Chat Blanc

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"Chat Blanc?", o detetive perguntou, não muito convencido, "Não acha que é muito óbvio não?". "Não vai ser se você agir como eu mandar, agora vamos pro seu quarto, você vai ficar lá quietinho, esperando a Tikki aparecer com suas novas roupas", Ladybug falou em tom de ordem, Chat Noir achou melhor não discutir. Os dois andaram juntos até o quarto do loiro. O detetive entrou e a assassina o trancou lá dentro. Em seguida, ela foi para seu próprio quarto. Passou alguns minutos decidindo o que vestir, sabia que era necessário sempre passar uma impressão de elegância e autoridade para aqueles que trabalhavam para ela. Por fim, escolheu um cropped bem justo vermelho com alguns potinhos pretos, a blusa deixava a área dos ombros e colo dos seios a mostra, uma calça jeans preta justa que delineava muito bem sua cintura, pernas e bunda. Por último, pegou seu Louboutin, um salto preto bem alto e com a sola vermelha. Amarrou o cabelo em duas maria chiquinhas, mas deixou o movimento dos cabelos recém secos, e colocou uma gargantilha de veludo preta em seu pescoço. Passou uma leve maquiagem, apenas aumentou o rosado das bochechas que a mascara permitia aparecer, e alongou os cílios. Depois de pronta, encontrou Tikki no corredor, "Que roupa você deu pra ele?". "A melhor que eu pude encontrar", Tikki respondeu. Ladybug concordou, mas torcia para ter ficado boa, a cena que ela pretendia apresentar não podia ter nenhum erro, "Eu vou descendo na frente, mande ele descer quando estiver pronto". A de cabelos rosas assentiu com a cabeça e foi assumir o posto ao lado da porta do detetive. A assassina desceu as escadas e foi se encontrar com sua sócia.

"Ladybug! Querida, quando tempo!", Princess Fragrance se levantou do sofá com sua taça de vinho e abraçou a 'amiga'. Ladybug retribuiu o gesto, "Muito tempo mesmo, você está linda", ela elogiou a cientista, que usava um curto vestido preto, com uma rosa desenhada no vão de seus seios, a saia fazia um degradê de rosa, indo do preto, na cintura, ao rosa choque, no fim da saia, "E seu cabelo cresceu tanto". A garota passou a mão pelas mechas loiras de pontas rosas que agora batiam nos ombros, "Resolvi deixar crescer dessa vez ". "Bom, ficou ótimo, mas vamos ao que interessa, você deve estar com pressa", a de vermelho e preto apontou para o sofá atrás da cientista. As duas se sentaram, Princess Fragrance bebeu um pouco da bebida já em mãos e Ladybug serviu uma taça para si. "Não estou com tanta pressa", a de mechas coloridas admitiu, "Descobri coisas muito interessantes sobre aquela substância, quero deixar tudo bem claro para você, tenho certeza que vai usá-la muito bem". "Ladybug?", o detetive chamou a anfitriã, as duas garotas olharam para ele. "Quem é esse, Bug?", a loira perguntou curiosa. "É só um gatinho de rua que eu resolvi adotar", a de cabelos escuros respondeu antes de dar um gole em sua bebida, ela analisava a roupa escolhida por Tikki. Chat vestia uma blusa social branca que dava destaque para seu corpo, além dos três primeiros botões abertos, que davam um ar mais sensual, a calça também era branca e levemente justa, o tênis não fugia da tonalidade das outras peças. O loiro usava uma máscara branca, lentes de contato que deixavam seus olhos azuis, e um par de orelhinhas brancas em sua cabeça. Ladybug julgou que a amiga tinha feito um ótimo trabalho, "Vem cá", ela chamou o loiro e deu leve tapinhas no lugar ao seu lado. O detetive caminhou até o lugar indicado, mas foi impedido de se sentar, ele olhou confuso para a garota de cabelos pretos. "Eu já disse que não quero gatos no sofá", ela bebeu mais do vinho, "No chão". O detetive continuou olhando incrédulo para a assassina, sentiu sua raiva aparecer, mas respirou fundo e se sentou ao lado dos pés de Ladybug. "Pobre, bichinho", Princess Fragrance se manifestou, "Você precisa ser má com todos os homens, Ladybug?". A assassina riu em resposta, "Chat Blanc está acostumado", ela colocou a cabeça do loiro encostada em sua coxa e começou a acariciar o cabelo do garoto ao seus pés, "Ele é um gatinho comportado, não é mesmo?", a garota puxou de leve os fios loiros, uma ação para mostrar autoridade, mas, ao mesmo tempo, para provocá-lo. O rapaz concordou com a cabeça. "Evil já sabe disso?", a outra perguntou. "Faz diferença?", Ladybug deu de ombros, "Eu posso ter quantos brinquedos eu quiser, ele sabe muito bem disso". "Mas, ele vai ficar chateado por saber que não é mais o favorito", Princess Fragrance comentou. "Nenhum desses dois é", Ladybug respondeu, se referindo a Evillustrator e Chat Blanc. A loira de pontas rosas se mostrou interessada na confissão, "O favorito seria o outro loiro que conseguiu isso pra você?", ela mostrou o vidrinho com o líquido roxo, Chat se remexeu no próprio lugar, fingindo achar uma posição confortável, Ladybug não teve reação, "Evil me disse que é um policial". "Um detetive", a assassina corrigiu, mas sem mostrar interesse. "Você está tão obcecada pelo Chat Noir assim?", Princess Frangrance entregou o frasco a Ladybug, "Se relacionando com detetives, arrumando um tal Chat Blanc... O que exatamente você quer com tudo isso?". Ladybug suspirou entediada e colocou a substância sobre a adega camuflada, "O detetive só fez um trabalho pra mim, ele não tem nada a ver com a situação, ele só foi seduzido, como qualquer outro", ela arrumou a blusa, de modo a chamar a atenção para os próprios seios, e falava como se fosse extremamente chato e irritante explicar toda aquela situação, mas, no fundo, só queria manter o amigo o mais longe possível daquelas pessoas, "E o Chat Blanc...", ela segurou o rosto do loiro, fazendo ele olhar para ela, "Não passa de um rostinho bonito", a garota acariciou a bochecha dele, "Claramente, eu não trato ele como gostaria de tratar o Chat Noir, trato ele até muito bem pro meu gosto, pelo menos, ele sabe fazer as coisas como eu mando, não é mesmo?", Ladybug deslizou o polegar sobre os lábios do loiro. Ele abriu um pouco a boca e mordeu o dedo da garota, que não mostrou nenhum incomodo. "Mas, às vezes, ele é um pouco mais teimoso do que eu gostaria", Ladybug o segurou pelos fios dourados de novo e puxou sua cabeça para trás, fazendo-o olhar para ela, e se abaixou um pouco na direção dele, lhe deu um breve selinho e se afastou de novo, Chat não corou, mas a garota percebeu um leve sorriso no canto do lábio do loiro , ela sorriu satisfeita, queria isso, provocá-lo até tê-lo na palma da mão. "Vocês deveriam arranjar um quarto", a cientista comentou, mas assistia a cena sem desviar o olhar. "Você é muito é muito adepta do voyeurismo para se incomodar com isso, mas parece muito interessada em ser a primeira a contar para todos sobre meu novo animal de estimação, fique a vontade, não tenho problema nenhum em apresentar o Chat Blanc para os outros", Ladybug desafiou. "Se você diz...", Princess Fragrance deu de ombros, "Já perdemos muito tempo com um assunto que não valia tanto a pena. Vamos ao que interessa".

La Puissance du SangOnde histórias criam vida. Descubra agora