{Capítulo 23 - Recordações. L.}

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  Ao abrir meus olhos sinto uma enorme dor no meu corpo, aquele acidente não foi tão grave para mim, mas para o papai foi.
  Vou até sua cama, seu rosto estava todo machucado, tinha uma maquina do seu lado, ela fazia um barulho aterrorizante. Os olhos de papai estavam caídos, seu rosto pálido, parecia que papai tinha sido exposto a Kriponita e ele estava muito fraco.

— Papai? — Perguntei ao passar minha mão ao seu rosto.

— Lance? — Perguntou papai ao abrir seus olhos e olhar para meu rosto.

— Papai! — Digo feliz ao abraça-lo.

— Eu estou tão feliz que você está bem filho. — Disse papai ao deixar lágrimas caírem. 

  Papai foi se sentar mais parecia que ele sentia uma dor tão forte que não conseguia se mexer direito.
  Logo sua respiração ficou ofegante e ele começou a suar, ele chorava e gemia de dor.

— Papai, você está chorando! — Digo surpresso.

— Eu só estou mostrando minha força. — Logo após dizer parecia que papai havia sentido mais uma dor forte e ficou quieto por um segundos com uma respiração ofegante.

— Lance, as coisas vão só piorar daqui para frente. — Disse ele ao passar suas mãos calmamente em entre meus cabelos.

— Mas, papai... — Tento dizer mais as lágrimas não me permitiam falar.

— Meu filho, eu sempre vou amar você. — Disse ele ao fechar seus olhos e a maquina de batimentos que fazia barulhos repetitivos começou a fazer barulhos desordenados.

— Papai! Pai! — Eu o chaqualhava porém nada acontecia. Minhas lágrimas desciam igual meus gritos de desespero. — Isso não é Justo... — Disse ao deitar minha cabeça sobre seu peito.

— O mundo não é Justo, meu filho... Lance... seja forte. — Ele sussurrou com um tom bem triste e calmo.

*****

  Me levanto assuntado, eu estava suando, olho em volta e fico assustado, não reconhecia o lugar direito, eu estava em um quarto, mas tudo parecia longe, e desfocado.
  Logo escuto o som da porta do quarto, o ranger da porta era bem incomodo.

— Bom dia Lance. — Disse uma menina ao passar pela porta com uma bandeja em sua mão. — Ah, você já acordou. — Disse ela, ela pareceu que estava assutada.

— Bom dia. — Respondi ao me sentar na cama. Ela se sentou ao meu lado.

  De repente ela coloca a sua mão na minha testa depois passa ela encosta sua mão no meu pescoço.

— Você suando, mas não é febre. — Disse ela de modo preocupado.

  Fico quieto, não sabia o que responder.

— Tá se sentindo melhor? — Perguntou ela ao olhar diretamente para mim, seus olhos eram brilhantes, como duas esmeraldas.

— Ah, uhum. — Não sabia o que responder.

— Que bom, estou muito feliz que você melhorou. — Disse ela ao sorrir. — Aqui, trouxe umas coisas para você. — Disse ela ao colocar a bandeja em cima de mim. — Aqui, trouxe seus óculos. — Disse ela ao colocar os óculos em mim e por fim passar sua mão em meu rosto.
 
— Bem, esses são seus óculos reversas, o outro quebrou quando... você sabe. — Disse a menina para mim e ao aproximar os óculos para perto de meus olhos.

  Quando ela colocou os óculos em mim parecia que tudo estava mais perto, tudo estava mais claro, mais bonito e focado.

— Trouxe seu café também. — Disse ela ao sorrir para mim, olho para a bandeja, não faço a mínima idéia sobre o que era o que.

"Jamais solte as minhas mãos."Onde histórias criam vida. Descubra agora