Após tomar um sorvete e deixado Sophia no ponto de ônibus venho para minha casa e me jogo de cara em minha cama, sabe, eu nunca fui convidado para uma festa, ou coisa assim, e eu realmente queria ir com Sophia, mas acabei respondendo não.Eu tenho medo, medo de amar outra pessoa e meu coração ser destruído de novo. Primeiro foi com o meu pai, com minha mãe, com meu tio, com meus falsos amigos.
Meu pai... foi a pessoa que eu mais amei na minha vida, amai mais que minha mãe biológica e adotiva, amei mais que a Annie, ele foi quem eu sempre admirei e sempre corria quando precisava, ele era minha Fortaleza para quando a guerra, ele era meu escudo de proteção, mas infelizmente ele foi tirado de mim, eu perdi meu pai, meu amigo, meu herói.Sobre Lucy Hopper, minha mãe biológica me dói ao me lembrar dela ter me largado, ter me deixando quando mais precisei, não ter me acolhido com abraços, não ter me levantado quando estiver sem chão, não dizer que me ama e que vai ficar tudo bem, e o pior ela não ter sido uma mãe para mim de verdade.
Um tempo após eu ser adotado, eu conheci meu tio, ele era meu único parente, a única pessoa com o sangue do meu sangue. Eu e ele estávamos nos aproximando quando ele ficou muito doente e morreu, sabe ele me contou histórias sobre meu pai, como, o dia que eles venceram um prêmio de vôlei, ou o dia que eles entraram no primeiro carro, o dia que ele conheceu Lucy Hopper, e o dia que papai comprou o vermelhão.
Fico me perguntando como alguém tão incrível como ele estava desaparecido em minha vida.
***
Era a noite do baile, eu estava deitado olhando para meu teto, estava etendiado, Annie invade meu quarto, ela estava usando um belo vestido, ela realmente estava ansiosa para esse baile.
— Tem certeza que não quer mudar de idéia e ir comigo? — Perguntou Annie para mim enquanto se olhava no espelho que havia no meu guarda roupa.
— Não. — Murmurei com meu rosto virado para o travesseiro.
— Ah, qual foi Lance, vamos se divertir! — Insistiu Annie ao me segurar pelo braço.
— Eu não quero ir. — Digo ao puxar meu braço bruscamente, o que assuntou Annie.
— Lance... se mudar de idéia, só me mandar uma mensagem. — Disse ela ao caminhar até a porta do me quarto. — Eu realmente queria que você fosse, sabe... eu só quero que...
— Você não está atrasada não? — Digo ao corta-la.
— Desisto Lance. Não vou perder minha noite por causa de você. — Disse Annie ao cruzar seus braços.
— Pode ir, ninguém está te segurando.
— Digo de modo rude.— Sério Lance, você não cansa de ser assim o tempo todo? — Murmurou
Annie.— Assim como?! — Questionei de modo grosso.
— Assim! Tão estúpido, insensível e grosso! — Retrucou Annie ao parecer estressada.
— E por que você se importa? — Pergunto ao cruzar meus braços.
— Por que eu sou sua irmã, e eu realmente me preocupo com você. Mesmo sem você perceber. — Disse ela de modo sério, logo após ela saiu pela porta e me deixou sozinho.
Paz, era isso que eu queria, paz, eu queria ficar sozinho, sem ser chateado por ninguém, apenas eu, meus livros e minhas músicas em paz.
Pouco tempo passa e a porta do meu quarto se abre de novo, olho supresso e era... Lucy Hopper?! O que ela veio fazer aqui?
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"Jamais solte as minhas mãos."
Roman d'amourSophia, uma menina doce, alegre e ansiosa demais, ela está sempre pronta a lutar pelos seus amigos e é sempre determinada em conseguir o que quer. Lance, um jovem seco, frio e fechado, apelidado de "Misterioso menino dos olhos verdes" ou só "Menin...