Roubo

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Lucy se sentia levemente mole. Estava tão quentinho e confortável que sequer teve coragem de abrir seus olhos, principalmente depois de sentir um leve cafuné em sua cabeça.

Essa última parte a assustou de imediato. Abriu os olhos e se levantou de supetão, sentando na cama.

— Sou só eu... — Laxus riu do susto da menor.

— La... Laxus? O que faz aqui? — perguntou envergonhada.

— Eu estava dormindo — deu de ombros.

— Comigo?

— E com quem mais seria?

— Sei lá... Talvez sozinho? — disse com ironia.

— Normalmente eu estaria sozinho, mas acordei e você estava dormindo aqui. Nós dois sabemos quem fez isso.

— Dona Tamandra...

— Exatamente, mas vamos combinar que você parecia bem confortável... Grudada em mim — sorriu malicioso.

— Como é que é? — arregalou olhos envergonhada. — Eu não estava grudada em ninguém.

— Estava sim, e ainda disse meu nome enquanto dormia — se aproximou.

— Eu.. O que pensa que está fazendo?

— Você me desafiou a mostrar que sou grande coisa — sorriu zombateiro.

— Você ainda lembra disso? Aliás eu não desafiei coisa nenhuma, você quem levou como desafio o que eu falei. Sou inocente — inflou as bochechas.

— Desafio é desafio, loira — subiu em cima dela, exatamente como as última vez.

— Ei, pode ir tirando seu cavalinho da chuva — tentou o empurrar pelos ombros.

— Eu acho que, se você quisesse mesmo me empurrar, já teria pegado suas chaves que estão bem ali — maneou a cabeça para o lado, indicando o criado-mudo ao lado da cama.

— Obrigada pela dica — esticou o braço para alcançar as chaves.

— Como se eu fosse deixar — puxou o braço dela, rindo quando ela o fuzilou com o olhar.

— Ok... Já que você quer jogar, nós vamos jogar — passou as braços ao redor do pescoço do loiro.

— Hum... Ficou revoltada, Gnoma

— Talvez — o puxou para mais perto de si.

Dessa vez Laxus foi quem tomou a iniciativa e colou seus lábios aos da loira. Diferente da última vez, não foi apenas um selinho.

O loiro começou a mexer seus lábios, sendo rapidamente retribuído, o que ele levou como um incentivo. Disposto a dar o próximo passo, pediu passagem com a língua e também foi aceito. Porém antes de sequer pensar em terminar sua “exploração”, um ser desalmado, como o mesmo intitulou, resolveu aparecer.

— Com licença, estou entrando e... — Happy parou no lugar, olhando para os dois loiros que agora estavam com os olhos arregalados. — ELES SE GOSTAM — voou feliz. — DONA TAMANDRA, A SENHORA NÃO SABE O QUE EU VI! — saiu do quarto quase gargalhando.

— Gato maldito, só aparece pra me atrapalhar — Laxus olhava para a entrada do quarto com raiva. — Por que você trouxe ele mesmo?

— Ele veio para que eu não me sentisse desconfortável estando sozinha com você — sorriu.

— Você se sente desconfortável comigo? — perguntou curioso.

— Agora não... É... Lax-kun?

A Pena da CuraOnde histórias criam vida. Descubra agora