Olá meus queridos, não postei capítulo ontem por que já tinha postado sexta. Mais vai continuar assim : sábado e domingo.
Bora ler mais um. Boa leitura!
Depois de alguns dias a tensão no Castelo foi passando. Mais ainda sim a suspeita sobre o traidor aumentava a medida que eles avançavam nas investigações. Quando chegou terça de manhã, o tempo estava nebuloso. O céu escuro. Parecia um dia sombrio. Acordei, sentindo frio, cansada e sentindo uma sensação estranha. Minhas criadas, chegaram ao quarto assustadas e muito caladas. Não falaram nada enquanto me arrumavam, mais o que mais me assustou foi o vestido que elas escolheram. Preto. O vestido era todo preto e coberto de renda na parte de cima e liso na saia. Meu cabelo foi amarrado em um coque apertado e minha maquiagem, um pouco mais forte do que de costume. Me olhei no espelho me sentindo estranha e perguntei o que tinha acontecido. Mais nenhuma delas me responderam. Ficaram caladas e não suas expressões era de medo.
Escutei alguns barulhos e sussuros altos, olhei pela janela de meu quarto. Mais apenas o jardim era visto da li, mais muitos guardas rondavam ali. Não esperei mais nenhum minuto e sai do quarto, mais fui barrada por um dos guardas que me vigiavam.
- Desculpe senhorita, mais deverá ficar em seu quarto até ser chamada! - Disse o guarda, num tom sério.
- Como é? Posso sair quando quisser do meu quarto! - Exclamo.
- Senhorita entre no seu quarto por favor. São ordens do Príncipe! Ninquem deve sair dos quartos até duas ordem.
Bufei alto e entrei dentro do meu quarto batendo a porta com força. Eu odiava quando Ruggero não me contava o que acontecia. Ele sempre me conta tudo, mais hoje não foi o que aconteceu. Fiquei no quarto por uns 20 minutos apenas ouvindo alguns barulhos do lado de fora. Minhas criadas entraram no quarto e Maria me chamou.
- Vamos senhorita. Vai começar!
Começar? Começar o que? Acompanhei minhas criadas até a parte da frente do Castelo, fiquei supresa ao ver uma multidão...furiosa, de frente a um palco. Não conseguir ver muito bem, então senti mãos fortes segurar meu braço e me levar até a frente do palco. Uma barreira foi feita entre o palco e a multidão com uma corrente e alguns guardas posicionados. Mais bem em frente ao palco tinha algumas cadeiras onde vi as selecionadas sentadas. Quando sentei em minha cadeira, olhei pro palco vendo um Rei e Rainha sentados no trono real e ao lado deles o Ruggero. Ele estava sério e não olhou pra mim nem um minuto sequer. Olhei em volta e vi Cris e Carolina confusas iqual a mim. Valentina chegou alguns minutos depois. Todas nós estávamos de preto iqual ao Rei e a Rainha. Todos estavam de preto. Parecia um dia de luto!
Quando toda estavam sentados apareceu em cima do palco dois guardas segurando um homem com as roupas rasgadas e com o rosto inchado por causa do cortes. Seu rosto mostrava pura dor. Notei que o homem tremia e lágrimas grossas caiam de seua olhos. Me encolhi na cadeira apertando os braços em volta do meu corpo. Ruggero ficou de pé, mais não saiu do lugar, ele olhou pro homem, agora, ajoelhado no chão e começou a falar.
- Na noite de ontem, descobrimos o traidor do Reino de Allanói! Um dos nossos guardas mais antigo, nos traiu. Entregando informações a o grupo Rebelde que nos atacou e pois as vidas das pessoas no Castelo em perigo! - Ruggero falava, numa voz dura e firme, olhando pra multidão que ficava em silêncio - Este homem traiu o Rei, a Rainha, a mim e a todos de Allanói! Por isso seu julgamento será em frente a todos, sendo chicoteado 15 vezes nas costas, para que as marcas de sua punição por essa traição fique marcada em sua vida, pra sempre! - Ruggero termina de falar e a multidão grita.
