Saudades

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- Ruggero eu... - Olhei pro livro em minhas mãos e senti meu coração aperta - Eu te amo, amo muito, mais o que aconteceu...naquele dia, me deixou muito magoada! - Minha voz saiu baixa, quase um sussuro, olhei pro Ruggero e ele tinha uma expressão de tristeza, suas mãos apertavam com força a ponta de sua camisa social que estava por fora da calça.

- Eu já pedi desculpas Karol... - Ele para de falar e se aproxima mais de mim - Eu amo você, e a última coisa que quero é ver você magoada! Não posso mais muda o que aconteceu, mais posso amenizar a situação... - Olhei confusa pro Ruggero tentando entender suas palavras.

- Como assim, amenizar?

- Hoje, cuidei pra que aquele homem fosse levado pra um lugar onde irão cuidar de seus ferimentos, de lá, ele irá pra sua casa foras do arredores de Allanói. Não contei nada a meu pai, só a alguns guardas de minha confiança que cuidaram disso pra mim... - Sua explicação me deixou atordoada. Então era por isso que aquele homem não estava mais na prisão. Ruggero o liberou de sua punição.

- Então...ele está solto? - Perguntei.

- Não totalmente solto, ele não poderá mais pisa nas terras de Allanói, nem do Reino. Foi a única coisa que lhe ordenei antes dele parti, e ele garantiu que não iria mais aparece. - Responde Ruggero.

Sinto mais dúvidas me atigirem, fiquei confusa, tentando entender o que Ruggero tinha feito.

- Eu, nossa, não espera por isso. Achei que deixaria o homem na prisão pra morre. - Digo, sorrindo fraco.

- Eu não faria isso Karol, eu me senti tão mal quanto qualquer um ali... - Ele responde - Você...bom, agora você pode pensar se vai me dar uma chance? - Pergunta Ruggero, sorrindo de lado.

- Não sei, talvez se você vim até aqui, eu pense no caso...! - Digo, colocando o dedo sobre o queixo, finxindo pensar.

Ruggero sorri e anda até a beira da cama, onde toma meu rosto com as duas mãos dando um leve beijo em meus lábios.

- Amo você - Falou entre beijos.

- Amo você também! - Digo.

Abraço sua pescoço e beijo seus lábios com delicadeza. Senti tanta falta de beijar seus doces lábios! Seus lábios se moviam com agilidade sobre os meus, suas mãos, acariciavam meu rosto, me deixando arrepiada. Quando o ar se fez necessário, nos separamos, mais ainda continuamos próximos.

- Senti saudades. - Disse Ruggero baixinho.

- Eu senti mais ainda. - Respondi, dando um leve beijo em seus lábios.

Naquela noite, ficamos ali deitados. Apenas sentindo um leve momento de paz. Senti, que agora, meu coração já estava mais leve.

****

No outro dia, acabei lembrando que tinha marcado com o Simon de ir até a prisão de Allanói ver o traidor. Mais não sai do quarto, por que Ruggero tinha dormido comigo. Agradeci internamente por Simon não ter batido nem entrado no quarto naquela madrugada. Quando acordei, a primeira coisa que fui fazer foi procura-lo. Eu precisa explica o que tinha acontecido, mais claro que, eu não contaria tudo, apenas o necessário.

- Simon? - O chamei baixinho, vendo ele parado de guarda em frente a porta de saída do Castelo.

- Karol, o que aconteceu? Você não apareceu hoje cedo! - Exclamou Simon, tentando não falar muito alto.

- Me desculpe Simon, não pude ir hoje cedo. - Digo, e ele me olha desconfiado.

- Você tava tão anciosa pra descobrir sobre o paradeiro daquele homem! Por que mudou de última hora?

- Simon, já lhe expliquei, não pude ir hoje cedo.

- Então amanhã cedo, o que acha? - Pergunta Simon. Suspiro fundo e sinto minha paciência se esgota.

- Eu não vou mais lá Simon. Não posso fazer isso, não posso colocar seu emprego e minha seleção em risco por causa disso. Vamos apenas esquecer isso, ok?

- O que? Como assim Karol? Você mesma disse que achou aquilo injusto com aquele homem.

- E foi, mais não posso fazer mais nada por ele, nem você. - Exclamei, olhando pra ele.

- Ok, tudo bem. Mais quando a verdade for revelada, irei clamar por justiça.

Olhei pra Simon, e me virei pronta pra ir embora. Caminhei rapidamente até a sala de jantar, pro café da manhã com as outras selecionadas. Mais fui parada por Valentina no meio do caminho. Seu rosto mantinha uma expressão de superioridade, e seu sorriso era irônico.

- Karol, onde estava? Seu quarto não fica pra lá, por quê estava vindo do lado contrário? - Valentina aponta pra direção que eu vinha e sua voz era baixa.

- Não te interessa Valentina! - Exclamo tentando passar por ela mais sou parada novamente.
- Você não me engana Karol, tava conversando com um dos guardas, eu vi! - Disse Valentina, sorrindo maliciosa.

Meu coração acelerou e senti minhas pernas ficarem bambas. Não era nada bom Valentina ter me visto conversando com o Simon.

- Foi só pra tirá uma duvida, nada demais Valentina. - Falei tentando passar segurança, mais por dentro eu estava em pânico.

- Tira uma duvida? Ah, por favor ne Karol. Você tava no maior papo com o guarda ali, é melhor ter cuidado, por que se isso chegar aos ouvidos do Príncipe é seu fim, aqui no Castelo! - Valentina fala, antes de sair, indo pra sala de jantar.

Fiquei lá parada, tentando não me assusta muito. Respiro fundo, e fecho os olhos. Se Ruggero descobrir, ele vai me confronta e terei que falar a verdade, e essa verdade, ele não vai gosta muito.

****

- Amo ficar com você, sabia? - Disse Ruggero, dando um leve beijo em minha bochecha.

Estávamos deitados em minha cama, Ruggero estava sentado e eu com as costas sobre seu peito. Suas mãos, brincavam com os meus dedos. Apenas um lençol nos cobria.

- E eu amo você! - Falei baixinho, me virando, ficando em sua frente, sentando em seu colo.

- Te amo, também! - Beijei seus lábios e senti suas mãos sobre meu corpo.

Ruggero me voltou a deitar sobre a cama e se deitar sobre mim. Seus beijos me deixavam tonta, e meu corpo ficava cada vez mais quente.

Essa noite eu não durmo!



Ei, meus queridos leitores.

Desculpa a demora, fiquei sem tempo essa semana. Mais como estou de férias capítulo novos serão escritos.

Comentem o que acham dos capítulos. Estão gostando?

Beijos e até o  próximo

-Vê. 

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