Capitulo 3

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 Pricilla

Saio do banheiro que nem uma louca, ele pensa que é quem pra tirar minha chata e tediosa vida do chão? Só porque é lindo, tem uns olhos de derreter antárctica, e um sorriso cafajeste de outro mundo não da ele o direito de me fazer de boba, não mesmo!

-- Ele me paga! – Saio do banheiro já pensando num plano, se ele quer brincar…

-- Ai, quem é o vesgo que não sabe olhar pra onde anda? – Grito ao ser derrubada por alguém. Caí de bunda pra variar. Quando finalmente percebo quem é… bom eu acho melhor deixar queto.

 – Vem cá você não tinha ido embora não? – Pergunto olhando pros olhos dele.

-- Tinha, mas eu achei o seu livro. Toma. – Ele me entrega o livro e se vira pra ir embora. Mas no meio do caminho ele para e olha pra mim. – Você não tem aula agora vermelhinha?

Realmente isso está ficando chato, como eu posso não conseguir ter uma resposta digna de Óscar pra arrebentar na cara dele?

-- Tenho, mas isso não te interessa! – “Hum, ta fraaacooo.”

-- Ok eu sei disso, mas a gente estuda na mesma classe, então podemos ir juntos. – “ Mas nem se minha vida dependesse disso!”

-- Tudo bem, mas para de me chamar de vermelhinha, isso é muito idiota. – Eita carne fraca.

-- Impossível, vermelhinha é sua marca registada a partir do momento que eu te vi. – Ele sorri maliciosamente, e eu me lembro que ele falou pro Jack pra ele não se aproximar de mim. Confesso que ele me tirou de uma grandessíssima enrascada. Eu e o Jack não temos um histórico muito legal. Resolvo esquecer o idiota e pensar no outro idiota que esta na minha frente agora.

-- E se eu te chamasse de cara de peixe? Foi a primeira coisa que eu pensei quando eu te vi. – Na verdade isso não é verdade, mas eu sou má, então se ele acreditar, óptimo pra mim.

-- Nossa, você conseguiu reconhecer um semelhante. – Ele diz segurando o riso, e eu o olho com um olhar assassino.

-- Você é um idiota filha da mãe. – Digo e acelero o passo. “ Cara de peixe? Eu?”

-- Espera… Pricilla. – Escutar o meu nome na boca dele me passou um arrepio pelo corpo. Merda,  acho que vermelhinha é melhor. – Eu não falei isso pra você ficar chateada, não foi de propósito. – Fico toda, toda por dentro, ele vai pedir desculpas, e se depender de mim de joelhos. – Na verdade não foi de propósito, foi pra ofender mesmo. – ele completa rindo.

O quê? Minha boca se escancara e eu fico olhando pra ele incrédula, enquanto o filha da mãe ri doentiamente da minha cara. “Serio? Eu não achei graça nenhuma.”

-- Babaca. – Tasco o meu livro na cabeça dele. E ele sentiu, ah se sentiu.

-- Aiii, porra você quer arrebentar minha cabeça? Usa um martelo de uma vez. – Pronto problema resolvido.

-- Pode ter certeza que eu teria usado um se eu achasse, não se ri da cara de uma moça, e nem se tira onda da cara dela. Sua mãe não te deu educação hein? -- “ Olhem pra mim, eu sou uma moça, gente.”

-- Você não parece do tipo que se trata como uma moça qualquer. – “Isso bebé, pelo menos inteligência pra perceber isso você teve.”

-- Não, eu sou muito melhor que as outras bolachas de água e sal, muito melhor mesmo, eu tenho tempero e recheio queridinho. – Sorrio maliciosamente pra ele e saio na frente, mas antes escuto ele:

-- Eu tenho certeza que tem.

**

Chegamos na sala e “para noooosssaaa alegria” vem a Mandy, a cara-de bunda-de-camelo, pendurar no pescoço do Bernardo. Nossa, estou louca pra ficar aqui vendo isso!

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