Noite Ruim

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O Rei e a Rainha, desceram pra festa logo cedo. Eles estavam vestidos perfeitamente. A rainha exibia um lindo vestido de cor vinho, com mangas compridas. Seu cabelo estava preso com a linda coroa de ouro. O rei usava o traje formal de Rei de cor azul e branca, e também exibia sua linda coroa de ouro com pedras preciosas.

A sala de festas estava arrumada e decorada da melhor forma possivel. Flores e cortinas adornavam todo local. Empregados carregavam bandeixas com bebidas e outras com comidas. E uma pequena orquestra tocava lentamente músicas clássicas de Allanói. A festa era perfeita demais, tudo era tão diferente do que eu era acostumada. A única coisa que me alegrava era saber que meus pais estavam a caminho. Eles viriam a festa também e passariam uma noite no castelo e iriam embora no dia seguinte. Convite do Rei.

A minha espera não durou muito. De longe vi meus pais e a Jazmim se aproximarem de mim com o maior sorriso possivel. Suas roupas eram naturais e simples, mais muito bonito. Jazmim correu até mim e me abraçou fortemente sussurando palavras cheias de saudades.

- Karol! Karo! Quanta saudades! Você ta linda, olha esse vestido! - Exclama Jazmim, me olhando de cima a baixo. Sua expressão era de pura alegria.

- Jazmim! Eu também senti saudades!...Mãe, pai... - Chamei meus pais com a mão e eles me abraçaram tão forte quanto a Jazmim.

A saudades que eu sentia deles era imensa. Eu só queria passa o resto da noite abraçada a eles e aproveita essas horas ouvindo suas vozes.

- Olha só pra você querida! Está esplêndida! - Diz minha mãe, juntando as mãos e as aproximando do rosto, sorrindo abertamente.

- Você está linda minha filha. - Diz meu pai, me abraçando mais uma vez.

- Obrigado, vocês também estão ótimos. Mais cadê os outros? - Perguntei me referindo a minhas outras irmãs.

- Não podíamos trazer todos Karol, seria gastos demais. Mais elas mandaram uma carta pra você, depois você lê. - Responde minha mãe.

Escutei todas as pessoas ao nosso redor aplaudir e olho na direção de todos vendo o Príncipe se aproximar do trono. Ruggero deixa um beijo casto no rosto da mãe e abraça o pai antes de ficar de frente pra todos.

- Boa noite, é uma honra imensa ter todos vocês aqui hoje. Essa noite é muito importante pra mim e pra toda minha família. Hoje eu anuciarei a nova princesa de Allanói! - Ouvi mumuros e pessoas com expressão de supresa. Ao meu lado Jazmim balançou a cabeça.

- Ele já escolheu a princesa? - Sua voz saiu baixa, e ela olhou em direção ao Príncipe. Abaixei minha cabeça com vergonha e esperei ele continuar.

- É uma grande honra pra mim poder finalmente anuciar meu noivado com minha amada Princesa.... - Ruggero olhou em direção a sala e sorriu pra mim assim que me encontrou em meio as pessoas.

Mais antes mesmo que ele possa continuar ouvimos um barulho alto e um guarda assustado apareceu na sala de festa.

- ESTAMOS SENDO INVADIDOS! CORRAM JÁ PRO ESCONDERIJO!! - Sua voz alta assustou os convidados, que saíram correndo por um corredor atrás do palco onde estavam os Reis.

Olhei em volta e tudo era só tumulto. Daí escutei tiros e pedras sendo jogadas na janela. Senti meu corpo bate em outros e quando me dei conta já não via mais meus pais. Olhei em volta assustada e vi Ruggero empurrando algumas pessoas pra o mesmo corredor atrás do palco.

- ENTREM AGORA! DESÇAM AS ESCADAS E SIGAM AQUELE GUARDA!  - Mandou Ruggero, e as pessoas o obedeceram.

Me aproximei dele e peguei seu braço o virando pra mim.

- Ruggero! Meus pais? Onde estão meus pais? O que ta acontecendo? - Gritei assustada. Ruggero agarrou minha mão e me puxou pelo corredor.

No final do corredor tinha uma escada e no final da escada tinha duas entradas. Ruggero me guiou por uma das portas e assim que entramos, não ouvi mais nada. O guarda do lado de fora fechou as portas e tudo ficou um silêncio. Olhei em volta e vi que apenas o Rei e a Rainha e algumas selecionadas estavam ali. Faltava a Carolina e a Cris. As famílias da Valentina estavam também e alguns convidados. Mais nenhum do meus pais nem a Jazmim. Me virei assustada na direção do Ruggero que ainda segurava minha mão.

- Cadê meus pais Ruggero? Que lugar é esse? - Perguntei baixinho, vendo algumas pessoas chorarem desesperados.

- Rebeldes, eles se chamam de rebeldes, e esse lugar é um esconderijo onde eles não podem entrar! - Responde Ruggero baixinho.

- E onde estão as outras pessoas? Quando poderemos sair daqui?

-Tem outro esconderijo desse, seus pais devem está nele. E quando isso acabar guardas viram nos tira daqui. - Responde Ruggero me olhando. Senti as lágrimas molharem meu rosto, mais aí suas mãos tocam meu rosto as enxugando. - Vai ficar tudo bem! Eu sinto muito!

Essa noite não foi como eu esperava!

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