Just one more night

A Proposta

E domingo é dia de que? É dia de capítulo novo, e só pelo nome, você conseguem imaginar o que está por vim?

Bora ler?

(Leiam as notas finais)

-De jeito nenhum. – Ela aponta seu dedinho em negativa para mim assim que entro em seu quarto.

-O que? – Olho minha roupa. Estou de terno cinza, gravata cinza escuro. Cortei o cabelo e deixei a barba mais crescida para hoje. Ela disse uma vez que amava aquela barba por fazer.

-Arrumado demais. Você não vai para um simples encontro...

-Não é um encontro. – Beijo sua testa e ela ri com as cosquinhas. Sento ao seu lado com um sorriso no rosto. – Vamos apenas assinar alguns papéis.

-Ela complou sua empresa? - Fico surpresa com sua pergunta, mas não minto.

-Sim, a partir de agora ela será dona das redes. – Olho para o fio ligado a sua veia e meu sorriso desaparece aos poucos, porém e bom saber que ela está reagindo bem.

-No que vai tlabalhar agola? – Ela era tão pequena para ter esse tipo de preocupação, e era esse meu medo. Pego sua mão e beijo. Ela ri de novo.

-Não se preocupe com isso. Vou dar um jeito. – Ela sorri e começa a dar atenção a seu ursinho favorito.

-Tio Jack é seu amigo? – O nome dele faz com que o restante do meu sorriso se tornasse uma máscara dura.

-Você conversou com ele? – Depois de sua aparição de ontem, não demorou muito e Anne começou a dormir. Depois de alguns minutos, ele simplesmente deixou o quarto sem dizer mais nada. Não me importei, mas agora estava preocupado.

-Ele veio aqui de manhã. Ele trouxe coisas pla eu comer. – Meu corpo está todo alerta. Ela não me encara, porque acho que percebe que minha reação foi totalmente negativa.

-Como aquele bast...

Ela me olha esperando que eu termine.

-Como ele entrou aqui? Só os nomes que eu dei poderiam...

-Papa! Foca. Um problema de cada vez. – Ela parecia ter mais de seis anos. Sorrio com a sua bronca.

-Você está certa. – Olho para o relógio. Estou quase atrasado. – Preciso ir minha princesinha. – Ela sorri toda meiga e meu coração volta a se derreter.

-Você vem pra cá? – Questiona esperançosa.

-Assim que eu voltar do encontro. – Enfatizo com aspas e ela ri, mostrando seus dentinhos. Aquele era meu som favorito. Despeço-me e saio com os gritinhos dela de boa sorte.

-Com licença, você poderia me dar uma informação? – Paro na recepção. Precisava saber que merda estava acontecendo. – Hoje um homem veio visitar minha filha, Anne Grey. Ele por acaso, está na lista de visitas?

Por um momento, a recepcionista me encara com seus olhos azuis brilhantes. Estava sem tempo para aquela palhaçada, então faço uma careta e ela acorda pra vida, digitando algo no computador.

-E... ele entrou na lista essa manh-ã. – Ela gagueja.

-Eu não adicionei ele. – Ela parece um pouco confusa.

Essa merda estava uma bagunça.

-Pode deixar. – Saio sem dizer mais nada. Precisava ligar para meu advogado. Pelo jeito, ele já estava mexendo seus pauzinhos sem avisar nada.