Capitulo 20

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Chego na escola com um objetivo em mente. Matar.

De forma dolorosa e lenta, pra vadia nunca mais esquecer.

Se eu voltei com o Bernardo? Não.

Porquê? Eu não consigo. É verdade quando dizem que perdoar não é esquecer. Eu perdoei, mas não esqueci. A confiança foi pro espaço, e eu não posso namorar alguém sem confiar nele, não quero sair por aí e ficar pensando com quem será que o meu namorado está, ou será que ele tem a língua enfiada na garganta de alguma fémea de camelo?

Não, isso não faz o meu tipo, o capeta não me fez assim. Então, é o seguinte: o meu namoro entrou em estado de congelamento (não sei se isso existe, mas valeu), e eu nesse momento tenho outros objetivos em mente (olha eu gente, toda objetivada, sqn).

Observo atentamente, quando o vómito de barbie sai de perto das cabras que ela chama de amiga, como sempre faz o maior show sopra se levantar e caminhar até a saída da lanchonete (será que existe um Premio Nobel do Melhor Caminhante? Me informem se existir).

-- Feionique. – Chamo ela, fazendo a minhoca se virar rapidamente, tentando fracassadamente imitar as fodásticas jogadas de cabelo que se vem nos filmes (ela quase engoliu os fios do cabelo).

-- Isso é comigo Pricilla? – Ela pergunta caminhando em minha direção com um sorriso irónico (que logo vai ficar mais mole que bunda de velho).

-- Eu não estou vendo nenhuma feia, peituda, e biscate nesse lugar. – Respondo sorrindo e me aproximando dela. – Quer dizer… -- Olho para os lados e mudo de ideias, sim eu estou vendo muitas biscates feias e peitudas.

-- O que você quer? Algum problema com você e o Bê? – A camela sorri, e eu quero desesperadamente fazer tiro ao alvo na boca dessa garota.

-- Tudo bem com a gente, na mais perfeita normalidade, ele está sendo o idiota de sempre. Só que resolveu dar mole pra brucutus. – Olho sugestivamente pra ela, quem sabe ela entende que o brucutu no caso é ela? – Eu estou prestes a estapear uma oferecida, e olha que interessante, a oferecida que vai apanhar é você.

Sorrio docemente, enquanto o sorriso (nem tão branco assim) da feiosa desmonta.

-- Eu não tenho medo de você Pricilla. Eu sei porquê que você está toda mordidinha, é porque o Bê foi te contar do nosso beijo, não é?

Respiro fundo, e tento fazer com que a cor vermelho pimentão desapareça do meu rosto, é uma porra ficar escarlate a toda hora, nem entendo como as pessoas acham isso fofo, então me aproximo da feionique.

-- Meu capetinha está tentando me dizer pra eu ser boazinha mais eu não consigo, você pede demais pra apanhar sabe? – Estou prestes a arrebentar um tapa nela quando uma voz me para.

-- Pricilla! – É o Bernardo, todo lindo e suado, deve estar jogando. Ele está ofegante e vem com uma  cara preocupada até a gente. – Não faz isso Pricilla.

Me respondam, ele acha mesmo que eu vou parar só porque ele pediu? Mesmo?

-- Jura? – Paro e olho pra ele, transmitindo toda a minha raiva.

-- Isso não vai resolver nada e você vai ser suspensa. – Ele está perto de mim, e eu confesso, deu uma tremidinha na minha minúscula estrutura. Ele é um pão minha gente! Um pão molhado, mas não deixa de ser um pão.

-- E quem disse que eu me importo? – Falo com desdém. – Foi ela que pediu, e você sabe que eu sou boa demais pra não responder.

 Me viro pra feionique (que por acaso, já está a alguns metros longe de mim) e tento ir na sua direção, mas um braço me carrega do chão e eu sinto meu mundo virar de cabeça pra baixo.

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