{Capítulo 24 - "Qual seu nome?" S.}

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  Me levanto cedo, mamãe queria levar eu e George na casa da vovó, a casa da vovó, lugar onde tem os melhores doces e os mais nojentos chás.
   George não parecia muito animado, me aproximo de meu irmão irmãozinho e passo minha mão em seu cabelo, em resposta George dá um tapa em minha mão.

— Cai fora Nerd. — Disse George, meu irmãozinho parece nunca ter um bom humor.

— O que foi para tar tão mal humorado? — Perguntei ao olhar para meu irmãozinho.

— A casa da vovó. — Respondeu ele.

— E o que tem lá? — Perguntei.

— Não tem internet lá, o que eu vou fazer sem Internet? — Perguntou ele.

— Socializar? — Respondi.

— Com a vovó e suas amigas idosas? — Respondeu George.

— Que horror, isso foi insensível George. — Disse a ele, George deu de ombros e voltou a mexer no seu celular.

  Pego meu celular e mandei mensagens para Annie.

***

— Annie!! Como Lance tá? — Digitei.

Tá indo, vou servir um café para ele agora, tchau, depois nos falamos. — Digitou Annie.

***

— Vamos crianças? — Perguntou Mamãe ao se aproximar da porta de casa.

— Vamos! — Digo animada, em contraste, George deu vários murmuros.

  Entramos no carro ligamos a rádio do carro para ouvirmos algo durante a viagem, como sempre George murmuava no banco de trás, mexo na rádio em busca de uma boa música.
  Havia parado numa estação de músicas instrumentais, ouvir músicas assim me lembrava o Lance, aquele menino sério, fechado, e incrivelmente misterioso.
  Me pergunto como, como eu fui capaz de amar alguém como amei o Lance, mas sabe, não controlamos nossos corações, por alguma razão o meu resolveu bater pelo Lance.

— Tá chegando? — Murmurou George.

— Sim. — Respondeu minha mãe.

— Vai demorar? — Perguntou ele de novo.

— Não. — Respondeu minha mãe.

— Estamos chegando? — Perguntou ele novamente.

— Estamos... — Respondeu mamãe, ela parecia impaciente.

— Mais vai demorar? — Perguntou George, ele também estava impaciente.

— Não! — Gritou mamãe de modo áspero. George fica supreso e se cala.

— Tô com fome. — Murmurou ele poucos segundos depois do grito.

  Mexo no rádio e coloco uma música para nos distrair.

"You are my sunshine, my only sunshine. you make me happy when skies are grey, you'll never know, dear, how much I love you, please, don't take my sunshine away."

— Que música é essa? — Murmurou George do banco de trás.

"Your are my Sunshine." — Disse mamãe.

— Conhece? — Perguntei.

— Seu pai cantava ela para mim. — Disse mamãe ao dar um sorriso.

  Papai cantava para mamãe? — Paro para pensar.

"Você é meu Raio de Sol, meu único Raio de Sol." — George repetia a letra da música com deboche.

"Jamais solte as minhas mãos."Onde histórias criam vida. Descubra agora