Enquanto eu corria pela casa brincando com meu aviãozinho sem querer bato meu dedo do pé na quina da mesa, me jogo no chão, estava doendo muito.— O que foi Lance? — Perguntou papai ao me ver segurar meu dedo do pé.
— Eu estou com muita dor, mas não vou chorar. — Digo ao ne segurar o máximo.
— Por que? — Perguntou ele.
— Meninos grandes não choram. — Respondi.
— Eu sou um menino grande, e também choro Lance. — Disse papai o passar suas mãos em meu cabelo.
Papai era meu herói, ele era quem eu mais confiava e a pessoa mais forte do mundo, papai não tinha medo de nada, mas... Papai chorava?
— Lance, chorar não é uma fraqueza, chorar é uma força. — Disse papai, eu não conseguia entender. — Chorar mostra que você é um humano, e que você tem sentimentos, e nada é mais forte que um sentimento. — Disse papai ao sorrir para mim.
— Mas, eu não quero ser um bebê chorão. — Digo ao deixar lágrimas se formar.
— Lance, você não é um bebê chorão, você é um humano, e humanos choram, nunca tenha medo de mostrar sua força. — Disse papai ao beijar meu rosto.
Chorar não nos faz medrosos, não nos faz menores, nem mais fracos, pelo contrário, chorar pode mostrar aquilo que temos mais força, pode mostrar nossas emoções, nossa empatia, nosso amor, pode mostrar quem realmente somos.
*****
— Senhora Anderson, seu filho Lance já está para receber alta, ele até agora não acordou, mas logo, logo ele acordará, pelo o que parece não aconteceu nada com ele, nenhum osso quebrado, nada, apenas uns arranhões. — Disse o Doutor.
— Graças a a Deus! Estava tão preocupada. — Exclamou a Sra. Anderson ao parecer aliviada.
— Mas devido ao tombo ele bateu a cabeça, e não detectamos nada, mas traga ele de volta caso a algum problema de amnésia. — Disse o Doutor.
— Entendo Doutor, muito obrigada. — Disse a Sra. Anderson.
*****
De repente escuto o som da porta da minha sala bater e o som de passos vindo em minha direção.
— Desculpa Lance. — Soou uma voz doce que chegou aos meus ouvidos.
— Desculpa, eu sei que tudo foi minha culpa, se eu não tivesse entrado na sua vida, nada disso teria acontecido, me desculpa. — A voz estava bem fragilizada.
— De desculpa por tudo. — a voz soou mais alto e depois sinto um algo macio em minhas bochechas.
E logo um ouve um silêncio mortal naquela sala, o que estava acontecendo? Minha cabeça dóia, meu corpo dóia, estava tudo escuro, eu só conseguia ouvir, ouvir sons com ecos vindo de longe, mas nada fazia sentido, quem é Annie? Ronan? Quem eram eles?
Sinto algo macio em volta das minhas mãos, e que apertava, apertava com força, mas meu corpo não tinha reação.
— Lance... eu te amo. — A voz soou do modo rápido e emotivo.
— Me desculpa por nunca dizer isso antes, eu tinha medo da sua reação, agora, eu me arrependo por nunca ter dito nada. — A voz soava depressa e muito emotiva, o que estava a acontecendo? Eu não entendo...
Logo senti um peso em minhas mãos, e estavam se molhando, minhas mãos estavam molhadas de lágrimas.
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"Jamais solte as minhas mãos."
RomanceSophia, uma menina doce, alegre e ansiosa demais, ela está sempre pronta a lutar pelos seus amigos e é sempre determinada em conseguir o que quer. Lance, um jovem seco, frio e fechado, apelidado de "Misterioso menino dos olhos verdes" ou só "Menin...