Capítulo 17

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Acho que esse vestido é o mais curto que eu vesti até hoje. Um pouco acima da cintura havia uma fina faixa transparente que rodeava o vestido. Ele era estranho, mas um estranho bonito. Saio do provador, e Pietro sorri caminhando até mim.

— Você ficou maravilhosa, Leticia. — selou nossos lábios.

— Não é para tanto. — ok, eu estava linda nesse vestido, yeah!

— Por que não compra esse? — suspiro.

— Você já viu o preço? É caro. Em outra loja, com preços mais aceitáveis, — faço aspas com as mãos. — eu poderia comprar uns quatro desse. — volto para o provador, tirando o vestido, e colocando minha roupa denovo.

Saio do provador mais uma vez, e a Carla estava conservando com o Pietro. Virei-me para pôr o vestido no seu lugar de origem, e a mãe de Pietro me chama.

— Leticia, venha cá, fazendo o favor. 

  Caminho em sua direção, ficando frente a frente. Carla pega a roupa em minhas mãos.

— Leticia, que vestido lindo! — exclamou.

— Sim, também achei.

— Ei, querida... — chamou a atendente. — Irei levá-lo. — e a vendedora o pegou.

Mas o quê?

— Para você, bobinha. Não se preocupe. — e nessa hora minha mãe chega.

— Não entendo. Poderiam me explicar?

— Mãe, ela quer o comprar um vestido para mim... — murmuro. Isso não seria tão ruim, certo?

— Por favor, Maria. Deixe eu dar de presente para Letícia. — falou antes que minha mãe protestar. — Estou dando de coração ficaria magoada se não deixasse...

— Está bem... — minha mãe concorda. Oh, sim!

— Ótimo! Eu achei um lindo vestido para a Vitória... — disse olhando para a minha irmã. Minha mãe ri, suspirando em seguida

     [...]

  Estou no quarto me arrumando, para o réveillon, que irá ser daqui algumas horas. Ontem foi uma discussão que só, para comprar o vestido da Vitória, minha mãe não queria deixar Beatriz pagar, e no final ela acabou pagando. Calço meus salto alto - eles não são tão altos. Pietro entra no quarto.

— Mc Brinquedo! — ele estava com as mãos atrás das costas.

— O que esconde? — pergunto curiosa.

— Um presente para você. — respondeu me entregando uma caixinha pequena.

— Você é ótimo em fazer surpresas, Pietro. — abro a caixinha.

Tiro o colar da caixa. O colar brilhava, tinha um coração escrito... Mc Brinquedo?!

— Espero que goste. — ele levantava suas sobrancelhas com um ar sarcástico.

— Obrigada! Eu gostei... mesmo que eu achasse poderia ter escrito meu nome ou sei lá. — digo com sinceridade. — Mas, tanto faz. Quase não dá para ver mesmo. — ele ri, pegando o colar de minhas mãos.

Com uma mão, seguro meus cabelos para Pietro colocar o colar em mim. Ele coloca, voltando a ficar em minha frente. Soltei meus cabelos cacheados, deixando-os cair levemente em minhas costas.

— Ficou lindo em você! — o abraço.

— Seu bobo! — murmuro, depositando um beijo em seu pescoço.

Descemos de mãos dadas, até a sala. Tinha pouca gente, é algo bem familiar mesmo. Estavam ali presente: Carla, Maria, Vitória, Flávia, Bruno, Pietro, Domingas e eu obviamente. 

  A decoração era simples, mas bem bonita. O menos é mais. Estava tocando uma música calma, não conheço.

— Hoje vai ser uma ótima noite. — estávamos sentados no sofá.

— O ano novo promete. — ele aperta minha coxa.

— Concordo. — sorri, dando-lhe um selinho demorado.

Minha mãe parece em nossa frente, com a Vitória em seu colo, minha irmã tinha seis anos, só que era bem magrinha e tinha estatura de uma criança de quatro anos.

— Filha, faz um favor para mim. Vai pegar meu celular lá no quarto, para sua irmã jogar e parar quieta, depois que eu ligar para o seu pai.— diz em um tom de desespero.

Levanto do sofá. Passei pela Flavia e Bruno que estavam sentados perto da escada, em puffs. Subo as escadas, degrau por degrau lentamente, ao chegar ao topo sigo pelo corredor, entrando no antepenúltimo quarto, acendo a luz começando a procurar o celular da minha mãe. Achei ele na bolsa dela, que estava dentro do guarda-roupa. Fecho a bolsa, pondo onde estava, fecho o guarda-roupa e no mesmo instante um mão toca em meu ombro apertando.

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