Narrado pela autora:
Pietro ali sentado, observava o pai, naquela cama de hospital, com uma grande tristeza no coração. A vida inteira ele não deu valor ao pai. E agora estava passando por isso.
Adriano olhava para Pietro e via o mesmo ainda com os olhos marejado. Pietro estava de fato arrependido por tudo que já fez contra o pai.
- Amor é hoje que as crianças vai pra escola. Você vai ir levar eles?- perguntou Rubens devagar e com a voz bem calma.
- Eu não sei. Você está precisando de mim. Eu tenho que ficar aqui.- falou Adriano baixinho.
- Pode ir Dri. Eu fico com o meu pai.- disse Pietro.
- É meu ursinho. O Pietro vai ficar aqui comigo. Aí você vai lá e arruma os nossos filhotinhos bem bonitinhos para o primeiro dia de aula deles.- falou Rubens mais alegre.
- Tá bem meu amor. Bom agora são onze horas. Acho melhor eu ir já que eles têm que estar na escola meio dia e meio.- analisou Adriano.
- É bom você ir mesmo. Tira foto deles pra mim ver.- pediu Rubens.
- Tiro sim amor. Me dá um beijão aqui pra mim ir.- dessa vez pediu Adriano.
- O Pietro está vendo.- comentou Rubens rindo.
- A que bom que lembraram que eu estou aqui!- exclamou Pietro aliviado.
- Ele também beija as pessoas! E é claro que não irá se importar.- confessou Adriano e deu um beijo lento em Rubens. - Tchau amor. Te amo.- finalizou Adriano.
- Eu também te amo ursinho.- se declarou Rubens.
- Tchau nenem.- disse Adriano se referindo a Pietro.
- Tchau Dri.- se despediu Pietro.
E lá foi Adriano saindo.
- E como foi o seu final de semana Pietro?- perguntou Rubens.
- Nossa você não está de repouso? Está conversando bastante! - falou Pietro.
- Ah... Eu já estou deitadinho aqui. Não posso fazer nada. Nem um esforço. A única coisa que eu posso fazer e conversar. Desde que eu acordei, conversei com o Adriano. Ele estava me entretendo. Mas se você não quer conversar comigo eu vou dormir.- falou Rubens tentando esconder a chateação.
- Desculpa pai. Ok. Vamos conversar... Então... Meu final de semana foi muito bom. Nós chegamos na casa, depois saímos e encontramos com nossos amigos lá faculdade. De sábado pra domingo nós dormimos na casa deles. E de domingo para segunda, nós dormimos na casa mesmo. E depois nos viemos embora.- falou Pietro.
- Seus amigos são rapazes?- perguntou Rubens.
- São sim pai.- respondeu o filho do homem.
- E você e o Cristian? Já estão ficando?- quis saber Rubens.
- Bom. Acho que você não ficou sabendo. Há uns meses atrás quando Cristian se encontrou com o Miguel lá em casa, eu acabei não resistindo e agarrei ele lá na cozinha. Juntando que já tinha acontecido um certo tipo de aproximação no meu quarto.- contou Pietro se lembrando da sua primeira 'aproximação' de Cristian.
- Uau! Isso tudo foi lá em casa?- perguntou Rubens sem acreditar.
- Foi sim. Mas nem tudo aconteceu naquela época.- disse Pietro.
- Compreendo. Mas pelo que eu entendi vocês ficam desde uma certa época?- quis saber Rubens.
- Desde que começamos à nos beijar, não conseguimos ficar longe um do outro.- falou Pietro sério e se lembrou de algo: - Tipo ele sempre me machuca. As vezes ele diz umas coisas... Nada haver. A gente fica bem. Aí bate umas paranoias na cabecinha dele.- comentou Pietro abrindo um sorriso.
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O Homofóbico (romance gay) ORIGINAL.
RomanceCristian é um jovem rapaz de família "humilde",pois mora apenas com sua mãe. E teve uma horrível imagem do pai contada pela mãe. Homofóbico assumido. Odeia os gays, lésbicas e demais pessoas do dito "LGBT" a ponto de ser bem macabro. Sua vida foi...