{Capítulo 2 - Meu dia. L.}

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  Estava lá eu, sentado em seu leito, sua voz calmamente vinha em direção aos meus ouvidos, lágrimas desciam de meu rosto, olhava para ele e cada vez desciam mais e mais lágrimas.

— Lance, as coisas vão só piorar daqui para frente. — Disse ele ao passar suas mãos calmamente em entre meus cabelos.

— Mas, papai... — Tento dizer mais as lágrimas não me permitiam falar.

— Meu filho, eu sempre vou amar você. — Disse ele ao fechar seus olhos e a maquina de batimentos que fazia barulhos repetitivos começou a fazer barulhos desordenados.

— Papai! Pai! — Eu o chaqualhava porém nada acontecia. Minhas lágrimas desciam igual meus gritos de desespero. — Isso não é Justo... — Disse ao deitar minha cabeça sobre seu peito.

— O mundo não é Justo, meu filho... Lance... seja forte. — Ele sussurrou com um tom bem triste e calmo.

  E essas foram as últimas palavras de meu pai, mais gritos e lágrimas, a máquina de batimentos ficou com um som arrepiante e contínuo.
  Fui arracando da cama pelos médicos, meu querido pai havia ido a óbito.

  Depois dali as coisas só pioraram como meu pai havia me dito...

*****

  Acordo com o som do ridículo despertador da minha irmã, me levanto e  logo olho para meu celular.

  Primeiro dia de aula! Oba! Sempre que estou feliz a vida me joga para baixo. — Penso.

  Me levanto da cama e som do despertador da minha irmã continua a tocar. Respiro fundo e abro a porta do meu quarto, caminho até o banheiro, minha visão estava meio turva, sem querer bato meu dedinho na mesa que tinha no corredor.

— Hmmm!!! — Tento abafar o som do grito.

  Continuo meu caminho até o banheiro e me olho no espelho, uma enorme espinha em minha bochecha, sem pensar duas vezes a estouro. Meu cabelo estava todo para cima, parecia que eu havia tomado um choque.
  Com muita animação (sqn) eu entro no chuveiro e me banho.
  Após me secar pego um escova e arrumo meu cabelo. Que estava curto porque fui obrigado a corta-lo. Logo após de arrumar meu cabelo, coloco minhas lentes de contato, e caminho até meu quarto. Desda vez evito a mesa que eu havia batido meu dedo e entro em meu quarto, coloco minha calça e visto minha camisa de qualquer jeito e coloco a ridícula gravata. Junto minhas tralhas e coloco na mochila.
  Saio do meu quarto e me dirijo para a cozinha e pego uma tigela e a encho de cereal. Enquanto comia calmamente escuto o som desastroso da voz da minha irmã.

— Lance! Por que não me acordou? — Perguntou ela meio infurecida ao me ver comendo meu cereal calmamente.

— Você tem um despertador, não tem? — Pergunto ao olhar para a cara amassada dela, deu para ver que ela dormiu bastante.

— Eu não ouvi ele tocar. — Disse ela ao crusar seus braços.

— Aí, já não poblema meu. — Digo ao colocar uma colher de ceral na minha boca.

— Você precisa ser assim o tempo todo?! — Gritou ela, meio irritada.

  Fico olhando em silêncio para a cara dela, ela fecha a cara e vira de costas para mim.
  Me levanto e pego meus fones e coloco no meu celular, e saio pela porta de casa, subo na bike e me dirijo para a escola.

  "Você precisa ser assim o tempo todo?!" — A voz de minha irmã se passava em minha mente.

  Assim como? Eu não tenho culpa que você é preguiçosa e dorme igual uma pedra! — Digo em minha mente.

"Jamais solte as minhas mãos."Onde histórias criam vida. Descubra agora