Capítulo 30: Curiosa!

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Olá!

Depois de um longo inverno... tem capítulo novo!

O vídeo disponível  é OST de Healer (novamente!) com algumas cenas para vocês ficarem com vontade de conhecer esse ótimo dorama.


Quarta-feira à noite, eu e Raquel fomos ao shopping para comer e também assistir a um filme. Convidei Hyuk, mas ele já tinha um compromisso com a mãe e a prima. Ele me deixou bem curiosa ao comentar que se tudo desse certo teria uma novidade.

— Seria tão bom se o Hyuk estivesse aqui conosco — dizia Raquel enquanto se deliciava com o seu milk skake.

— Sim — concordei enquanto saboreava uma casquinha de creme — Fiquei tão curiosa! O que será a novidade? Pode ter a ver com a escola de música...

— Fico só imaginando... ter um professor daqueles, uau, uau! Acho que seria muito difícil me concentrar nas aulas — eu ri ao ouvir isso.

— Ele é um ótimo professor. Os alunos o amam.

— Com certeza! Dá para ser diferente? Eu não sei como você consegue ser só amiga dele. Você é muito... forte ou boba — deu uma risadinha. — Mas eu acho que o status "somos só amigos" irá mudar logo, logo — colocou o milk skake em cima da mesa e fez um coração com os dedos. Eu meneei a cabeça e continuei saboreando minha casquinha. — Não vai falar nadinha? Não tem nem argumento, né? Fala sério, ah, se fosse eu! Por que Deus não me dá uma chance dessas? Um gato coreano em meu caminho... Deus, me ajuda! — Dei uma gargalhada.

— Acontece que para mim o Hyuk não é um gato coreano, ele é um irmão.

— Aham! Sei! Acha mesmo que caio nessa? "Ele é meu irmão". Ah, dá licença, amiga, ele não é seu irmão! — Ela fez uma voz engraçada. O que eu podia fazer? Só dava para rir mesmo. — Como dizem? — Ela pensou por alguns segundos, depois pegou o celular, digitou algo, esperou mais alguns segundos e em seguida disse — "Deus não dá asas à cobra" — Agora eu ri para valer mesmo.

— Esse ditado é para quem? Não combina com a situação! — Afirmei rindo.

— Ah, sei lá... Nunca fui boa com ditados... Já sei... "Deus dá asas para quem não quer voar", é isso...

— Não seria "não sabe voar"?

— Acho que no seu caso seria "não quer voar"! Ah, prima, fala sério... Voe para os braços daquele gato coreano! — Ela disse essa pérola e depois terminou o milk shake.

Chegamos a casa às 23h30. Enquanto Raquel mexia em suas preciosidades, traduzindo... os presentes que ganhou de Hyuk, eu mexia em meu celular. Estava ansiosa. Queria ligar para Hyuk para que ele contasse a novidade, mas era melhor esperar por ele. Olhei para a minha prima. Ela era a felicidade em pessoa e bondade também. Ela podia escolher 30 itens para si mesma, mas não foi egoísta. Escolheu presentes para todos: A mãe, o padrasto, meus pais, eu, uma tia e três amigas de Americana. Ela foi um amor. No final, ficou com 12 itens porque fez questão de presentear cada um com dois itens. Ah, antes de assistirmos ao filme, ela me pediu ajuda para comprar um presente para Hyuk.

— Sei que ele tem de tudo, mas eu queria que recebesse algo meu para pelo menos eu agradecer de outra maneira... Já gastei todas as palavras de meu vocabulário bonito e ele deve estar cansado de ouvir, né? — Após pronunciar essa longa sentença, nós fomos até uma loja de presentes que eu conhecia. Havia lembrancinhas lindas relacionadas à música. Ela escolheu duas miniaturas: uma de piano, e outra de violão.

Após olhar o celular pela milésima vez, perguntei para Raquel se podia apagar a luz. Precisava dormir, mas será que conseguiria? Que ansiedade era aquela? Hyuk só comentou que teria uma novidade, só isso! Por que eu desejava falar com ele? Por que parecia tão difícil esperar? Sei muito bem o quanto a ansiedade é negativa. Recentemente conversei com uma jovem sobre isso. Falei com tanta propriedade sobre o assunto e agora aqui estou eu! Na prática a teoria é outra, né psicóloga? Que coisa mais feia! Eu ri no escuro. Não posso deixar que a ansiedade me domine! Hyuk fez um comentário simples, não há razão para pensar mil coisas! Não estou me reconhecendo! O que está acontecendo comigo? Depois de mais alguns minutos de reflexão, finalmente adormeci. Quando abri os olhos novamente eram 7h50, que maravilha! Perdi a hora. Tomei um banho muito rápido, me vesti mais rápido ainda e corri até a cozinha. Que estranho, não havia nem sinal da minha mãe! Todo mundo perdeu a hora hoje? Peguei uma maçã na fruteira, lavei-a rapidamente, dei uma mordida enquanto me encaminhava até a porta de saída com a minha bolsa pendurada em meu ombro.

— Ei, aonde vai? — Ouvi a voz de minha mãe antes de abrir a porta.

— Oi mãe, como assim? Estou atrasada! Beijinhos! Mais tarde eu ligo, tá? — Mandei um beijo.

— Anne, acorda minha filha! Hoje é feriado!

— Hã? Feriado? — Pensei por alguns segundos. Nossa, é verdade! Que cabeça a minha! — Tem razão, eu acordei tão apavorada!

— Ah, minha filha linda, você precisa de um abraço! — Minha mãe se aproximou e me abraçou. Acredita que meus olhos se encheram de lágrimas? Gente, o que está acontecendo comigo? Não é época de TPM, mas estou tão sensível! — Ei, Anne, você está bem? Só fez uma pequena confusão com os dias, não é nada de mais, minha filha! Não precisa chorar! — Limpou algumas lágrimas com os dedos.

— Ai, tem razão novamente, eu nem sei... Só acordei apressada e...

— Venha comigo, vamos preparar o café juntas enquanto conversamos ou você quer dormir novamente? — Fiz que não com a cabeça e fomos juntas para a cozinha. Antes coloquei a minha bolsa no sofá.

— Não sei como pude me atrapalhar assim. Não sei como eu e a Raquel não comentamos sobre o feriado!

— Deve ser porque a Raquel está de folga a semana inteira por causa da viagem, ela também não se lembrou do feriado e você...

— Agora que a senhora está falando, estou lembrando aqui que o doutor Silas disse até sexta quando estava de saída! – Cocei a cabeça — Estou mesmo confundindo os dias. Com o pessoal aqui em casa até parece tempo de férias! — Comentei rindo.

— Então não poderá "emendar" o feriado, que pena!

— Fazer o quê? Ah, mas está bom, para quem acordou igual a uma maluca...

— Dormiu pouco ontem, né?

— Demorei a pegar no sono — lembrei-me de Hyuk. Fui até a sala para pegar o meu celular na bolsa. Não havia mensagem.


Anne e HyukOnde histórias criam vida. Descubra agora