Capítulo 20: Paz

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Queridos leitores, fiquei um tempão sem postar um capítulo novo por causa de um problema com o PC.  Além de postar este capítulo, fiz uma alteração na sinopse.

Espero que continuem acompanhando a história de Anne e Hyuk!

O vídeo é de uma canção que gosto muito: Aquieta minh'alma com o Ministério Zoe...

Beijos!



Ao chegar à minha casa, após um longo dia, eu só desejava tomar um banho relaxante e cair em minha cama, mas meus pais me esperavam na sala de estar. Tinha a intenção de conversar com eles para contar tudo... Não hoje, mas eles estavam preocupados comigo. Perceberam que havia algo errado, por isso me abri com eles; esforcei-me para não chorar, mas meu esforço foi em vão! As lágrimas caíram abundantemente. Conversamos durante mais de uma hora, o que foi ótimo para mim. Quando finalmente caí em minha cama, após o meu banho, agradeci a Deus e adormeci imediatamente. Acordei restaurada.

Cheguei à clínica em meu horário normal. Fui recebida pelo doutor Nicolas. Rapidamente relatei sobre o meu "encontro" com Gabriel e ele deu tapinhas em meu ombro enquanto dizia "muito bem, você agiu muito bem, estou orgulhoso de você".

Trabalhei o dia inteiro, só não posso dizer que tive um dia tranquilo porque os meus pensamentos não me deixaram em paz. Sentia falta de meu amigo Hyuk, mas não tinha coragem de dar o primeiro passo. Estava com vergonha e medo. Vergonha pela maneira que Gabriel tratou o meu amigo e medo de perder a sua tão preciosa amizade. É bem provável que Hyuk não confiasse mais em mim. Ao sair da clínica, fui à lanchonete. Enquanto comia o meu lanche, pensei em ligar para o meu amigo. Como sou covarde! Não consegui fazer a ligação. Após pagar pelo lanche, andei bem devagar até o carro. Entrei e, por alguns segundos, fiquei com o celular em minha mão e uma dúvida cruel: o que era melhor? Falar logo com o meu amigo e ter a certeza de que está muito magoado comigo ou adiar o quanto eu pudesse para pelo menos ter a esperança de que estivesse tudo bem? Como você é covarde, Anne! É assim que se resolvem as coisas? Meus pensamentos não me deixavam em paz. Suspirei.

— Quer saber? — Estava sozinha no carro, mas falei em voz alta. — Eu farei a ligação agora mesmo! — Foram cinco toques até eu ouvir a voz de meu amigo. — Oi — comecei meio sem jeito, não tinha ideia do que falaria — sou eu... Anne.

— Sei que é você, tenho o seu número e, quando você me liga, aparece no visor: "noona Anne" — ele disse com a voz mais meiga do mundo inteiro e eu comecei a chorar. Não teve jeito. Foi algo tão natural! As palavras ficaram embargadas. — Anne, está tudo bem? — Após alguns segundos, eu consegui falar...

— Eu... Sinto muito — concordo que foram poucas palavras e saíram entre as minhas lágrimas, por isso nem sei se ele entendeu.

— Ei, o que foi? Por que está se desculpando? — Ele entendeu! — Anne, você está chorando? Aconteceu alguma coisa?

— Sim, eu o magoei. Você perdeu a confiança em mim.

— Quem disse isso? Anne, eu entendo... Ele é o seu namorado, vocês conversam bastante e é natural que você tenha falado sobre o seu amigo que reapareceu depois de cinco anos...

— Hyuk, eu... Quero que saiba que não comentei sobre o seus avós...

— Desculpe-me por ter ido embora naquele dia.

— Gabriel foi bem desagradável. Hyuk... Tenho algo para contar, mas não gostaria que fosse pelo celular. Pena que não posso faltar à aula, mas quero que saiba que ainda irei com você ao encontro com o seu pai... — fiz uma pausa — Se você ainda quiser a minha companhia, é claro!

— Você tem alguma dúvida? Necessito de sua companhia, Anne! — Como ele podia ser tão fofo? — Desligamos, mas antes combinamos a nossa saída. Sábado, eu iria até a casa de Hyuk para juntos nos encontrarmos com o general. Fiquei muito aliviada. Não perdi a amizade de Hyuk. Fui para a faculdade com o coração leve. Quem podia imaginar que meus últimos dias foram tão complicados? Nem eu acreditava como estava me sentindo. Agradeci a Deus pela paz que invadia o meu coração e pela amizade de Hyuk.

O restante da semana foi bem tranquilo. Sexta-feira à noite, voltei a falar com o meu amigo. Ele desejava desmarcar o compromisso com o pai e, por um momento, eu até pensei que seria melhor. Detestei o que o pai de Hyuk fez. Poxa vida, era para ser um final de semana entre pai e filho e ele apronta? Era melhor mesmo ele ficar bem distante de meu amigo, mas isso durou pouco, logo eu mudei de ideia. Tinha um relacionamento ótimo com o meu pai e seria maravilhoso se Hyuk e o pai se entendessem! Sei que o senhor Carlos Eduardo agiu muito mal com a esposa e com o filho, só que existia ex-esposa, mas e ex-filho? Não! Então coloquei em meu coração ajudar os dois. Sei que não será uma tarefa fácil, mas me esforçarei e conto com uma ajuda muito especial: a divina. Ah, também farei de tudo para que o meu amigo tenha um bom relacionamento com os avós. Eles estão perdendo muito. Todos eles!


Anne e HyukOnde histórias criam vida. Descubra agora