Narrado pela autora:
-O que você sente por ele?- perguntou Adriano a Pietro.
-Nada. Sinto apenas carinho pela amizade. Só isso.- respondeu Pietro baixinho só para Adriano ouvir.
-Mas antes você não tinha dito que amava ele e tudo mais?- perguntou Adriano novamente.
-Como sabe disso?- perguntou Pietro já sabendo da resposta.
-Seu pai me contou. Relaxa.- confessou o homem.
-Tipo... Naquele dia que eu e o meu pai conversamos, ele tinha dito que, o que eu sentia pelo Cris era desejo. Desejo de abraçar, beijar e tal. E depois que eu beijei e abracei ele, eu não senti mais nada além de arrependimento. Até porque foi tudo forçado.- relatou Pietro.
-É de fato não foi certo. Mas eu fico feliz que vocês estão se dando bem novamente.- falou Adriano feliz.
A tarde passou mais rápida ainda. Com isso a noite chegou rapidamente.
Cristian pensava em quanto aquele final de semana foi longo. E especial. Todos ali se gostavam muito e demonstravam isso. Seu pai muito amoroso com ele e com todos ao mesmo tempo. Cristian não se sentia nem sufocado e nem deixado de lado.
Viu que Pierre havia se apegado bastante ao avô, os tios e os "novos tios". Já que Adriano tinha dito a ele que podia o chamar de tio e também chamar Rubens de tio. Cristian pensava "Será que essas novas aproximações vão ser boas pra mim e para o Pierre?
Espero que sim."Ele ficou feliz, por não está pensando no beijo roubado por Pietro. Parecia que não tinha acontecido. Ficou normal. Super tranquilo. Que bom que não estava com paranoias.
Como ainda era sábado, todos quiseram se deliciar com a presença de Cristian e Pierre no domingo. Mas Cris estava muito cansado. Lembrou da matéria da faculdade pra copiar e iria fazer ela amanhã.
- Pietro você já copiou às páginas da apostila, que o professor passou?- perguntou Cris.
-Copiei não. Eu estou pensando em mudar de área na faculdade.- disse Pietro.
-Sério?! Você vai mudar de faculdade?- perguntou Cris incrédulo.
-Vou mudar de área. A faculdade vai ser a mesma. E o mesmo horário.- falou Pietro.
-Nossa. Depois nós falamos disso.- disse Cris.
Cristian foi para o quarto onde estava, arrumou suas coisas, e Rubens falou que Pietro o deixariam em casa. Cristian apenas consentiu. Ele resolveu ir embora era umas 20h00.
Começou a despedir de todos. Pierre fez o mesmo. Cris abraçou a todos com exceção de Pietro. O último que o jovem abraçou foi o pai. Foi inevitável segurar às lágrimas. Ambos se emocionaram. Trocaram números de celular. Cristian já tinha o número de quase todo mundo daquela casa. Também pegou o número dos irmãos, Fernando e Adriano. O de Rubens já tinha.
Pietro nem havia visto o carro que ganhara. E depois viu que era um carro de luxo. Da marca BMW. Adorou o presentinho que o papai deu.
Miguel foi caminhando com Cris, Pierre e Pietro até a garagem. E depois antes de Cris e Pierre entrar no carro, ele deu um último abraço Pierre. E o menino entrou no carro.
Cristian observou o pai mais uma vez. E o homem também o abraçou e disse:
- Eu não quero perder o contato com você. Vamos nos ver sempre que possível. Eu te amo. Te amo muito.- o homem se emocionou novamente e continuou:- é tão bom te ver vivo, com saúde. Eu te quero o mais próximo de mim o possível. Tenho tanto medo de você sumir novamente.-
- Eu também te amo pai. E quero manter o contato. É muito ver o senhor e saber que se importa comigo. Se Deus quiser eu não vou sumir mais. E eu também quero ficar perto do senhor. Pai, eu quero, e um dia eu vou descubrir o que aconteceu no passado. Infelizmente é algo... É uma marca em mim que não vai ser apagada. E eu não vou sossegar enquanto eu não saber a verdade. Te amo também.- finalizou o jovem fungando, já que não conseguiu segurar a emoção.
- Eu vou junto com você. Vamos descobrir juntos o que aconteceu, os motivos, já que eu não sei de quase motivos nenhum, que levou isso tudo a acontecer. Vai com Deus, juízo. E em breve nós vamos nos ver novamente. Certo?- falou Miguel.
-Certo.- disse Cris saindo do abraço e limpando os olhos.- Com Deus também. Tchau.- falou e entrou no carro.
-Tchau meu filho.- disse Miguel vendo Pietro ligando o carro e saindo rumo ao portão que ficava a alguns metros dali.
O carro chegou no portão e saiu. No caminho, Pietro e Cristian foram calados. Pierre já estava dormindo.
Minutos depois, eles chegaram ao pé do morro. O carro subiu com tranquilidade e parou na porta de Cris.
Cristian disse que ia colocar Pierre na cama e ia voltar e buscar a bolsa. E assim ele fez. Quando voltou Pietro o esperava em pé do lado de fora no carro e segurando a sua bolsa.
Pietro entregou a bolsa a Cristian que ia se despedindo dele e caminhando rumo ao portão quando Pietro perguntou:
-Todo mundo lá em casa ganhou um abraço. E eu? Não vou ganhar?-
-Vai sim.- disse Cristian sorrindo e caminhando em direção ao amigo.
Eles se abraçaram. Um abraço gostoso e apertando. Ambos sorriam. Antes de se separarem. Pietro falou no ouvido de Cris:
-Você foi a melhor pessoa que eu conheci, de verdade. Eu te amo muito. Mas como amigo viu?!- disse Pietro calmamente.
Cristian sentiu seu corpo se arrepiar. Aquela voz grossa em seu ouvido, o causou algo estranho na barriga. Aquela sensação de "barriga oca" ou seria borboletas?
Ele rapidamente disse:
-Você também foi uma boa pessoa que eu conheci.- ele saiu do abraço sem graça e continou:- muito obrigado por esse final de semana maravilhoso com com o meu pai e a família dele. E também com a sua família.- agradeceu.
- De nada.- disse Pietro.
-Boa noite. Eu vou entrar. Está muito frio hoje. Vamos entrar?- convidou Cris.
- Melhor não. Eu tenho que ir. Boa noite pra você também. Tchau.- despediu Pietro.
-Tchau.- falou Cris e entrou portão a dentro.
Pietro entrou no carro e foi embora também.
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Postei graças à Deus🙌😘❤.
Espero que gostem, votem e comentem. Se Deus quiser próximos capítulos em breve...Obrigada por tudo💞...
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O Homofóbico (romance gay) ORIGINAL.
Roman d'amourCristian é um jovem rapaz de família "humilde",pois mora apenas com sua mãe. E teve uma horrível imagem do pai contada pela mãe. Homofóbico assumido. Odeia os gays, lésbicas e demais pessoas do dito "LGBT" a ponto de ser bem macabro. Sua vida foi...