O que seria o cap 29, q n deu pra ver o q eu postei (Problemas no Wattpad), mas espero q gostem ♥
As vezes é impressionante como a vida consegue ser boa. De repente o dia não foi de todo ruim, e pode crer minha gente, eu estou feliz!
Não é todo o dia que você tem a oportunidade de subir num palco, na frente de centenas de pessoas, e falar o quão feliz você está por estar deixando um inferno onde você foi obrigada a ir por anos, onde você foi torturada, descriminada e traumatizada.
Ok, nem foi bem assim, mas na minha cabeça foi. Com certeza na minha cabeça é melhor do que a chata cerimónia de entrega dos diplomas, discursos intermináveis, chororós, e abraços sufocantes.
Sério, eu só não odeio esse dia porque eu estou saindo do hospício. Pricilla Campel sendo bipolar e sem noção. Me processem!
-- Pensando em quê?
Me assusto e me viro rapidamente em direção a voz que de repente apareceu no meu lado.
-- Credo criatura! Quer me matar? – Pergunto pro meu irmão dando um tapa na mão que ele insiste em colocar sobre os meus ombros.
-- Juro que já tentei de todas as formas, mas não consegui. Você tem um caso com o diabo garota. – Ele revida provocando.
-- Vai se ferrar Kevin! – Respondo e volto a olhar em direção ao grupo de estudantes recém formados que se juntam pra tirar fotos.
-- Já está com saudades? – Kevin pergunta, não desistindo de me incomodar. Eu olho pra ele.
-- Disso? – Aponto pro grupo se empurrando pra tirar fotos que com certeza vão ser motivo de vergonha pelo resto da vida deles. – Nem pensar. !
-- Qual é Pricilla, não vai me dizer que você não foi feliz em nenhum momento do colégio? Que você não se divertiu nem uma vez só? Que você não aprendeu nada? – Meu irmão parece indignado comigo, e sinceramente eu não sei o porquê do piti, eu nunca disse que eu não me divertia.
-- Claro que eu me diverti imbecil! – O problema é que o meu senso de humor e o meu sentido de diversão é bem peculiar se é que me entendem. – Eu só acho que eu vou me divertir, aprender, e ser muito mais feliz longe daqui.
Respondo com um sorriso paciente, esperando que o retardado entenda.
-- E você não acha que vai sentir saudades de casa? – Meu santo capeta, o garotinho está todo sentimental hoje.
-- De você não. – Respondo na hora e sorrio quando o rosto dele se transforma numa carranca. – Não precisa se ofender fofinho, eu não tenho culpa se você tem mente de pobre e decidiu fazer faculdade aqui.
-- Eu escolhi aqui porque eu gosto da faculdade daqui, e eu gosto de morar aqui, burra. – Ele puxa meu cabelo.
-- E eu escolhi lá, porque eu gosto das faculdades de lá, e eu gostaria de morar lá. Idiota. – Respondo batendo nele.
-- é claro né tampinha. Assim você apronta sem que os nossos pais presenciem. – é incrível como ele me conhece bem. Putz.
A minha relação com o me irmão é definitivamente o que se pode chamar de amor e odio. Do tipo que eu posso bater nele, mas você não pode porque senão eu te esgoelo. Porque no fundo ele é o meu irmão mais velho, que me dá banho de agua fria no meu aniversario, que planeja um esquema pra me matar, que me empata a vida toda… O mesmo comedor de vadias, que acabou namorando a minha melhor amiga louca. o irmão chato de quem eu espero não sentir saudade nenhuma, senão eu me mato.