Rélou (leiam corretamente)
Olha quem chegou?
Vocês estão prontas para um capítulo novo?
PS: Estejam com lencinhos
A localização do seu apartamento ainda era algo muito recente em minha cabeça, sendo assim, chegamos sem problema nenhum em seu conversível amarelo, onde tudo que se ouvia no carro era a minha voz ditando a direção a ser tomada, seguida de sua aceitação de comando. Não vou mentir que me senti muito bem enquanto dizia para onde ela devia seguir, como se ela fosse minha motorista particular, mas naquele momento, eu só queria o encontrar vivo.
-É aqui.
Assim que o carro para, corro até as portas da muralha, indo em direção a recepcionista mal educada que apenas sorri para mim, enquanto sigo direto até o elevador.
Não observo se a outra loira bem vestida está atrás de mim, mas consigo perceber sua presença quando ela solta apenas uma frase:
-Que péssima escolha de lugar.
Engulo qualquer palavra que pudesse ser dita e olho atentamente os numeros virando até chegar no apartamento que eu desejava.
Uma música de ambiente tocava nos fones da caixa de metal, onde tudo que eu podia ouvir, era o meu coração que estava quase saindo de seu lugar.
Quando as portas se abrem, uma camada de destruição faz meu coração que antes pulava, parar no mesmo instânte. Garrafas de bebidas jogadas no chão, cacos de vidro espalhados. O sofá, que da ultima vez que havia estado ali estava limpo e intocável, estava um respingos de sangue que fez com que minha boca se abrisse.
-Ahh! - Gritou a loira ao meu lado correndo a procura do seu homem.
Não conseguia me mexer. Meus olhos ainda estavam fixos na mancha de sangue, mesmo que eu obrigasse minhas pernas a me obedecerem, elas não queriam se mexer.
Droga! Ele pode estar ferido por ai.
Com esse pensamento, consigo sair da minha paralisação e simplismente subo as escadas como se a minha vida dependesse disso.
Havia uma saida para a varanda que dava de encontro com o centro da cidade, onde encontro mais respingos de sangue, e ali, seu corpo jogado.
Seus olhos estão abertos.
Ele olha para mim.
Uma lágrima desce.
Ele está vivo!
Jogo-me no chão ao seu lado e choro pela primeira vez. Oh Deus, ele está ali, ele está vivo.
-Obrigada Deus.
Segurando seu rosto com as minhas mãos. Tenho a sua atenção, quando sinto a raiva explodir do meu corpo.
-O que pensa que estava fazendo? - Grito, sentindo lágrimas agora, de ódio, atravessarem meu rosto.
Ele me observa sem nenhuma reação. Tento procurar de onde vem o sangue e encontro uma de suas mãos segurando seu outro pulso. Novamente as lágrimas voltam.
-Você cortou o pulso? - Minha voz é tão fraca, como se não quissese saber a resposta, e nem precisa. Seus olhos desviando dos meus é a confirmação do que eu temia.
-Oh meu Deus! - Ali estava ela de novo. Sem seus saltos, ela parecia menor, e com seu rosto manchado de preto, dava para ver como ela sofria com aquela visão. - Eu já chamei a ambulância. - Ela disse com urgência, mas não sei bem se essas palavras eram para mim ou para ele.

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Just one more night
Fiksi PenggemarEla amava o emprego, o ambiente de trabalho, as reuniões até altas horas, os clientes, os amigos que ali havia feito, o barulho de inicio e o silêncio do fim de expediente. Sua vida era sacrificar-se naquele trabalho. Até que seu superior a manda ir...