Capítulo 25

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Ao adentrar no avião, procurei o lugar onde ficaria. E assim que achei; vi que era ao lado de uma senhora e ao lado de um garoto, — que era muito lindo, por sinal. — eu ficaria entre os dois. Sussurro um “Licença” para ele, para que eu pudesse passar. Coloquei o cinto. Abri a mochila que tinha trago, tirando um livro de dentro. 'Como eu era antes de você?', esse livro é maravilhoso! Estou na metade, e já cai de amores.

     ***

O avião já tinha pousado e, o garoto estava a dormir. Atrapalhando assim, minha passagem e o da senhora ao lado, que por acaso já encontrava-se irritada.

— Ei... — murmuro, dando leves tapas no rosto do moreno. Ouço-o resmungar. — Acorde! — falei um pouco mais alto. — Preciso passar, licença. 

Ele abre seus olhos lentamente, e eu afasto minha mão de seu rosto.

— O que é?! — diz em um tom rude.

— Poderia se levantar para eu poder passar? — ergui uma sobrancelha.

O garoto revira os olhos, levantando-se. Assim que ele se levanta, eu me levantei em seguida e acabei tropeçando na mochila que estava no chão. Ele começa a rir.

— Isso é o que se ganha com a pressa! — pegou sua mochila e piscou para mim. — Falou, apressadinha. — e assim caminhou até a saída.

— Ridículo! — murmuro, enquanto caminhava atrás da senhora.

Assim que peguei minha mala, sai a procura da mãe de Pietro. O aeroporto estava cheio. Passei minha vista por todas aquelas pessoas, tentando achá-la, em vão. Respiro fundo, começando a caminhar um pouco por ali.

— Leticia! — ouvi alguém gritar. Podia ser qualquer Leticia, mas mesmo assim eu virei-me para ver.

Carla, mãe do Pietro. Esboço um sorriso, indo em sua direção.

— Dona Carla, senti saudades! — sussurro, após nos abraçarmos.

— Eu também, minha querida... — sorriu, pondo suas duas mãos, uma de cada lado de meu rosto. — Você está mais bela... Cresceu. — ri.

— A senhora também está mais bonita. — dessa vez foi ela quem riu.

— Nessa idade não se pode mais negar elogios. — pegou em minha mão. Nessa hora vi o Chico.

— Chico! É um prazer revê-lo. — proferi, apertando sua mão.

— Por favor querido, pegue a mala dela. — e assim começamos a andar, até a saída desse formigueiro. — Vamos conversar um pouco. — diz, enquanto andávamos em direção ao seu carro, acredito eu.

      ***

Passamos o caminho até a casa dela, conversando sobre coisas aleatórias.

— Chegamos! — diz ao entrarmos em seu apartamento.

— Sim. — concordei em um tom baixo.

— O Pietro está lá em cima, querida. Vai lá vê-lo. — fala alegremente. — Bom, quando eu sai ele estava lá. — riu. Apenas concordei com a cabeça.

O Pietro deveria está no quarto dele mesmo, assim espero. Agradeci o Chico, pegando a mala de sua mão e caminhei em direção as escadas. Coloquei a mala e a mochila no canto da parede, ao lado da porta do quarto de Pietro. Eu estava ansiosa demais e queria matar as saudades.

Bati três vezes seguidas na porta, e escutei um "Espera". Respiro fundo, colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. E de repente a porta se abre.

Um sorriso nasce em meus lábios ao vê-lo. Seu cabelo estava maior, inegavelmente bagunçado - suponho que tenha acabado de acordar. - o que o dava um ar mais sexy. Como é que uma pessoa pode ficar ainda mais bonita com o passar dos meses? O certo seria o contrário. Estamos envelhecendo, certo? Céus!

— Letícia?! — sua voz estava rouca, quase que não sai! Sua expressão era de total confusão.

Meu sorriso ainda se sustentava em meu rosto, mas Pietro continuava lá: parado sem mover um músculo ou sorrir. Arqueio uma sobrancelha.

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