Dificuldades

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Não sai só quarto a noite toda, fiquei deitada na cama e chorei. Chorei por tudo o que tinha acontecido. Será que aquele homem merecia mesmo sofre daquele jeito? Aquilo foi desumano! Eu queria apenas apaga aquilo tudo. Aquela cena horrível e aqueles sons ruins. Ruggero me fez assistir a uma sessão de tortura. Uma coisa que eu jamais gostaria de ter visto.

No outro dia, minhas criadas entraram no quarto e me viram deitada na cama. Elas estavam caladas e pareciam menos assustadas que ontem. Me sentei na cama sentindo meu corpo doer. Maria abre as janelas e vejo o céu ainda escuro. O inverno já estava chegando e com isso a neve. Me levanto da cama indo até a janela, olho pro jardim e noto que tudo está calmo. Nenhum barulho, tudo limpo e impecável. Guardas nos lugares de sempre cuidando e vigiando a área. Emy me chama pra tomar um banho, meu corpo arrepiou por causa do frio, mais assim que entrei na banheira meu corpo relaxou. A água quente me deixou leve e com vontade de ficar ali.

Fiquei alguns minutos, lavei o cabelo e esfreguei meu corpo com uma bucha branca. Me senti limpa e pronta pra mais um dia. Maria me vestiu com um vestido de mangas compridas azul com detalhes em renda preto. Meu cabelo, preferi amarrado, então Emy o deixou em um rapo de cavalo com ondas nas pontas. Meu rosto estava pálido e meu olhos inchados. Então Anne, passou un pouco a mais de maquiagem, mais dava pra nota o quanto eu estava mau. Quando deu a hora desci pra sala de jantar pro café da manhã. Na mesa estavam apenas às selecionadas. Me sentei entre Valentina e Cris. Todas elas estavam caladas e de cabeça baixa, não falei nada também apenas me sentei e olhei pro meu prato. Omelete de ovos com queijo e pão. Suco de laranja e café estavam sobre a mesa junto com taças com frutas cortadas em cubos.

Comemos todas em silêncio até que Valentina se pronucia.

- Aquilo foi horrível! Mais não precisamos ficar caladas que nem mudas! - Exclamou Valentina, colocando as mãos sobre a mesa.

- Não tenho o que falar Valentina! - Disse Carolina, olhando pro seu café.

- Eu tenho - Diz Cris, levantando a mão. - Acho que foi justo, aquele homem traiu o Reino de Allanói! Aquilo foi pouco pra ele... - Olhei incrédula pra Cris ao meu lado e soltei o garfo no prato que fez um barulho alto.

- Você acha que aquilo foi justo!!? Se fosse alguém da sua família? E se ele for inocente? Ou tiver motivos pra fazer o que fez? - Exclamo brava olhando pra Cris.

- Ele colocou nossas vidas em risco Karol! Você não entende? Ele é um traidor e mereceu aquilo. Acho que ele sabia das consequências, então por que descobedeceu? - Retruca Cris.

- Talvez ele estivesse sendo ameaçado!

- Os meios não justifica os fatos! Aquele homem mereceu sim! - Exclama Cris se levantando da mesa e saindo da sala bufando alto.

Me levanto também, e saiu da sala sem falar mais nada. Ando pelos corredores e passo rápido pelos guardas. Ando rápido até meu quarto e entro no mesmo fechando a porta. Me sento na cama tentando não chora novamente, respiro fundo e fecho os olhos. Sinto meu coração bater rápido, coloco a mão sobre meu peito tentando amenizar a dor. Quando ouvi três toques na porta, fiquei imóvel. Não era o Ruggero, essa hora ele provavelmente estaria na sala de reunião, ando devagar até a porta abrindo e vendo o Simon.

- Karol, posso entrar? - Pergunta baixinho, olhando de relance pros lados. Penso antes, mais então o deixo entrar. Fecho a porta e me viro com os braços cruzados olhando pro Simon parado no meio do quarto.

- Fala. O que você quer?

- Eu vi ontem...sua reação ao julgamento do traidor! - Falou Simon - Eu também achei muito injusto, não temos certeza de que ele é mesmo o traidor, e se for teria que ter um motivo bem justo pra isso. Não acho que ele faria isso!

- Como não têm certeza que é ele!? - Digo sem entender.

- Acharam algumas provas em seu quarto, mais nada revelador. Ou algo conclusivo. O Rei logo que soube mandou puni-lo, e ficou que, não têm mesmo certeza que seja ele. O Príncipe, permitiu e não falou nada, e ainda mandou sem algi público. - Continua Simon.

Ando pelo quarto ouvindo suas palavras e cada vez mais sinto meu coração aperta. Ruggero tinha permitido tudo aquilo e ainda mandou ser algo público! Como ele pode fazer uma coisa dessas!?

- E o homem como ele ta? - Pergunto olhando pro Simon.

- Ele foi preso, e está mal pelo que sei. As feridas estão muito feias! - Responde Simon.

- Ele não vai mais sai da prisão?

- Ainda não sei, mais vou procura saber! - Diz Simon confiante - Se precisa de mim, pode me chamar Karol. E qualquer coisa eu velho te avisar.

- Claro, obrigada Simon - Sorri pra ele, que assentiu e saiu do quarto rapidamente.

Olho em volta tentando entender o que aconteceu. Agora tudo que eu quero é falar com Ruggero, e quando eu ver ele vamos ter uma conversa muito séria.

Nosso casal ta com problemas.

Comentem o quê acham.

Beijos e até mais.

-vê

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