Bernardo POV
Ela é tudo que eu quero, tudo.
É incrível como em pouco tempo ela se tornou o centro da minha vida, só com aquela atitude marrenta dela, o jeito de menina-mulher, a forma como ela encara as coisas, e como as coisas ficam sem graça quando ela esta por perto, tudo fica pouco. Ela ganha facinho as outras meninas que eu já conheci.
Olho pros cabelos vermelhos dela sobre o meu peito e sinto uma paz, ela faz isso me deixa feliz.
Ontem fui um covarde, eu devia ter ficado com ela e devia ter dito tudo o que eu estava sentindo, mas fui um porra de um covarde, mas não vou fazer isso de novo.
O meu pai deixou minha mãe ir embora, e ele se tornou num homem frio e idiota, que só pensa em si mesmo e acha que pode controlar tudo.
Ontem quando sai da casa da Pricilla fui pra casa, e para minha infelicidade meu pai estava em la, ele começou de novo com a conversa de que eu precisava deixar de me comportar como qualquer um, que ia herdar a grande empresa dele e um monte de merda.
O pior quando ele disse que tinha planos pra me mandar pra Londres, a coisa ficou feia, ele passou a ameaçar e me chamar de fraco, que nem a minha mãe, sai de casa completamente cego de raiva, eu nunca quero ser comparado com aquela mulher. Ela me abandonou, me deixou sozinho, com um homem que não sabe nada do que é o amor, ou carinho, e que nunca esteve por perto como um pai. E se não fosse a Glorinha eu estaria perdido
Acabei indo pro meu treino de boxe e apanhando pra cacete por estar pensando na Pricilla e no meu pai, eu não quero ser como ele, ele quer me transformar nele, e isso eu não vou deixar. Mas também não quero ser um fraco como a minha mãe, eu não quero, eu não posso.
Fechos olhos e tento esquecer eles, eu tenho a coisa mais linda do mundo nos meus braços, e ela quer ficar comigo e é isso que importa.
Fico assim com ela por algum tempo, eu não sei podem ter passado horas ou apenas alguns minutos, mas de repente o céu ficou escuro e começou a chover.
-- Merda. – A Pricilla se levanta e começa a se vestir, mas eu apenas fico onde estou e olho pra ela. É linda, isso eu já sabia, mas além disso é gostosa pra caramba. Olha essas pernas. Quer dizer, não olha não. Isso é propriedade privada.
-- Para de ficar me olhando e se veste pra gente ir embora? Você não reparou que esta chovendo? – Ela luta pra conseguir calçar as botas.
-- A vista esta melhor, muito melhor. – Ela sorri pra mim e em troca recebo um beijo. Legal isso, vou dizer sempre.
Visto minha camisa, coloco as botas e saímos correndo até a moto, estamos encharcados e cheios de areia, uma combinação não muito boa. A Pricilla se segura forte na minha cintura e encosta sua cabeça nas minhas costas. E eu me sinto O cara, o mais sortudo de todos.
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Chegamos na casa dela e a Pricilla me obriga a subir e me secar, ela me leva pro quarto que eu percebi que é dela.
-- Me espera, eu vou buscar toalhas pra gente. – Ela se vira pra ir embora mas eu a puxo pra mim.
Beijo-a com força, eu quero fazer isso sempre. Ela corresponde o beijo e senta em cima de mim, tenho certeza que a cama vai ficar toda molhada, mas quem se importa? Deito de costas e puxo ela comigo, nossas roupas estão molhadas e leves, eu sinto cada detalhe do corpo dela colado em mim, e isso é quente, muito quente. Sinto o meu corpo reagir a isso e aperto ela ainda mais fazendo com que ela gema na minha boca. Caralho isso só piora.
Eu quero essa garota, quero, e muito. Viro ela sobre a cama, seguro ela pela cintura e aperto, estou duro pra caramba e cada parte do meu corpo reclama por ela.
De repente sinto a Pricilla ficar tensa, ela para e me olha, parece assustada.
-- O que foi?
-- É que… sabe eu… eu… -- me sento na cama e espero ela falar, isso deve ser serio, a Pripri nunca fica sem palavras.
-- Fala vermelhinha, o que foi?
Ela se senta ereta e respira fundo. Então me olha com aqueles olhos azuis lindos e derrama:
-- Eu sou virgem.
Demoro algum tempo pra absorver o que ela acabou de me dizer, a Pricilla é virgem. A Pricilla é virgem. A minha vermelhinha é virgem.
“ Tudo bem já deu pra entender idiota.” – Me subconsciente reclama.
Ela é virgem e eu sou o idiota que estava em cima dela com o pau duro, só pensando em fuder com ela, sem nem me preocupar com isso. Muito delicado e atencioso você hein?
Olho pra ela e sorrio, ela esta literalmente vermelha, tem os lábios entre os dentes e me olha como se esperasse que eu dissesse alguma coisa. Eu resolvo não dizer nada, e sim mostrar.
Seguro o resto dela entre as mãos e a beijo com carinho todo o rosto. Quando chego a boca dela, mordo um pouco e dou um selinho nela.
-- Então isso faz você mais linda do que você já é. A coisa mais linda do mundo.
-- Eu não sei se sou tudo isso por ser virgem, acho que sou mais uma aberração por ser virgem com dezassete. Mas se você diz que isso me faz linda, tudo bem.
-- Você é uma idiota as vezes sabia? – Só ela pra fazer um comentário desses.
-- Ah meu querido, então a gente é o par perfeito porque eu ia dizer a mesma coisa pra você.
Ela ri e faz eu querer guardar o sorriso dela pra sempre, ter sempre comigo.
-- Eu não acho que você seja uma aberração. Eu acho que isso mostra que você não é qualquer uma, e que é…
-- Encalhada e idiota. – Ela completa, mas nem era isso que eu queria falar.
-- Eu ia dizer responsável. E isso é serio, eu não me importo com isso, eu vou esperar você estar pronta. Sabe porquê?
-- Porque se você não esperar eu vou te castrar? – ela se prontifica a responder.
-- Não idiota, é porque você vale a pena. Vale muito a pena mesmo. – Beijo ela sorrindo, ela é a pessoa mais louca do mundo mas eu não consigo ficar longe dela. Eu sou um idiota.
Ela pula em cima de mim e me abraça, ficamos assim por algum tempo até ela começar a espirrar.
-- Droga você ficou resfriada.
-- Não fiquei não. – Ela se levanta, pega uma tolha e corre pro banheiro. Teimosia é uma das virtudes dela.
Tiro a camisa e as botas, fico andando pelo quarto dela, não é como o quarto de outras garotas, na verdade nada nela é igual as outras garotas, ela é única.
Sinto meu celular, é o meu pai, sinto raiva tomar conta de mim. Ele não vai estragar o meu dia com a Pricilla. Desligo o telefone, e me sento na cama, vários pensamentos me invadem, eu estou com raiva, estou confuso e a cima de tudo, por mais que eu não queira admitir, eu estou com medo.
