Infinito

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Quinta-Feira!Eu chorei escrevendo a ultima frase desse capítulo, eu chorei lendo as ultimas palavras, eu chorei quando entendi o Significado do título desse capítulo.Não quero me despedir agora, deixarei isso nas notas finais.*Pela ultima vez* VAMOS LER? 



Minhas mãos estavam suando como horas atrás. Parecia que eu nunca tinha feito aquilo antes, parecia que eu nunca havia passado meus dedos em sua pele macia, causando arrepios e sacolejos leves de seu corpo. Sua boca aberta deixando o ar passar levemente por seus dentes, seus olhos se fechando, deixando o prazer do ato levá-la ao pico.

Por meses os pensamentos eram jogados para escanteio, de lado, pois a todo o momento sua boca, seu hálito, seus cabelos, tudo... Era substituído pela dor, por ele.

Pisco rapidamente me lembrando aonde estava. A brisa salgada que saltava do mar entra levemente pela janela de vidro aberta. A cortina branca se remexe com o vento gelado. Minha pele se arrepia.

Levanto da cama andando em direção à janela. O piso de madeira range sobre meus pés e eu olho rapidamente em direção ao banheiro. A expectativa está me matando, mas volto a fitar o mar quebrando-se sobre a areia branca. Havia algumas pessoas caminhando sobre ela sem imaginar a ansiedade que se invocava em mim.

Tento manter minha mente distante. Fecho os olhos e volto a reviver a sensação. A renda, as costas peladas, as fendas nas pernas enquanto ela caminhava com os pés nus em minha direção. Anne ao meu lado, esperando ansiosamente por sua chegada. O sol se colocava em minhas costas e meus ouvidos entupidos pelo choro de Mia do meu outro lado.

Olho para Derek que me dirige uma risada reprimida em resposta ao meu olhar de socorro. Ele desprende seus lábios e eu imito-os, voltando a fincar meus olhos nos dela. Seus seios balançavam conforme seus passos se tornam mais urgentes e ficava impossível esperar. Arrasto meus pés até o meio da passarela com tochas e grudo em seu braço.

Sua mãe reflete o mesmo sorriso que o meu, e quando chegamos no altar, com Anastasia de olho na juíza que faria nosso casamento enquanto ela falava, eu só conseguia me focar em uma coisa. Seus cabelos caídos sobre os ombros. Havia mechas agora, mais claras, do tom do crepúsculo. Eles brilhavam de acordo com o céu ao fundo, que de azul, se tornava roxo. Era uma linda vista, mas que só se tornou magnífica quando eu me tornei seu foco. Sua boca em tonalidade natural, seu rosto bronzeado e seus olhos incrivelmente azuis me fitaram e sorriram para mim.

Era como perder o fôlego, como perder o chão. Eu estava me casando, eu estava me casando de verdade. Então era real. Eu seria feliz.

Lágrimas fizeram que minha visão se embaçasse e logo fossem despejadas por meu rosto. Tampo minha boca com a mão que não estava entrelaçada nela. Eu seria feliz, finalmente seria.

Ela sorri, acolhedora.

-Você precisa responder. – Sua boca se mexe sem som. Olho para a juíza que me fita esperando algo. Me dirijo a Anne. Eu não sabia que crianças poderiam chorar em casamentos também, como não sabia que ela poderia estar ainda mais bonita com uma trança única caída sobre seu ombro, seu vestido bege cobrindo seu corpinho e uma coroa de flores roxas iluminando seu rosto. Ela piscou para mim quando uma nova lágrima desceu por sua bochecha, assentindo como se estivesse me dando permissão. Ela estava permitindo que Ana fosse parte da nossa família, como já havia feito meses atrás.

Volto para a juíza que esperava paciente. Reviro meus olhos, sentindo os dedos de Anastasia enxugando as gotas que se libertaram sem permissão. Seu toque me faz sorrir quando eu respondo.

Just one more nightOnde histórias criam vida. Descubra agora