— Mais uma parede, só me falta ter outra placa escondida nela...
— O Laxus não teria saído daqui sem nos avisar, né? — estava meio receoso.
— Claro que não, Happy — sorriu. — Ele apenas deve ter achado alguma passagem secreta... Melhor a gente procurar também.
— Acho que não precisamos procurar nada, tem um botão aqui embaixo... — apertou.
— Por que você sempre faz as coisas no impulso?
— Estou ansioso, quero sair logo daqui para comer peixe — seu olhos brilhavam.
— Eu devia imaginar... Agora, o que esse botão fez?
— Fez surgir aquele painel ali — apontou com a patinha. — Você está muito perdida hoje... Isso é tudo saudades do Laxus? — sorriu maliciosamente.
— O QUE? NUNCA! Eu só estou com sono — fingiu um bocejo. — Deixa eu ver esse painel... Está de brincadeira... É uma armadilha, certeza...
— Credo, Luxy, não consegue nem fazer uma conta simples? É só apertar o dois um monte de vezes, assim — apertou sem dó.
— HAPPY! E SE FOR UMA ARMADILHA?
— Eu saio voando e te deixo aqui — riu.
— Seu atrevido! — uma veia saltou em sua testa.
— Você deveria me agradecer, isso sim. Olha ali, a parede se abriu.
Ambos olharam lá para dentro, tentando associar o que viam: monitores e pernas em uma cadeira alta, que estava virada de costas.
— Luxy, e se for alguém mal? — sussurrou.
— Só vamos saber se entrarmos — sussurrou de volta. — É... Com licença?
— Hã? — a pessoa respondeu virando a cadeira — Ah, são vocês, achei que fossem inimigos.
— Laxus? Graças a Deus, achamos que fosse outra pessoa...
— O que fazem aqui? O outro caminho não tinha nada?
— Tinha uma daquelas placas estranhas dizendo que era o caminho errado. Então viemos pra cá...
— Nada surpreendente — suspirou. — Estou tentando entender o que esses monitores tem a ver com o cajado... Eles mostram lácrimas câmeras espalhadas por toda cidade, menos aquele que não liga — apontou para o último da direta.
— Hum... Todos os lugares são restaurantes... Será que devemos ir em todos?
— Acho pouco provável — se levantou. — Vou tentar ligar aquele monitor ali, ele pode nos ajudar.
— Ok... Vou tentar ver se entendo essa bando de botão — se sentou na cadeira.
— Um botão vermelho — Happy disse para si mesmo, enquanto voava por detrás dos monitores. — Vou apertar!
— O que você está fazendo aqui atrás? — o loiro perguntou, o assustando.
— Por enquanto só estou olhando, mas agora vou apertar esse botão aqui — apertou.
— EI!
— MENINOS, O MONITOR LIGOU! — Lucy pulava sentada na cadeira. — Só que ele parece meio estranho...
— Eu vou entrar pra NASA, ando acertando muito — se vangloriou, voando para o lado da loira.
— Não acho que vão querer um poço de teimosia lá com eles.
— Magoou Laxus... Por que a imagem está piscando e com esses riscos malucos?
— É isso que estou tentando arrumar, mas esse bando de botões são inúteis...
— Parece mal contato... Se afastem da mesa.
— O que vai fazer?
— Você vai ver — sorriu.
Assim que ao dois se afastaram, Laxus apoiou as duas mão na mesa, fechando os olhos. Seu corpo começou a soltar faíscas e rapidamente ele eletrocutou a máquina.
A sobrecarga foi mais que suficiente para fazer o monitor funcionar corretamente e os botões se acenderem.
— Incrível — Lucy o olhava admirada.
— Temos uma tomada ambulante com a gente... Que legal.
— Ei, eu não sou uma tomada — se enraiveceu.
— Mas parece — riu descaradamente.
— Maldito...
— A imagem está invertida — a loira olhou para o monitor, antes com problema.
— Isso é fácil de resolver — pegou Happy que estava desprevenido e o virou de cabeça para baixo.
— LUCY, SOCORRO! — tentou se soltar.
— Para de escândalo, bola de pelos... Quanto antes você nos contar o que está vendo, mais rápido eu te solto.
— Bem... Eu estou vendo a frente da pousada onde nos hospedamos... A última janela do 4º andar é a única acessa, e tem um X nela. Agora me solta, estou ficando tonto!
— Como quiser — o soltou sem cerimônia.
— Malvado, eu podia ter caído — voou.
— Mas não caiu — riu.
— Mas... A pousada só tem três andares... Onde foi parar o outro? — a loira tentava pensar em uma alternativa.
— O andar foi escondido, pois se fosse deixado exposto... Vocês teriam que ir atrás dos ladrões que queriam roubar a parte do cajado — Tamandra surgiu no meio da sala.
— Dona Tamandra! Eu não esperava encontrar a senhora aqui...
— Ah, minha querida, estou na cidade desde que vocês chegaram, vocês apenas não me viram... Pelo menos não vocês dois — apontou para os loiros.
— Você já tinha visto ela, Happy?
— Sim, eu vi ela entrando em um restaurante — mentiu, tentando esconder seu nervosismo.
— O que quis dizer com “escondido”? — Laxus perguntou.
— Bem, se o andar não está visível... Ele só pode estar em um lugar — sorriu. — Não posso dar mais dicas. O resto é com vocês, boa sorte meus jovens — sumiu.
— Vamos voltar para a pousada. Quem quer se teletransportar? — perguntou travesso.
— Só você, nós vamos andando mesmo — a loira pegou o gatinho e saiu na frente.
— Nem parece a mesma de hoje cedo, se teletransportando para todos os tobogãs — zombou enquanto a seguia.
— Foi um momento de adrenalina, agora é diferente.
— Claro, acredito.
— Você as vezes é muito chato, sabia?
— Eu sou o cara mais legal que vai conhecer na vida.
— Acho que não, em — riu.
De repente Lucy parou no lugar ao escutar um uivo vindo da sala em que estavam anteriormente. Ao olhar para trás só conseguiu se arrepender: um lobo maior do que Laxus os encarava com os dentes a mostra.
Ele tinha os pelos negros, mas sua barriga era branca. Seus dentes eram grandes e davam a impressão de serem bem afiados, uma única mordida com certeza causaria um grade estrago.
O que mais chamou a atenção dos três foi a cor dos olhos dele. Quando ele apareceu seus olhos estavam pretos, mas a medida em que ele foi se aproximando, eles ficaram tão vermelhos quanto sangue.
Lucy continuou completamente paralisada, seu corpo se recusava a mexer. Tentou com todas as suas forças correr, mas suas pernas não obedeciam. A única coisa que conseguiu fazer foi segurar Happy mais forte.
— Um... Lobo... LUXY, ME SOLTA — tentou sair dos braços da loira.
— Laxus... Sabe o que eu disse agora pouco? Esquece. Tira a gente daqui!
— Não precisa nem pedir duas vezes, Gnoma — colocou a mão no ombro da loira.No momento em que o lobo avançou, os três foram envoltos por raios, escapando do ataque por um triz.

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A Pena da Cura
FanfictionA Doença do Dragão, uma doença que afeta e deixa em coma todo e qualquer Dragon Slayer que foi diretamente treinado por um dragão. Sua cura? Um chá feito com ervas e, principalmente, com a pena da asas de um anjo. Por obra do destino Lucy e Laxus fo...