Desiste?

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A noite foi de pura agonia. As pessoas andavam de um lado pro outro arrumando e concertando tudo que tinha sido danificado na invasão dos Rebeldes. Meu quarto estava tão destruído que umas 6 pessoas vinheram ajudar as minhas criadas a limparem. Dessa vez eu não ajudei. Minha mente parecia esta desligada, meu corpo doía e meu rosto estava inchado de tanto chora. Eu olhava pra janela tentando imaginar o que meus pais estariam fazendo, se estariam preocupados comigo, se minhas irmãs estariam chorando pôr não saber de nada! Eu queria pode ir pra casa e esquecer de tudo isso, mais aí, me lembro que a pessoa que amo está aqui e que espera que eu case com ele é governe o país com ele. Mais não sou corajosa o suficiente! Tenho medo do que vai acontecer a seguir.

Quando meu quarto está mais limpo, me preparo pra tomar um banho. Minhas criadas arrumaram uma roupa pra eu dormi e logo pedi pra elas me deixarem sozinha. Elas ficaram receosas mais logo saíram. Tomei um longo banho, lavando o cabelo e o corpo. Quando terminei, vesti uma camisola leve de alsinhas, branca, que ia até os joelhos. Escovei meus cabelos, tentando seca-los com uma toalha. Me olhei no espelho, vendo um rosto pálido com olheiras. Meus olhos estavam sem cor sem vida! Me senti cansada e com medo.

Me deitei na cama olhando pro teto, lembrei de Ruggero e me perguntei se ele estava dormindo também. Minhas criadas disseram que ele estava bem, mais que, assim que controlaram a invasão dos rebeldes, ele e seu pai foram direto pra sala de reunião. Ruggero uma vez me contou, que, quando algo assim acontece ele e seu pai investigão qual foi o erro, e qual foi o resultado da invasão. Geralmente, ele demora muito naquela sala. E agora, tudo o que eu queria era um abraço dele, queria me senti segura nos braços dele de novo...!

***

Quando amanheceu, foi avisado que, o café da manhã seria servido no quarto. Minhas criadas trouxeram meu café, e ficaram ali comigo, caladas. Quando terminei, elas me arrumaram, colocaram algo diferente dessa vez, uma saia godê vermelha com uma blusa de alsa preta, e por cima da blusa um casaco também preto, mais com detalhes. Meu cabelo estava solto natural e quase nada de maquiagem. Meu humor estava zero, me sentia fraca. Minhas criadas perceberam, elas são observadoras e sabem quando estou triste.

- Senhorita Karol, está tudo bem? - Pergunta Maria, se aproximando.

- Estou bem Maria, só cansada! - Responde, em pé ao lado da janela.

- Não fique assim menina, sei o que ta passando! - Disse Maria ficando ao meu lado.

- Como sabe Maria?

- O Príncipe Ruggero também tem medo, o Rei tem medo, todos tem medo do que pode acontecer, não é errado ter medo! - Disse Maria tocando em meu braço com um olhar de compreensão.

- Eu tenho mais medo de falhar com Ruggero Maria! De não ser o que ele precisa... - Digo baixinho, ainda olhando pela janela.

- Você já é o que ele precisa! Você o ama demais, pra falhar com ele! - Olhei pra Maria, supresa por ela percebe tantas coisas. Mais sorri, por suas palavras, elas me confortaram.

- Obrigado. - Falei e ela sorriu.

- Senhorita Karol, o Príncipe está na porta. - Escuto Emy chama.

- Oh, sim deixe ele entrar... - Falei, me virando pra porta.

Maria deixa mais um sorriso e sai do quarto junto com Emy assim que Ruggero entrar. Ele me olha, e da pra percebe que ele não dormiu bem. Corri até ele, o abraçando com força. Deixei meu rosto escondido entre a curva de seu pescoço e ombro. Seus braços se enrolam em meu corpo me apertando contra ele. Suspiro fundo, me aconchegando em seus braços me sentindo, finalmente, segura.

- Você ta bem? - Perguntou Ruggero baixinho em meu ouvido.

- Agora estou!

Ficamos ali, abraçados, aproveitando cada minuto possivel juntos. Mais depois de um tempo, nos deitamos em minha cama ainda em silêncio, mais percebi que algo estava errado. Ruggero tava calado demais!

- Ei, você ta bem? - Perguntei, levantando o rosto pra vê-lo melhor.

- Tudo bem...tudooo bem! - Falou baixinho, olhando pro nada.

- Ruggero, o que houve? - Perguntei me sentando na cama. Ruggero me olhou sem expressão nenhuma e se sentou na cama também.

- Karol eu... - Ruggero estava receoso e parecia nervoso. - ...Vou viajar amanhã!

- Viajar? Pra onde? - Perguntei confusa.

- Pra Itália! Vamos eu e meu pai.

- Mais por que?

- Por que a situação aqui ta piorando Karol, e precisamos de refosos, ajuda com tudo isso. - Explicou Ruggero.

- Por quanto tempo? - Pergunto.

- Duas semanas!

Duas semanas! DUAS SEMANAS!!!



Comentem o que acham.

Beijos e até mais...

- Vê.

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