Um onda de medo me atinge. Mau coração parece que vai afundar no peito. Minhas mãos começam a tremer e um pânico me atingi ao ver outro guarda segurando um chicote nas mãos. Era uma corda fina com tiras na ponta. O homem ainda ajoelhado se curvou com a cabeça baixa parecendo arrependido.
- Um! - Grita o guarda chicoteando suas costas. Aperto com força os braços da cadeira vendo tudo aquilo. Ao meu lado Carolina chorava e Cris abraçava o próprio corpo, Valentina apenas fechava os olhos tentado ficar calma.
- Dois! - Gritou novamente.
De onde eu estava dava pra ver as costas do homem ajoelhado. Duas chicoteadas e sua carne já estava a mostra. Mais chicoteadas eram dadas e os gritos das multidões estava cada vez mais alto.
Olho pra Ruggero novamente, e seu rosto estava pálido, mais erquido. Ele não olhava pro homem, apenas olhava pra frente como se aquilo fosse treinado. Percebo que estou chorando quando escuto um soluço sair da minha garganta. Cada vez que o guarda chicoteava o homem seus gritos de agonia eram ouvidos.
- Doze! - Gritou o guarda. As costas do homem estavam em carne viva e sangrava cada vez mais. Me levantei da cadeira sentindo meu corpo treme diante daquela cena.
- Ruggero!!? - Gritei, tentando chamá sua atenção. Mais ele apenas abaixou a cabeça engolindo seco.
- Para com isso Ruggero!!! Por favor, faz ele para!!! - Gritei correndo até o palco, mais um dos guardas me segurou pela cintura, me puxando pra longe o palco.
- Me solte! Ruggeroo! - Gritei mais alto, tentando me solta do guarda que me segurava. Ruggero manteve sua cabeça baixa e sua expressão era agora de tristeza.
- 15 ! - Gritou o guarda o último golpe no homem.
Meu rosto estava banhado em lágrimas e meu coração doía cada vez mais. Me soltei do guarda correndo direto pro meu quarto, ainda ouvindo os gritos de sofrimento do homem em minha cabeça. Chequei em meu quarto, e cai de joelhos chorando alto, vendo cada imagem daquele homem aconizando no chão. Minhas mãos apertaram com força o tapete do chão, e vi o nòs de minha mão ficarem brancos pela força usada.
*
Fiquei o dia todo deitada em minha cama, sentindo meu corpo dolorido. Vários lençóis estavam em cima de mim, e o quarto estava escuro por causa das cortinas fechadas. Minhas criadas trouxeram comida pra mim, mais nem toquei nelas. Não sentia fome! Eu sentia medo! Como poderei ser Princesa de Allanói, quando não consigo ver uma coisa daquelas?
Eu não sabia se conseguiria ser Princesa de Allanói! Agora eu tinha dúvidas.
- Karol! - Chamou uma voz conhecida entrando em meu quarto. Tirei as cobertas de cima do meu rosto e vi Ruggero parado no meio do quarto.
- Não quero conversa agora Ruggero! Sai daqui, por favor! - Digo baixinho, mais sei que ele me ouve.
- Karol...eu não... - Tentou falar, mais nada saiu. Sua voz estava fraca e ele parecia cansado.
- Você deixou que não só eu mais várias pessoas vissem aquela cena horrível, de um homem sendo chicoteado! Você não sabe como eu me sinto agora! - Gritei furiosa me sentando na cama - Como você pode fazer isso?
- Karol ele nos traiu! Ele é o culpado por aquela invasão, ele pôs todos em perigo! - Respondeu Ruggero se aproximando mais.
- Ninquem merece passar por aquilo Ruggero, nem o pior dos piores criminosos. Aquilo foi horrível! Agora, por favor, sai do meu quarto por que não quero mais falar com você. Preciso ficar sozinha! - Digo olhando pra baixo, e escuto Ruggero suspira baixo saindo do quarto.
E de novo volto a chora! Por ele, por mim e por tudo que aconteceu!
Desculpa os erros ortográficos.
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The Selecione
Romansa"Ser Princesa não era o que Karol queria, ela queria ser amada por alguém, e não por meio de uma seleção" No Reino de Allanói, a escolha da Rainha, esposa do Rei, é feita por meio de uma seleção. Cinco garotas são selecionadas para mora no Castelo...