Les partenaires se font confiance

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*Parceiros confiam um no outro*

"Agora que temos nosso cessar fogo", Chat Noir falou, "Tenho informações que preciso que vocês investigue". "Eu?", Ladybug perguntou em tom de deboche, "O detetive aqui é você". Ele sorriu convencido, "Isso é bem óbvio, mas, a menos que você queira minha pessoa se envolvendo nos seus assuntos...". Ela revirou os olhos, "O que você quer?". "Ouvimos o depoimento de uma nova pessoa, uma testemunha bem próxima do Senador", o detetive falou, "Ela nos confessou que a esposa do Senador pode ser o mandante do crime". "E?", Ladybug perguntou. "E que você pode usar isso para descobrir quem ela contratou, você não mexe com esse tipo de assassinato?", o loiro respondeu. "Hm", ela respondeu quase que pensativa, "Tenho sócios que fazem isso, posso entrar em contato", a assassina respondeu ainda tentando manter um ar de superioridade. "Ótimo!", o detetive levantou da cadeira, "Vamos?". "Vamos? Pra onde? Eu não vou a lugar nenhum com você", a garota falou séria. "Você não vai comigo, eu vou com você", o rapaz corrigiu quase que contente. Ladybug ficou encarando o mais novo 'parceiro', enquanto esse arrumava sua roupa como se precisasse dela impecável. "Eu não vou te levar a lugar nenhum", a garota anunciou. "Tudo bem, eu dirijo, duvido que você tenha vindo de carro mesmo", por mais que ela odiasse a forma como o detetive falava, admirava sua língua afiada, "Não tenho planos pra te soltar também". A de olhos azuis suspirou. "Não se preocupe, eu não vou tocar em nada, serei um gatinho comportado", Chat falou em tom de brincadeira, "Você vai se levantar sozinha ou eu vou ter que te carregar até o carro?". "Pode me falar onde vamos primeiro? Já que você vai me manter como refém", a azulada exigiu. "Vamos pra sua casa, faremos mais progresso lá", o detetive falou como se fosse nada. "Você é louco, não acredito que te consideram o melhor detetive da França", a mascarada falou, rindo incrédula, "Eu não vou te levar até minha casa". O loiro suspirou e se sentou novamente, "Tudo bem, não me importo de ficar aqui sentado, esperando o prédio lotar de policiais", se mexeu na cadeira, tentando ficar mais confortável, "Espero que você não goste mesmo das pessoas que te cercam, vai ser uma questão de tempo até todos serem pegos", ele passou a encarar o teto, "As vezes um cúmplice sofre mais do que o verdadeiro culpado". Ladybug se levantou na mesma hora, não podia deixar que nada ruim acontecesse a Tikki. "Achei um ponto fraco?", Chat sorriu e também se levantou. "Achou alguém que você vai proteger a todo custo", Ladybug respondeu séria. "Por mim tudo bem, com bons argumentos, qualquer um passa de cúmplice para refém", ele deu de ombros, foi até a porta e a abriu. "Eu não vou sair assim, as câmeras vão me ver", Ladybug falou. Chat suspirou, tirou um dos celulares do bolso e mandou uma mensagem para Plagg, "Pronto, vão apagar as gravações de hoje", ele mostrou a tela do celular para a garota, "Ser visto com você andando livremente pela delegacia não faz bem para minha imagem".  Antes de sair da sala, Ladybug estendeu os braços amarrados, "O que?", o loiro perguntou. "Me solta", a de olhos azuis ordenou. Eles ficaram se encarando por um tempo. "Não", Chat respondeu sério. "Eu não vou chegar amarrada na minha própria casa", Ladybug falou no mesmo tom. O rapaz bufou, se aproximou na 'parceira' e, rapidamente, sem dar tempo da assassina reagir, ele a jogou por cima do ombro e a carregou pra fora da sala. "Seu filha da puta!", a garota se debatia, "Me coloca no chão, porra!". Chat Noir ignorou as ordens da mascarada e a carregou para fora da delegacia, usou a porta dos fundos. "Você é um escroto!", da melhor forma que conseguia, ela o segurou pelo paletó assim que colocou os pés no chão, "Nunca mais faça isso!". Por mais que soubesse melhor do que ninguém das atrocidades cometidas pela mulher a sua frente, o detetive só conseguia a achar incrivelmente fofa, ela era centímetros mais baixa que ele e suas bochechas estavam levemente ruborizadas, talvez fosse a vergonha de ter sido carregada até o lado de fora de forma tão fácil. Ele livrou a própria roupa das mãos dela e riu, nem um pouco ofendido, a garota teve vontade de socá-lo. "Isso é seu?", Chat perguntou se referindo a um sobretudo perfeitamente dobrado do chão e um cachecol ao lado de um par de botas. A joaninha bufou e virou o rosto. "Vou entender isso como um sim", ele falou, recolheu as roupas do chão e, depois de passar a mão na tentativa de limpá-las, vestiu o sobretudo sobre os ombros da garota e arrumou o cachecol em volta de seu pescoço. Ladybug não teve reação enquanto a cena se desenrolava, não estava surpresa por ele querer esconder sua roupa, mas não esperava que ele fizesse isso de maneira tão gentil, quando o detetive terminou de ajeitar o cachecol de forma a cobrir parcialmente os cabelos e olhos da garota, seus rosto estavam relativamente perto, a azulada concentrou todas as suas energias para não corar novamente, mas não sabia se tinha conseguido. Chat sorriu para ela, "Melhor assim", se afastou da mascarada, "Vamos", ele começou a andar, carregando as botas. A de cabelos azulados apressou o passo para caminharem lado a lado, ela não aceitaria ficar atrás dele. Entraram no carro. "Como você sabe que vou te levar para o lugar certo?", ela perguntou enquanto o loiro colocava o cinto para ela, depois de jogar os sapatos no banco de trás. "Porque somos parceiros, e parceiros confiam um nos outros", ele respondeu e colocou o próprio cinto, "Não posso cumprir minha parte do trato se não souber como as coisas funcionam de perto". "Ainda acho que você esteja louco", ela admitiu olhando para frente, "Mas eu estou mais louca ainda, aceitando todas as coisas". Chat riu de forma genuína, "Acredite em mim, em toda minha vida, eu nunca achei que estaria nessa posição", ele deu partida no carro e saiu do estacionamento, "Para onde?". "Lyon".

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