiracolo, também vermelha, e guardei meu batom e conferi minhas três adagas pequenas, "Vamos?". O loiro assentiu com a cabeça, e nós dois saímos do carro. "Acho melhor você ficar do meu lado", aconselhei, enquanto caminhávamos em direção aos elevadores. Chat apressou um pouco os passo e começou a andar do meu lado, "Posso fingir ser um doido psicopata?", ele perguntou, tentando, claramente, faz uma piada nem um pouco engraçada. "Você deveria fazer aquilo que vai te manter vivo, não precisa exagerar ", respondi antes de apertar o botão do elevador, "Acho que fazer o papel de policial ganancioso o suficiente pra se envolver comigo já o suficiente". Não precisamos esperar muito para que o elevador chegasse, felizmente, ele estava vazio. Chat apertou o botão do penúltimo andar e as portas fecharam. Automaticamente,  encostei as costas em uma das paredes e o loiro virou para o espelho e começou a pentear o cabelo com os dedos, "O que você tá fazendo?", perguntei, achando a situação bem engraçada. Ele não tirou os olhos do reflexo para me responder, "Tentando deixar meu cabelo mais arrumado". "Pra quê?", me aproximei dele, que virou o rosto para mim, "Eu acho que o seu cabelo fica bem melhor bagunçado", falei antes de colocar meus dedos entre aqueles fios dourados e bagunçá-los de novo, "E ainda não entendi porquê você abotoou toda essa camisa", desci minha mão para o seu peito, e desabotoei os três primeiros botões, "Não deixe eles acharem que você se importa, vão achar que é uma presa fácil se descobrirem que podem te afetar", aconselhei séria enquanto terminava de arrumar a gola da camisa social, "Viu? Bem melhor". A porta do elevador abriu logo em seguida, nos dando visão de um espaçoso corredor que havia saída para os dois lados, mas Evillustrator já estava nos esperando, "Alguns minutinhos atrasada", ele comentou com um tom de brincadeira, "Você não costuma se atrasar", o ruivo se aproximou e ofereceu o braço, que, por mera aparência, eu aceitei. "Assim todos poderiam chegar antes de mim", justifiquei, mantendo minha pose, "Com certeza você se lembra do Chat Blanc, não é mesmo?", perguntei como uma provocação. Evil claramente não estava satisfeito com a presença do loiro, principalmente em um encontro tão importante, "Como eu poderia esquecer?", ele comentou de forma contida, "Que bom que você ainda está aqui", o ruivo estendeu o braço para um aperto de mão. "Digo o mesmo sobre você", foi a única coisa que Chat respondeu, ignorando, completamente, o cumprimento do outro. "Podemos ir?", intervir, impedindo que aquilo se tornasse uma situação exagerada. Evil apenas disse 'claro' em voz baixa e começou a me guiar para a direita, enquanto o detetive se mantinha a apenas dois passos atrás de mim.

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