Segredos na cratera

255 29 3
                                    

A escada não foi o suficiente para impedir os dois loiros que subiram parecendo dois foguetes. Chegaram no quarto esperando algum bicho ou um ladrão.

Abriram a porta já em posição de batalha, mas o que encontraram estava longe de ser algo assustador: Happy, Plue, Nights, Gemi e Mini, cada um em um canto do quarto com um travesseiro na mão/asa prontos para o ataque.

— O que raios está acontecendo aqui? — Laxus perguntou com os braços cruzados em frente ao corpo.

— Estamos brincando de guerra de travesseiros, querem participar? — Happy sorriu.

— Você gritou por socorro, achamos que tinha acontecido algo — a ficha da loira ainda não tinha caído.

— Ah, isso... O Nights estava vindo na minha direção com cara de demônio, só me assustei — gargalhou.

— Francamente... — Laxus saiu do quarto, voltando para a biblioteca.

— Bem... Estão continuem brincando. Só cuidado para não quebrarem nada — fechou a porta, seguindo o loiro.

— Esses anõezinhos só me dão dor de cabeça...

— Eu acho legal, apesar do susto — riu.

Depois dessa... Situação, os dois voltaram a tentar encontrar algo a mais naquela pequena caixa. Lixaram de novo, reviraram e até cortar eles tentaram, mas não obtiveram sucesso.

Laxus já estava a ponto de desistir quando teve a ideia de olhar a vila. Até agora as dicas sempre os levaram para algum lugar, então dessa vez não devia ser diferente.

A loira gostou da ideia, saindo com ele para olhar ao redor, deixando os pequenos bagunceiros brincando no andar de cima.

A vila não tinha nada de especial, a única diferença mesmo era o chão de areia, fora isso ela era como qualquer outra.

Vendo que não encontrariam nada de interessante por enquanto, decidiram ir ao mercado para comprar comida. Ficaram tão aéreos que se esqueceram que ainda não tinham almoçado.

Com tudo comprado voltaram para a pousada, se deparando com o almoço feito e cinco criaturinhas estiradas no sofá.

— Quem cozinhou? — Lucy perguntou perdida.

— Virgo — os cinco responderam em uníssono.

— Esses espíritos são... Estranhos, de um jeito bom — o loiro comentou, terminado de guardar tudo.

— Por quê?

— Do nada aparecem do seu lado e sempre sabem o que a pessoa precisa.

— Ah... As vezes é assustador, mas com o tempo você acostuma — sorriu, se servindo. 

—— // ——

— Isso realmente é muito, mas muito estranho... — Lucy não acreditava no que estava vendo.

Assim que terminaram o almoço, os dois loiros voltaram a investigação, mas dessa vez optaram por olhar aos arredores da vila.

Diferente das outras vezes não tinha nenhuma floresta ao redor, apenas areia e mais areia. Estavam andando em um tipo de deserto, mas o sol não estava tão quente, o que ajudava.

Ao redor desse tal deserto havia outras vilas, elas circundavam o local. Andaram reto sem desviar o caminho, mesmo tentados em visitar cada uma delas atrás de pistas.

Mais um pouco para frente encontraram uma enorme cratera com cercas ao redor e uma placa indicado que tinha um escada para descer.

Curiosos, se aproximaram e não acreditaram no que viram: uma estrutura preta, idêntica a caixa que carregavam.

O lugar era enorme, devia ter a altura de um prédio com seis andares ou mais. Era completamente preta, sem indícios de portas ou janelas.

— Acho que achamos o que procurávamos.

— Continua sendo estranho, quem constrói algo com cara de caixa? Até tampa tem no negócio — a loira apontou o topo da estrutura.

— Seria engraçado de a tampa abrisse — sorriu de lado.

— Bem... Só vamos descobrir de olharmos de perto!

Desceram as escadas e se aproximaram da caixa. As laterais eram completamente lisas e, como tinham imaginado, não dava para entrar.

Na parte de trás tinha um elevador totalmente preto que até então nenhum dos dois tinha visto, pois ele estava embutido na parede.

Sem muita alternativa, subiram utilizando o mesmo chegando ao todo em segurança. No exato momento em que pisaram na “tampa” da caixa, uma abertura apareceu juntamente com uma escada, também preta, levando ao seu interior.

Como sempre, Laxus entrou na frente, prestando o máximo de atenção para evitar qualquer surpresa. Assim que ambos já haviam entrado, a abertura voltou a fechar, deixando os dois no completo breu.

—— // ——

Brincar de guerra de travesseiros tinha sido algo muito divertido para Happy, mas depois do almoço nem ele e nem nenhum dos outros quatro quiseram continuar, então decidiram tirar uma soneca.

Happy estava dormindo tranquilamente, quando ouviu o barulho da porta sendo destrancada e achou que fossem os loiros, mas era alguém bem conhecido por ele.

— Dona Tamandra! — o gatinho voou para o colo dela.

— Happy, meu amiguinho — sorriu. — Eu vim aqui para fazer companhia para vocês, mas parece que você foi mais rápido.

— Aye!

— Bem, mesmo assim vou passar uns dias aqui com vocês. Nosso casal favorito encontrou o que procurava, e tenha certeza que eles não vão sair de lá tão cedo...

— Eles estão em perigo? — perguntou preocupado.

— Eu acho que não, dessa vez eu não me envolvi com o desafio então não sei dizer. A única coisa que eu tenho certeza é que eles vão demorar alguns dias até conseguirem sair.

— Um lugar misterioso...

— Sim meu gatinho, muito misterioso. Bom, acorde seus amiguinhos, vamos nos divertir um pouco!

— Não precisa nem falar duas vezes!

—— // ——

— Isso é tudo medo do escuro, Gnoma? — perguntou zombeteiro.

— Não me zoa, seu idiota... Eu odeio o escuro... — se agarrou mais ao braço do loiro.

O lugar onde estavam era muito escuro, tanto que não conseguiam ver absolutamente nada. Tentaram usar suas magias para iluminar nem que fosse um pouco, mas estava bloqueada.

Lucy assim que percebeu isso, grudou no braço do loiro como se sua vida dependesse disso. Não via nada, não podia usar magia, então ficou com medo de se perder.

Claro que Laxus não perderia a chance de zoar com a situação, mas parou ao ouvir o barulho de algo estralando abaixo de si, e instintivamente aproximou a loira se si, a abraçando de lado.

Nessa hora Lucy deu graças a Deus por estar escuro, pois corou e muito. Rapidamente ignorou isso quando também ouviu o barulho.

O chão começou a brilhar assim como as paredes, revelando uma imagem fofinha que logo mudou para algo macabro.

— Iniciando sistema de testes — uma voz robótica falou, revelando uma tela de início na parede com uma contagem regressiva. — Cobaias identificados.

— Cobaias? — os dois perguntaram juntos, mas a única resposta que obtiveram foi o escuro.

A Pena da CuraOnde histórias criam vida. Descubra agora