Capitulo 28

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Eu sinceramente não sei descrever o quão animada eu estou pra ir nesse baile, por favor sintam o sarcasmo.

É vestidinho perfeito, é sapato perfeito, é brinco que combina com a calcinha e calcinha que combina com a cor do batom, é o par perfeito, a noite perfeita, e finalmente, um monte de garotas histéricas e idiotas que não sabem que perfeição não existe.

Então qual é a minha expressão agora? Uma carranca feia e uma cara enjoada, dirigida pro vestido ridiculamente feio que a Liz tem nas mãos.

-- Nem em zilhões eu usaria esse troço Liz, e nenhuma daquelas também. – Digo apontando pro amontoado de roupa que se formou no sofá da loja de vestidos.

Ela faz uma careta e bufa irritadinha. – Você também não colabora Pripri. Custa tentar parecer interessada? Tem vestidos lindos aqui, e se você ao menos olhar pra eles direito você vai achar um que seja perfeito.

-- Você está chamando esse troço ai de lindo Elizabeth? Tem certeza que você não bebeu no caminho? – Pergunto fazendo uma falsa cara de preocupação.

-- Tudo bem, esse não é lá essas coisas… -- Ela olha pro vestido verde vómito, com flores cor-de-rosa horroroso e faz uma careta. – Tudo bem esse é feio mas tem outros aqui que são bem bonitinhos.

Levanto uma sobrancelha na sua direção e bufo.

-- Tem certeza que nós estamos na loja certa? É que aqui mais me parece uma loja de roupas pra mulheres com trinta, sem planos de arrumar um marido do que uma loja de vestidos para bailes. Não que eu esteja muito interessada nisso. – Comento, enquanto dou voltas entre as fileiras de roupas (que eu nunca usaria) e ela vem atrás.

-- Eu pensei que a gente precisava de roupas mais elegantes, que nos fizesse parecer adultas e aqui me pareceu perfeito. – Ela diz com cara de cachorro sem dono.

-- Tá mais pra roupas de mulheres mal-amadas… -- Olho em volta e tem uma mulher me olhando com uma carranca (essa não gosta de ouvir a verdade. tenho certeza que tem mais de um ano que não tira o atraso), solto um suspiro e puxo a Liz pela mão. – Vem encosto, vamos comprar roupa de verdade.

Arrasto ela porta fora e caminhamos juntas em direção ao meu carro. Sim eu estou usando o maldito carro que o meu pai me deu, ele continua cor-de-rosa, com aquele brilho todo, e até com aqueles benditos cilhos nos faróis. Porquê que eu não tirei?

Simples, porque você não vai achar ninguém em Nova York com um carro igual ao meu, e onde eu chegar vão saber, epa, a Pricilla demais chegou. E ai ai, como eu me amo!

Ficamos zanzando pela cidade até acharmos a loja certa.

-- É incrível Pripri, lindo demais. – Liz comenta, olhando e babando no meu vestido. E eu tenho que concordar é uma coisa linda de se ver. – Você vai parecer uma princesa.

Faço uma carranca pra ela, que ri da minha cara.

-- Que é? As princesas são lindas e divas. – Ela fala divertida, e dá um rodopio co seu vestido, que é incrível também.

-- E chatas, e enjoativas, e sem atitude… Acho que a gente já comprou tudo né? Podemos ir? – Pergunto me apressando em tirar o vestido pra poder paga-lo e chama-lo de meu de uma vez.

A Liz faz o mesmo, mas quando já estamos fora da loja, na calçada, ela para, e fica encarando algum lugar do outro lado da rua. Eu olho pra ela.

-- Que foi criatura? – Pergunto ficando no seu campo de visão. Ela me olha, depois olha pra alguma coisa atrás de mim e sorri. E eu penso, ai vem merda!

-- Tive uma ideia. – Ela diz toda sorridente, me segura pela mão e me puxa pro outro lado da estrada.

-- Não sei se choro, ou se saio correndo por isso. – Respondo irónica, fazendo-a me olhar feio.

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