Capitulo 27

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“E todos esses contos de fadas são cheios de besteiras

Mais uma canção maldita de amor e estarei de saco cheio”

                                                                   Marron5, Payphone.

Chego na escola com o que se pode chamar de sorriso-fodidamente-idiota estampado na cara. Ok, esse não é o meu normal, mas é a terceira vez que eu dirijo uma Harley, e caralho, eu acho que vou entrar numa corrida, eu sou muito boa. Obrigado.

Entro na escola com o meu namorado junto comigo. Grude demais?

Pode ser, mas advinha só, eu não me importo, o namorado é meu, eu faço o que eu quiser, e quando eu quiser, os outros, que se lixem.

Mas como não nascemos colados um no outro (sim, eu sou uma vadia bipolar) ele vai pra um lado falar com o Diego que parece bicha de TPM (segundo o Bê porque ele está apaixonado pela Feionique. Aí, eu penso, tem gosto pra tudo né?), e eu vou enfrentar o castigo que  entrar na lanchonete da escola, só pra poder me alimentar.

Percebam como a comida é importante!

Compro um sanduiche, suco de uva e chocolate, e me sento na minha mesa, quietinha, não mexendo com ninguém, sendo uma boa cidadã. Mas como as pessoas não respeitam nunca a plaquinha que diz não perturbe, é claro que um idiota apareceu pra estragar a minha refeição.

-- Oi Pricillinha. – Uma voz ridiculamente chata tentando ser sedutora, fala perto do meu ouvido, e o bafo (juro que isso é verdade) de vodca com eu não sei mais o quê entra pelas minhas narinas. Oh meu santo capeta, isso é nojento!

Imediatamente faço uma careta e empurro a pessoa pelo pescoço, mantendo-a longe de mim.

-- Credo criatura! – Gemo cobrindo o nariz. – Veio pedir escova e pasta de dente emprestado? Se for isso, eu empresto hein! – Falo debochada e desnorteada, falando serio, pelo fedor.

-- Quê que é hein Pricilla, agora vai dar uma de refinada? – Ele responde na mesma medida de deboche, só que agora ele está sem jeito,  tenho certeza que ele está se borrando de vergonha. Ele está até olhando para os lados, e é claro que alguém está prestando atenção na conversa alheia.

-- Eu não! Eu nunca faria isso. – Respondo realmente começando a me irritar, por ele estar praticamente me comparando com as patricinhas insossas dessa escola. Como eu disse antes, eu tenho tempero minha gente. – Já você parece que além de esquecer a surra que levou por chegar perto de mim da última vez, também esqueceu a escova e a pasta de dente não é?

Ele me lança um olhar de raiva, que eu acho que é principalmente pelo fato de eu não estar fazendo questão de falar baixo.

-- Escuta aqui sua cadela… -- Ele começa um discurso não muito legal. Afinal , eu nunca seria uma cadela (se eu fosse seria uma de grife).

-- Escuta você, seu covarde fedorento. – Interrompo ele. Confesso que estou tremendo um pouco na base, mas eu mando o medo ir catar coquinho e encarro o bandidão da historia. – Eu não tenho medo de você, e eu não vou me encolher se é o que você pensa que vai fazer comigo. Eu não sou um desses idiotas daqui, e saiba que se você ousar encostar em mim mais uma vez você vai se arrepender. Então por favor, vai chupar uma balinha e me deixa em paz !

Termino o meu discurso, pego as minhas coisas e saio da cantina me sentindo a própria mulher maravilha. Só que com menos músculos, alguns metros mais baixa e vestindo mais roupas em cima do maiô fio dental.

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