*Cara a Cara*
Adrien nem se deu o trabalho de continuar o caminho. Aquela era a oportunidade perfeita para coletar provas contra a joaninha. Deu meia volta, indo em direção à delegacia. Ainda eram 17:27, não havia motivo para pressa. O loiro revia mentalmente todas as imposições feitas pela suposta Ladybug. Por mais que os dois tivessem conversado, e Adrien decido encontrar a criminosa, uma parte dentro dele se recusava a acreditar que fosse verdade. Vários minutos depois, o loiro se encontrava na delegacia, vestido com sua máscara. Foi direto para a sala no quarto andar, desviando de todas as perguntas sobre o porquê dele ter voltado. Abriu a porta e a fechou logo atrás de si. Plagg estava sentado com os pés sobre a mesa, lendo uma revista qualquer e se virou ao ouvir o barulho da porta, "O que você tá fazendo aqui?", perguntou quando viu o rapaz entrar, "Achei que tinha ido para casa". Ele não respondeu, trancou a porta, tirou o telefone do bolso e o desligou, assim como desligou o computador da tomada. "Ei! Que porra é essa?", Plagg estava completamente confuso com o comportamento do amigo. "Seu telefone", Chat pediu estendendo a mão. Mesmo hesitante o moreno entregou o aparelho, que foi desligado e devolvido em seguida. "Dá pra parar de agir feito um psicopata e falar logo o que tá acontecendo?", Plagg perguntou mais uma vez depois de guardar o celular no bolso. "Acho que já está mais seguro para falar", o loiro fechou as janelas e as cobriu com a cortina, retirando sua máscara em seguida. "Como assim seguro? Cara, desembucha!", Adrien colocou a máscara sobre a mesa e se sentou diante do computador. "Ladybug me ligou a alguns minutos atrás", falou como se fosse algo comum e cotidiano. A reação de Plagg foi variada, e seu semblante representava bem o que sentia. Começou com uma expressão surpresa, que rapidamente se modificou para uma mais desconfiada, em seguida ele sorriu e poucos segundos depois uma gargalhada preencheu a sala. "Por favor, né? Eu sou burro, mas nem tanto, essa piadinha não vai rolar comigo", mas ao perceber que Adrien continuava sério, qualquer resquício de ironia sumiu do seu rosto. "Isso é sério?", o loiro apenas balançou a cabeça confirmando. Plagg se jogou na cadeira no outro lado da mesa, nunca perderia a oportunidade de fazer drama, "Co...Como assim? O que ela falou?". Adrien respirou fundo e contou tudo, do momento em que entrou no carro até entrar na sala, "Resumindo tudo isso? Vou me encontrar com ela". "E como vamos montar uma escolta? É claro que o senhor Raincomprix vai querer enviar uma escolta para te acompanhar", Plagg falou pensativo. "Não, eu vou sozinho", Adrien falou decidido, "Você acabou de ouvir sobre o que ela falou em relação a estar acompanhado! Não vou colocar essa oportunidade em risco.". "Mas o senhor Raincomprix não vai permitir isso", o moreno reforçou. "Por isso que ele não vai saber", Plagg o encarou confuso, "Ninguém pode saber, Plagg". "Então pra que você tá me contando? Ninguém pode saber e você vai sozinho de qualquer jeito", ele revirou os olhos. "Não vou colocar ninguém em risco e não vou perder essa chance!", o loiro elevou um pouco o tom da voz. Plagg suspirou, sabia perfeitamente que não ia conseguir impedir Adrien, "Você vai mesmo levar o veneno?", o loiro apenas desviou o olhar para a tela do computador, estava desligado, mas não queria olhar nos olhos do amigo. Ele sabia todos os riscos que estaria correndo caso entregasse aquela substância para Ladybug, quantos mais assassinatos ela realizaria se tomasse posse de algo que nem a polícia compreendia. "Do que adianta ir e não levar?", Adrien tentou parecer não ligar, mas era mais difícil do que ele pensava, "Se eu não levar, ela me matará. E todos vão descobrir que eu sou o Chat Noir". Plagg não conseguiu conter uma risada, que lhe rendeu mais um olhar de desaprovação do detetive, "Cara, que diferença faria se descobrissem? Você já estaria morto". "Mas e todos que Adrien e Chat conhecem?", o loiro falava como se fosse a coisa mais óbvia do mundo, "Por que acha que depois que minha mãe morreu não exibiram meu rosto, nem o do meu pai em todos os jornais? Você trabalha na delegacia, Plagg, deveria saber que essas pessoas não se contentam em matar apenas uma pessoa", moreno se calou, Adrien tinha razão, "Vou buscar o veneno", falou irritado. O detetive colocou a máscara e saiu da sala, pegou o elevador para o subsolo.
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La Puissance du Sang
FanfictionApós a morte de um importante senador francês, Ladybug, a maior assassina do país, e Chat Noir, o detetive mais aclamado da França, juntam forças para descobrir quem foi o responsável pela morte. Enquanto isso, Marinette e Adrien se conhecem por um...