Bonus○Bernardo○

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Bernardo POV

Minha nossa, acho que eu estou namorando a garota maravilha e só agora me dei conta disso. Serio, fora eu mesmo, não conheci ninguém que ousasse enfrentar o meu pai, o frio e calculista Dr. Thomas Baker.

Eu as vezes até não resisto, não me conformava, nunca faria isso. Mas eu sei o que o meu pai é capaz de fazer, eu sei que ele nunca aceitaria que alguém o defrontasse e esfregasse o seu poder na sua cara. E eu tenho certeza que ele não vai esquecer o que a Pricilla fez tao cedo.

Ele tem poder e faz questão de usar isso sobre as pessoas para faze-las se sentirem mal. Eu sou a prova disso, minha mãe é prova disso, as pessoas a volta dele são prova disso. Ele é um idiota como diria a Pricilla.

***

Paro a moto em frente a casa da Pricilla e espero ela descer pra eu fazer o mesmo, mas então ela dá o ar da sua graça:

-- Nossa, quando você falou em fugir eu pensei que você me levaria pra outro país, Dubai quem sabe. Mas é a vida né? O meu namorado não tem criatividade nenhuma mesmo. Minha casa? Jura? – Ela diz tirando o capacete e faz muxoxo. Hilario.

Eu juro que não entendo essa garota, ela me deixa completamente desnorteado e sem ação. É linda, e apesar da boca suja e da falta de vergonha na cara, eu sei que ela é uma garota delicada, chega até a ser fofa (se ela ouvir isso, eu sou um cara morto), mesmo sem ela querer.

 Ela é demais, só que as vezes eu sofro com isso. Caralho.

-- Você é a pessoa mais ingrata que eu conheço, eu te tiro daquela festa chata e é assim que você me agradece?

-- Epá, a ideia de fugir foi minha, e a festa se eu bem me lembre era sua. – “Nem me lembre.”

-- É, acho que foi. – Olho pra outro lugar, o meu pai deve estar cuspindo fogo, mas quem se importa?

-- Vem. – A Pricilla me segura pela mão e me puxa pra dentro de casa. Ao entrarmos andamos nas pontas dos pés pra não acordar ninguém, ela me deixa no quarto e me pede (isso quer dizer manda) pra eu ficar no quarto e esperar por ela.

Faço isso mesmo, sento na cama e fico olhando umas fotos que ela tem na parede, são da família dela, pessoas que eu não conheço, mas que parecem felizes e que se amam, sinto um vazio me preencher, vazio que deveria ser ocupado com pessoas e momentos que nunca tive. Fico brizando um pouco mais as fotos até que a Pricilla me aparece na porta do quarto.

-- Oi. – Ela me chama com um sorriso.

Ela tem um prato na mão e um único cake transbordando de chantilly no meio, com uma vela no topo, na outra mão ela tem uma máquina fotográfica.

Ela entra fecha a porta com o pezinho descalço dela, coloca a máquina em cima da cama e se senta no meu lado com os pés dobrados em cima da cama.

-- Vamos cantar os seus parabéns. – Ela me da um sorriso lindo e começa a cantar parabéns silenciosamente e a bater palmas.

Eu só consigo olhar pra ela e sorrir. Na parte do “com quem será” ela até inventa:

Com quem será? Com quem será? Com quem será que o Bê vai casar?

Vai depender, vai depender, vai depender se a Pricilla vai deixar.

Quando acaba, ela me faz apagar as velas. E eu fico que nem um retardado olhando pra ela.

Eu juro que não pensei que poderia viver tudo isso com ela quando vi essa garota no corredor da escola.

-- Então fez o pedido? – Ela parece uma criança assim. Ela é a menina mais linda que eu já vi.

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