{Capítulo 31 - A Verdade. L.}

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— Será que vai chover? — Perguntou Mamãe para mim enquanto dirigia e olhava para céu nublado, após olhou para mim pelo retrovisor e seus olhos ficaram pesados.

— Não sei. — Respondi ao olhar para aquele céu nublado.

  Já havia feito um dia desde a morte de papai, tudo era muito recente, e tudo ainda doía muito. E doeu mais ser abandonado pela pessoa que deu a luz a minha vida, que me ensinou a andar, a falar, a ser educado e era quem eu recorria para tudo. E infelizmente eu não poderia recorrer para ela mais.
 
  Naquele mesmo dia, eu e ela saímos e ela me deixou com uma senhora, e essa senhora se tornou uma mãe para mim no tempo que eu fiquei naquele lugar, eu não me lembro o que minha mãe disse para a senhora, só sei que dali em diante eu fiquei um bom tempo sem ver a minha mãe.

*****

  Abro meus olhos e me sento na cama, olho em volta e tudo parecia distante, pego meus óculos que estavam em cima do criado mudo e volto a ver tudo normalmente.

— Que sonho estranho. — Murmurrei, minha voz estava rouca, e minha garganta pegava fogo.
 
  Saio do quarto e desço os degraus para a sala, enquanto descia começo a tossir, minha garganta queimava bastante.

— Bom dia filho. — Disse minha mãe adotiva na cozinha, ela estava tinha um bule em mãos.

— Bom dia. — Tento falar, mas minha garganta doía muito.

— Que voz rouca Lance. — Disse ela ao se aproximar de mim e colocar sua mão no meu pescoço. — Você está com febre. — Disse ela ao parecer preocupada.

— Eu não deveria ter ficado na chuva ontem. — Respondi, logo após voltei a tossir.

— Não deveria mesmo, vem tomar um chá. — Disse ela de modo amoroso.

  Me sentei na mesa, minha mãe adotiva começa a servir um chá para mim, pego a xícara e começo a beber.

— Aaaaaaaaarg que gosto ruim. — Resmunguei.

— É chá de camomila, você gostava. — Disse ela pasma.

— Gostava? Como alguém pode gostar disso? — Murmuro depois volto a beber o chá.

— Vou passar na farmácia e comprar um xarope para você. — Disse ela ao sorrir e me fazer um cafuné.

— Obrigado mãe. — Respondi com um sorriso.

  Ela ficou meio tensa, e tentou disfarçar, mas não conseguiu, eu percebi que esse assunto incomodava ela.

— Desculpa. — Digo depressa.

— Lance, não precisa se desculpar. — Disse ela ao suspirar. — Bem, quem diria que eu teria que contar isso de novo. — Disse ela ao dar outro suspiro.

— Isso foi a mais ou menos uns nove anos atrás...

  Minha mãe adotiva começou a me contar sobre o dia que eu fui adotado, ela me disse algo que me surpreendeu, quando eu tinha meus seis anos de idade meu pai foi morto por um acidente de carro, e pouco tempo depois minha mãe biológica Lucy Hopper me mandou para um orfanato, e eu fiquei lá por um tempo, até ela me adotar e me trazer para essa casa.
  Alguns anos depois Lucy Hopper tentou contactar minha mãe por e-mails, ela queria me ver, mas ela morava em outro estado, e era muito difícil e caro para ela me buscar, ela sempre madava e-mails para saber sobre mim.

— Uau. — Respondi ao finamente sentir as peças se encaixarem.

— Lance, eu sei que tudo isso pode parecer confuso, mas... — Minha mãe adotiva tenta falar mas a interrompo.

"Jamais solte as minhas mãos."Onde histórias criam vida. Descubra agora