Eu não sei de onde essa merda veio, acreditem em mim!
PS: ESSE CAPÍTULO CONTÉM CONTEÚDOS FORTES, PEÇO QUE SE FOR DEMAIS, QUE PAREM IMEDIATAMENTE.
PS1: Esse cap é só uma introdução para a próxima. Boa leitura
-Não. Eu não vou! – Grito colocando uma das mãos na minha boca. Ela treme com o meu nervosismo.
-Sim, você vai. – Ele reforça, definitivo. – Não quero você assim. O seu corte prec...
-Foda-se o corte. – Repreendo-o desequilibrada. – Eu não vou... – Tusso entre as lágrimas. – Eu não vou deixar você ir sozinho.
Seus olhos me fitam. Ele está tentando se manter firme, como eu me mantive por nós durante tantos episódios. Ele precisa ter o controle daquela situação. Seus dentes moem seus lábios. Sua cabeça parece estar trabalhando rapidamente.
-O celular é meu. Eu vou. – Reafirmo com mais lágrimas inundando meu rosto. Sentia meus olhos inchados em meus dedos quando limpava cada nova gota.
Suas mãos são rápidas. Logo ele liga o carro e somos invadidos por poeira que estava do chão por conta dos pneus. Ele não me olha enquanto sai do estacionamento. Seu maxilar continua travado, seus olhos fitando a primeira chance para que o carro possa entrar no pequeno trânsito.
-À direita. – Digo o primeiro comando. Ele o obedece enquanto fito meu celular pelo carrinho desenhado no GPS. Nenhum de nós conhecia aquele endereço, então foi necessário de um auxilio. O não reconhecimento poderia nos trazer surpresas. Ele breca com força e quase bato contra o console, mas não dou importância ao chiado que escuto em meu ouvido esquerdo com a batida.
-À esquerda agora. Siga reto por dois quilômetros. – Ainda em silêncio, ele o faz. Seus dedos estão brancos sobre o volante, seu rosto vermelho é a única cor que demonstra alguma emoção. Ele parece impassível, gelado, indestrutível. Meu celular vibra novamente e abro a mensagem rapidamente.
De: Jack Hyde
Vocês têm dez minutos.
Meu peito se afunda, recebendo os olhos questionadores de Christian para mim.
-Temos dez minutos. – O pé no acelerador nos empurra para o estofado. Pela primeira vez observo fora do carro, pensando em como fugir com Anne assim que nós a achássemos. O chão era de uma poeira mais clara, quase parecida com areia. Ao nosso lado havia vegetação extensa. Não se via pássaros nem nada, apenas uma vegetação e um sol que decidiu começar a desaparecer conforme o horário.
-É no celeiro? – Escuto-o pela primeira vez quando o meu celular apita. Estamos no lugar combinado.
-Sim. – Respondo, mas não olho sua expressão, estou fixa na estrutura estilosa de um celeiro que mais parecia uma mansão do lado de fora. O único indício, era a palha e alguns animais que saiam da parte da frente. Ele é branco, com contornos coloniais, elegantes pinceladas de azul com uma porta de correr de madeira maciça moderna. Eu compraria aquele lugar se pudesse.
O carro para abruptamente e corro atrás de Christian. Ele ainda está de paletó, sua roupa parece impecável, diferente de mim. Jogo os saltos altos para o lado e continuo correndo. Ele é mais rápido do que eu, que acaba perdendo tempo tropeçando em duas galinhas. Seus braços se flexionam conforme ele abre a porta e fica estático. Pauso antes mesmo de conseguir chegar até ele.

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Just one more night
FanficEla amava o emprego, o ambiente de trabalho, as reuniões até altas horas, os clientes, os amigos que ali havia feito, o barulho de inicio e o silêncio do fim de expediente. Sua vida era sacrificar-se naquele trabalho. Até que seu superior a manda ir...