— Vou me lembra de nunca mais deixar essa criatura chegar perto de um grão de café — Laxus carregava a caixa com peixes.
— Ele fica meio perigoso, mas admito que é muito engraçado — riu, acariciando a cabeça do gato que dormia em seu colo.
— Ele fica maluco, isso sim. O que fazemos com esse bando de peixe?
— Bem... Tecnicamente ele ganhou justamente, então vamos comer eles.
— Depois dessa missão eu não vou querer ver um peixe nem tão cedo — riu.
Seguiram pelo caminho até finalmente chegarem na pousada. Lucy abriu a porta e acendeu a luz. Estava pronta para colocar Happy na poltrona, quando a porta do quarto abre, a assustando.
— Dona Tamamdra? — viu a senhora saindo do quarto, sorrindo.
— Pensei que demorariam mais, então fiquei aqui pensando em um lugar legal para colocar uma dica, mas não achei...
— Bem, fechou cedo.
— Verdade, hoje é sábado... Se eu tivesse lembrado disso, poderia ter mandado vocês para um lugar diferente.
— Não precisa se preocupar. Vamos aproveitar o resto do dia para ir até a próxima vila — Laxus que até então estava calado, se manifestou.
— Ora, tão rápido assim? Só faltam duas partes, não precisam se apressar — sorriu amigavelmente.
— Quanto antes melhor, não sabemos o que nos espera.
— Bem, você tem razão. Os dois últimos desafios são os mais complicados mesmo e podem demorar um pouco mais... Como não consegui esconder a dica, aqui está — entregou uma caixinha para a loira. — Tenho certeza que vocês vão entender o que ela quer dizer. Boa sorte — saiu pela porta.
A caixinha era de madeira e estava completamente pintada de preta. Dentro não tinha absolutamente nada, deixando a loira com dúvida.
— Mais uma dica misteriosa, não sei porque ainda estranho...
— Não ia ter graça se fosse algo fácil de entender. Como vamos guardar esses peixes?
— Deixa que eu guardo junto com as bagagens — Virgo apareceu do nada.
— Credo, Virgo! Que susto! — Lucy pulou no lugar.
— Punição pelo susto, Hime?
— Melhor não...
Virgo levou tudo com ela, deixando apenas uma bolsa com o básico para Lucy. Seguiram para fora da pousada, deixando a chave em cima da bancada já que não tinha ninguém na recepção.
Dessa vez o meio de transporte era meio diferente, não podiam chegar a próxima cidade usando um trem, pois ela ficava em uma ilha. Por isso eles estavam seguindo para o único porto da cidade.
Ao chegarem lá, viram vários barcos e lanchas. Perguntaram para um dos barqueiros como faziam para chegar na Ilha da Areia, local indicado no mapa da loira, e descobriram que o único jeito de chegarem lá seria alugando uma lancha e pilotando até lá.
Laxus, que parecia entender do assunto, se responsabilizou pelo aluguel, escolhendo a que achou melhor.
— Tem certeza que sabe pilotar esse treco? — Lucy não estava muito confiante.
— Claro, não é a primeira vez que faço isso.
— Já pilotou lanchas antes? — perguntou surpresa.
— Muitas vezes. Então, vai subir ou prefere ir nadando? — zombou.
— Não tenho muita alternativa, não é?
A loira subiu, se sentou, segurou forte o gato e fechou os olhos com medo do que estava por vir. Laxus achou engraçada a reação dela, mas não pretendia ir devagar, muito pelo contrário.
Ligou e acelerou, aproveitando o vento que batia contra seu rosto. No começo Lucy se manteve no lugar, mas com o passar do tempo foi se acostumando a sensação, então passou a aproveitar a vista ao redor.
O mar estava calmo, sendo possível ver os alguns peixes de relance, mas o que encantou a loira foram os golfinhos que pulavam felizes de um lado para outro. No final das contas, estava se divertindo.
—— // ——
Menos de vinte minutos depois, a lancha foi “estacionada” no porto da praia da tal ilha.
A ilha realmente fazia jus ao seu nome, seu chão era todo de areia, desde a praia ao caminho até a Vila Principal, lugar mais próximo de onde estavam.
A vila ficava exatamente na frente do porto, ou seja, menos trabalho para procurar. Dessa vez, para poupar tempo, eles perguntaram para uma moça se tinha pousadas na vila, mas ela negou afirmando que lá apenas casas eram alugadas. Agradeceram e foram até onde ela indicou.
O local era uma rua cheia de casas de aluguel. Por sorte a dona das casas estava na rua naquele horário, mesmo sendo hora do almoço.
Alugaram a mais barata com dois quartos, ela ficava no final da rua. Ao se aproximarem viram a casa escolhida, ela era amarela e tinha algumas plantas na frente.
Por dentro ela era bem espaçosa, a cozinha, a sala e uma modesta biblioteca no andar de baixo, e no segundo andar os quartos e os banheiros.
Lucy entrou no primeiro quarto que era exatamente igual ao segundo: tinha uma cama de casal, um guarda-roupa, escrivaninha e uma varanda. Colocou Happy, que ainda dormia, na cama. Tirou as luvas e desceu para a biblioteca onde Laxus a esperava com a caixa e uma lixa nas mãos.
— Onde arrumou essa lixa?
— Na minha mochila — apontou para a sala, onde as malas dos dois estava.
— Isso explica... — olhou para o lugar com uma gota na cabeça. — Ei, sabe que já pode tirar as luvas, né?
— Hã? Ah, quase me esqueci delas... — tirou as duas, guardando no bolso da calça e voltou a pegar a lixa.
Ao ver que o loiro começou a lixar, ela vasculhou a biblioteca atrás de algum livro útil para eles.
Olhou todas as cinco estantes de cima a baixo e de ponta a ponta, mas não encontrou nada. Quando estava voltando para se sentar na cadeira ao lado do loiro, ela viu algo brilhando na parede.
De perto conseguiu ver que era uma pequena chave então a pegou, guardando no bolso da sua calça, podia ser útil caso encontrasse alguma fechadura trancada.
— Conseguiu algo? — perguntou para o loiro.
— O lado de fora e a tampa estão protegidos por magia, é impossível lixar... Porém do lado de dentro não tem proteção nenhuma — continuou seu trabalho. — Eu ao que tem algo escrito por debaixo da tinta.
— Bem... Eu encontrei uma chave, não sei se ela vai ser útil ou não, mas decidi levar ela com a gente. Nunca se sabe, né?
— Com certeza. Pode ser alguma chave que aquela mulher maluca colocou aqui, afinal ela mesma disse que sempre sabe onde estamos...
— Me dá arrepios só de imaginar.
— Consegui! Aqui no fundo, está escrito... Nothing? Só pode ser brincadeira...
— Não tem mais nada?
— Foi uma piada com o que está escrito ou uma pergunta?
— Uma pergunta...
— Não, não tem mais nada, literalmente... Isso é muito estranho...
— Ela disse que uma hora iríamos entender... Só espero que não demore muito.
— Eu também...
— SOCORRO!!! — Happy gritou do andar de cima.Os dois arregalaram os olhos antes de se levantarem e correrem para o andar de cima, torcendo para que não fosse tarde demais.
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A Pena da Cura
FanfictionA Doença do Dragão, uma doença que afeta e deixa em coma todo e qualquer Dragon Slayer que foi diretamente treinado por um dragão. Sua cura? Um chá feito com ervas e, principalmente, com a pena da asas de um anjo. Por obra do destino Lucy e Laxus fo...