Capitulo 19

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Eu devo ser a única pessoa nesse mundo que bebe suco de limão pra ficar bêbada, e sério, está quase funcionando comigo. Olho pro copo na minha mão e faço uma careta, minha boca está amarga, meus lábios estão ardendo e meu estomago está uma porcaria de tão cheio, só está faltando eu ficar alegrinha (o que infelizmente, eu sei que não vai acontecer), ou eu cair no chororó (o que infelizmente já aconteceu).

Deixo o copo na cozinha e vou em direção do sofá da sala. Eu estou uma bosta e eu nem bebi toda a minha limonada, me arrombo no sofá e fixo o meu olhar na tela da televisão. Está passando um desenho do Bob esponja, e eu tento me animar prestando atenção, mas isso não funciona, e a porra ficou muito pior quando eu reparo que estou chorando porque o Patrick e o Bob Esponja brigaram. Merda, a coisa está feia.

Limpo abruptamente as minhas lagrimas e fecho a televisão, a casa fica um pouco mais escura. Não tem ninguém aqui, minha mãe e o meu pai estão em algum dos restaurantes, o Kevin saiu com a Liz, e a chifruda idiota ficou em casa chupando dedo (eu até tentei chupar, mas me pareceu muito nojento).

Já no meu quarto, me deito e me cubro da cabeça aos pés, esperando a morte. Pena que ela não chega, só o barrulho irritante do meu celular apitando.

Chamada ON

-- Que foi encosto? – Pergunto tirando o cabelo do rosto.

-- Oi Pripri. Você está bem? – A Liz pergunta preocupada do outro lado. Ela seria uma boa mãe, sério.

-- Porquê que eu não estaria? – Pergunto já sabendo que ai vem merda, é que essas perguntas desinteressantes vindas da Liz não costumam ser pra coisas boas.

-- Você sabe muito bem porquê. Então me diz, o quê que aconteceu com você e o Bê? – Ela pergunta muito afetada, eu reviro os olhos. Sabem, eu não faço do tipo que fica chorando horrores no ombro da melhor amiga (que nem está aqui e nem me aguentaria no seu ombro) só porque eu tomei chifre, acho isso ridículo, e as mulheres que fazem isso devem se valorizar mais. Pronto falei.

-- Se eu sei, é porque você sabe, então, porquê que você não para de me perturbar? – Questiono sem paciência.

-- Perturbar? – Ela pergunta alto demais e continua. – Porquê que você está perturbada? É por causa do Bê?

Juro que nesse momento eu estou com vontades de chutar a bunda da minha melhor amiga,  e ela está merecendo. Além de estar falando que nem uma lerda no celular, ela está falando de assuntos desnecessários e idiotas, assuntos que tem a ver com o sem graça do Bernardo (nem acredito que eu pensei isso).

-- O quê que está acontecendo Liz? Você está por incrível que pareça, mais lerda do que nunca. Não tomou os remédios? – Reviro os olhos e fico observando as minhas unhas enquanto espero a resposta dela que não demora a chegar.

-- Eu sei, mas você poderia me dizer exatamente o que aconteceu e porquê que você não dá uma chance pro Bê… -- Liz tenta se explicar e tenta tirar alguma informação de mim, mas sai completamente falhada.

-- Liz, você sabe que eu não vou falar, não sabe? – Pergunto com toda a paciência, como se estivesse falando com um atrasado mental.

-- Eu, sei né? Mas o Bê e o Kevin tiveram essa ideia maluca e estão me obrigando a falar essas…

LIZ!” Escuto vozes que eu reconheço na hora como sendo do Bernardo e do Kevin gritando, e interrompendo a Liz no seu discurso.

“ Hey, não precisa gritar!” Ela revida, e estou tendo um ataque de nervos nesse momento.

-- Mas que porra é essa Elisabeth!? – Grito com ela, e fazendo o favor de enviar a mensagem para os dois idiotas que estão com ela.

-- Eu não estou surda Pricilla. E antes que você comece a esbravejar, eu vou logo dizendo que a ideia não foi minha, e que foi o Bê quem me obrigou. – Ela fala com toda a calma do mundo enquanto eu estou puta da vida por aqueles dois estarem agindo de forma mais idiota do que o normal.

