O início

754 52 7
                                    

Era mais um dia comum na vida de Lucy, acordou cedo como de costume e tomou um banho quente se agasalhando bem, pois era inverno em Magnólia.

Depois de arrumada, rumou para a cozinha e começou a fazer um café da manhã simples composto de sanduíche e suco de laranja. Sentou em seu sofá ligando a lácrima tv, degustando devagar seu café, mas seu momento de sossego logo foi interrompido por algo azul entrando rapidamente por sua janela.

- LUCY - o gatinho azul gritou desesperado se jogando em seus braços.

- Happy, o que aconteceu? Por que está chorando? - perguntou já em alerta.

- O Natsu, a Wendy e o Gajeel... Eles... - voltou a chorar.

- O que foi Happy? Fala logo de uma vez, está me deixando assustada...

- Eles estão desmaiados Luxiiiiiiiiii...

- Como assim desmaiados? O que aconteceu exatamente?

- Estávamos na guilda te esperando para podermos escolher uma missão - fungou. - Quando de repente o Natsu desmaiou, eu levei ele pra enfermaria e corri pra chamar a Polyushka-san, mas quando cheguei no salão da guilda o Gajeel e a Wendy também tinham desmaiado...

- Certo... Prossiga...

- Eu voei até a Polyushka-san, mas ela entrou na enfermaria e não saiu mais... Então eu vim atrás de você... Luxiiiiii - voltou a chorar.

- Calma Happy, vai ficar tudo bem - abraçou o gatinho. - Vamos para a guilda, sim? Talvez a Polyushka-san já tenha descoberto o que aconteceu com eles.

- Aye Sir!

Saíram da casa de Lucy apressados, tanto que a loira apenas vestiu seus chinelos e saiu de pijama mesmo, mas por ser apenas uma camiseta comum e uma legging ninguém pareceu estranhar.

Muitas pessoas diziam bom dia para eles, mas sequer repararam. Estavam muito ocupados perdidos em seus próprios pensamentos.

Correram o mais rápido que conseguiram, ou melhor, Lucy correu. Happy pegou "carona" em seu colo, assim não precisava se cansar voando em direção à guilda.

Lucy chegou ofegante na guilda, tanto que quase não conseguiu cumprimentar quem já estava por lá. Apenas se sentou, esperando o anúncio do Mestre.

- Bem, agora que todos já estão aqui, vamos para as explicações - o Mestre começou com sua voz autoritária. - Polyushka, pode nos dizer o que descobriu?

- Todos estão com a chamada Doença do Dragão - Polyushka disse sem enrolação.

- E o que seria essa doença? - Erza perguntou, se levantando.

- É uma doença que faz qualquer Dragon Slayer, diretamente treinado por um dragão, ficar em coma por tempo indeterminado. Por isso Laxus não foi afetado.

- E existe alguma cura? - Lucy perguntou esperançosa.

- Sim, eu posso fazer uma poção de cura, mas vou precisar de um ingrediente raro...

- Que ingrediente?

- A pena da asa de um anjo!

- A senhora está brincando né? - Gray perguntou abismado.

- Quem dera eu estivesse brincando, criança...

- O Natsu vai ficar assim pra sempre! - Happy voltou a chorar.

- Tem que ter um jeito, não podemos desistir - Lucy se manteve firme.

- E tem - Polyushka começou a explicar - É preciso passar por sete desafios, encontrando as sete partes do Cajado dos Anjos. Esse cajado abre um portal para o Mundo dos Anjos.

- E onde encontramos essas partes? - Erza perguntou, já imaginando os desafios.

- Não é qualquer pessoa que pode encontrar. Os desafios só se revelam para uma dupla específica de pessoas.

- E essas pessoas seriam quem? - Lucy perguntou curiosa.

- Uma pessoa extremamente bondosa e de magia "branca", e um mago com a mesma magia das pessoas que queremos curar - Polyushka olhou diretamente para Lucy.

- ...

- Então já sabemos quem vai ter que ir - Erza olhou diretamente para Lucy.

- Ei, por que eu?

- Porque você preenche os requisitos. Então você vai e pronto - disse autoritária.

- Sim senhora - respondeu com medo.

- Muito bem, então está decidido. Lucy e Laxus vão atrás das partes do cajado - o Mestre falou, quase ordenando.

- COMO É QUE É? - Laxus se engasgou.

- Exatamente o que você ouviu, agora vão logo arrumar as malas. Quero ver vocês na estação daqui a meia hora - respondeu.

- Tá bom... - sumiu em um raio.

- Me ferrei... - Lucy se lamentava.

- Não fique assim Lucy - Mira apareceu. - Quem sabe você não volte dessa missão com dois bebês loirinhos.

- EI, MIRA! Não é bem assim - corou.

- Mas vocês formam um casal tão bonito!

- Nós mal nos falamos...

- Isso não é motivo, vou começar a planejar o casamento - saiu correndo para a cozinha com os olhos brilhando.

- O que mais falta acontecer na minha vida?

- Não sei o que falta, mas se você não for se arrumar agora acho que você vai se dar mal - Gray comentou, como quem não quer nada.

- AH, É MESMO - correu para a saída. - Tchau pessoal, prometo ligar para vocês durante a missão!

- Tenha cuidado, qualquer coisa pode me ligar que eu mando o Laxus pra outro continente - Erza fez uma pose de campeã.

- Acho que não vai precisar... - gota na cabeça - Fui!

Saiu da guilda correndo o mais rápido possível. Chegou em casa faltando quinze minutos para a hora que o Mestre mandou chegar na estação, então começou a colocar tudo o que achava de necessário dentro de uma mala, torcendo para não esquecer nada.

Correu feito uma louca pela procurando suas chaves e seu chicote, que tinha esquecido de pegar antes de ir para a guilda. Se Aquarius soubesse...

Vestiu a primeira roupa que viu no guarda- roupas e penteou o cabelo rapidamente. Não conseguia acreditar que saiu na rua com ele parecendo um ninho de passarinho.

Por fim, colocou suas inseparáveis botas e, finalmente, estava pronta para sair. Seguiu até a porta de seu apartamento, mas antes de colocar a chave na fechadura uma criaturinha azul entrou gritado pela sua janela... De novo.

- LUXYYYYYYY.

- Happy? O que faz aqui?

- Eu pedi para o Mestre para ir com você e o Laxus na missão, assim você não vai se sentir estranha, mas isso você já é - riu com as patinhas na boca. - Depois de muito negar, Polyushka-san interferiu dizendo que mão havia problemas, já que eu não conto como uma pessoa...

- Ora seu gato atrevido... Mas fico feliz em ter você por perto, obrigada - sorriu carinhosamente. - Você já pegou o que precisa?

- Eu tenho alguns peixes e minha vara de pesca na minha mochila - virou de costas, mostrando a mochila.

- Ok, vou só fechar a janela... Quase que esqueço ela aberta.

- Lucy estranha, ia deixar a janela aberta. E se um ladrão entrasse?

- Bem... Ele não teria muito o que roubar, né? - sorriu.

- Com certeza não - riu.

- Prontinho - fechou a janela, passando um cadeado. - Vamos para a estação!

- AYE SIR!

A Pena da CuraOnde histórias criam vida. Descubra agora