{Capítulo 28 - Pausa. S.}

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  Me levanto cedo, pego umas roupas e decido me banhar, aquela ducha estava bem relaxante, é tão bom finalmente descansar, não precisar correr para um lado e para outro atrás do Lance.
  Agora que ele está em casa, parece que todo meu esforço por ele foi em vão. Ele tem a irmã e a mãe adotiva para cuidar dele, vou cuidar um pouco de mim.

  Após sair do meu banho desço para a andar de baixo e preparo um café da manhã, enquanto tentava fazer uma panqueca minha mãe se aproxima da cozinha.

— Tá tentando botar fogo na casa? — Perguntou minha mãe ao intervir, ela ainda vestia seu pijama.

— Não, eu só tentava fazer uma panqueca. — Respondo ao ver minha mãe virar a panqueca com perfeição.

— Ah... pensei que ia tentar matar sua família. — Disse minha mãe ao dar uma risada.

— Minha comida é tão ruim assim? — Perguntei ao cruzar meus braços.

— Quer que eu responda ainda? — Perguntou minha mãe ao caçoar da minha cara.

— Para de me zoar mãe! — Digo enfurecida.

— Tô sendo realista minha filha. — Disse ela ao começar a fazer outra. — Como pretende se casar assim? — Perguntou ela ao virar a panqueca.

— Pensava que o casamento era uma demonstração de amor não uma competição de culinária. — Digo ao retrucar a zoação da minha mãe.

  Mamãe riu e virou outra panqueca, aquele cheio pairava no ar e me deixa salivando.

— Que cheiro bom. — Disse papai de forma animada ao se aproximar de nós com um sorriso no rosto, ele estava bem vestido, parece que ele vai trabalhar hoje.

— Bom dia papai. — Digo sorrindo.

— Bom dia querido. — Disse mamãe ao sorrir para ele.

— Bom dia meninas. — Disse ele ao dar um risada e se sentar. — Sophia, quanto tempo não nos vemos. — Disse papai ao brincar.

— É, eu sei. — Respondi ao me sentar também.

— Como vai as coisas filha? — Perguntou papai ao me dar atenção.

— É o Lance pai, ele sofreu um acidente, e perdeu a memória. — Digo ao tentar não me emocionar.

— Tadinho dele filha. — Disse mamãe ao colocar as panquecas num prato.

— Filha, ele é seu namorado? — Perguntou papai para mim ao não parecer preocupado, mas sim, ele estava com uma feição preocupada.

— O que? — Respondo ao me espantar. — Não, não pai! — Respondo depressa ao corar minhas bochechas. — Somos Amigos... Somos só amigos. — Digo ao suspirar.

— Filha? — Papai colocou sua mão sobre a minha para me consolar.

— Tá tudo bem pai. — Digo ao parecer forte, mas estava segurando para não chorar.

— Vou chamar o George. — Disse mamãe ao me deixar á sós com papai.

— Filha, se você gosta desse menino. — Papai tentou falar mas eu o interrompi.

— De que adianta? Sei que ele não gosta de mim. — Respondi ao cortar ele.

— Filha. — Disse papai ao colocar sua mão no meu rosto. — Você é bonita, inteligente, uma menina incrível. Você não precisa disso, quem está perdendo é esse Larence. — Disse papai para mim de modo amoroso.

— O nome dele é Lance pai. — Digo ao começar a rir.

— Que droga, não acerto uma. — Disse papai ao rir também.

"Jamais solte as minhas mãos."Onde histórias criam vida. Descubra agora