-- Vocês não tem noção do perigo não é? – Pergunto irritada e desligo o celular. É muita falta do que fazer mesmo, eu não acredito que o Bernardo fez isso, e que a Liz concordou.

Fico de costas e olho pro meu amigo teto. Ele, como sempre, está silencioso, e muito sendo sábio, enquanto eu, uma mera mortal que tem como o destino final o inferno, revira na cama e bufa umas quinhentas vezes, só por um estupido telefonema. No final a única pergunta que não quer calar a boca é: porque raios ele quer que eu diga o que aconteceu, e que merda era aquela de segunda chance?

Ok, foram duas perguntas, mas isso não interessa. Solto um suspiro (isso está virando um vicio) e me mecha mais um pouco em cima da cama, estou prestes a xingar a mãe da Liz quando o meu celular toca e é ela do outro lado.

Chamada ON de nOvO:
-- Escuta aqui sua texugo, mal cheirosa, traíra dos…

-- sou eu Vermelhinha. – calo a minha boca no exato momento em que reconheço a voz do outro lado.

-- Bernardo… -- Digo num sussurro e sinto o meu coração se apertar. Nem sabia se isso era possível fora das novelas cafonas e dos livros chatos.

-- Posso falar com você? – Ele está falando baixo, de forma cuidadosa.

-- Falar sobre o quê? O quão idiota você foi, é e está sendo? Desculpe te decepcionar, mas disso eu já sabia. – Falo de forma desdenhosa. – Você sabe que é muito gay falar no telefone de uma garota não sabe?

Escuto um pequeno riso do outro lado, que faz meu coração parar por microssegundos e no mesmo momento me chuto por ser tão besta por me deixar afetar pelo riso desse imbecil (ainda por cima por telefone).

-- Eu te amo. – Ele fala simplesmente.

Fecho os meus olhos, e respiro fundo. Eu não queria ouvir isso agora. Pra mim, existe uma lei, você só fala eu te amo se a pessoa merecer, e se ela for falar de volta. Senão, nem ouse abrir a boca.

Me perguntem agora que eu amo ele? Eu só posso dizer que sim, eu amo. Com todo aquele jeito estranho e idiota de ser, com todos os mínimos e gigantes defeitos, com toda aquela pose de gostosão, com todas as vagabundas que correm atrás dele (que eu aprendi a matar), e principalmente com todo aquele charme impressionante que ele tem nos olhos. Eu amo ele, mas perdi a confiança, e isso é uma das coisas mais difíceis de se recuperar.

-- Eu também te amo. – Respondo depois de alguns minutos em silencio, em espera.

Ele solta um suspiro que eu diria que é de alívio e eu bufo. Como se ele não soubesse que eu o amo, por mais que eu não goste disso, eu não deixei de ama-lo mesmo ele tendo me posto chifres com uma fémea de camelo.

-- Me perdoa. – Ele fala de novo em voz baixa.

-- Não. – Respondo de forma curta.

-- Porquê?

-- Você me perdoaria?

Silencio.

-- Sim, porque eu te amo. – Meu coração vai ao chão com essas palavras, e eu tenho certeza de duas coisas:

»Uma – eu já perdoei ele, por mais que eu não queira.

»Duas – eu vou ficar seca de tanto chorar.

-- Me diz como isso aconteceu? – Pergunto fungando. De repente eu quero mesmo saber o que aconteceu. Porquê uma coisa é certa, eu perdoei o Bernardo, mas a puta que entrou no quarto do meu namorado e se jogou em cima dele (segundo consta) não vai sair tão linda e fofa como ele.

É hora da matança. A Pripri voltou.

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oi minhas queridas, pois é ca estou eu com a minha enorme cara de pau pra pedir humildes e sinceras desculpas pela demora nas postagens. entao, eu estou tendo sérios problemas em escrever novos capitulos, e quando escrevo, eu fico achando que eles nao estao bons o suficiente, e entao começa toda a ladainha de apaga e escreve de novo.

sei que esse capitulo nao esta muito grande mas achei melhor que nada. :( , se gostarem, porfavor votem, e me deixem saber se gostaram (é muitissimo importante pra mim), obg por todos os votos e coments, amo vcs ♥♥

bjs

3Carla (uma escritora com TPM:( )

☠♥ Disaster ♥☠Onde histórias criam vida. Descubra agora