Alexandre

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Marisa dormia profundamente enquanto observava seu sono, o médico permitiu minha entrada no quarto para vê-la mas  advertiu que ela ainda estava dormindo graças aos remédios, era possível apenas ouvir o som dos aparelhos ligados dentro do quarto e sua suave respiração, às vezes quando terminava de transar com ela ficava esperando para vê-la dormir, Marisa se levantava, colocava o vestido velho e se deitava de frente a parede, sempre me espantei pelo fato dela dormir tão calmo depois de apanhar mas ela fechava os olhos de maneira tão serena que parecia que estava esperando aquele momento do dia para descansar.

Marisa nunca reclamava ou resmungava de nada, chegava na sala de jantar se sentava no chão e esperava a tigela de comida ser servida, Abigail colocava sempre muita comida pois não permitia que ela fosse alimentada em outros horários, fazia Abigail tirar a comida a mais e deixar apenas uma pequena porção, Marisa comia calada e sempre com atenção fixa na tigela, comia tudo e depois se levantava indo para o quarto, não conversávamos ou discutíamos sobre nada e gostava que fosse assim, normalmente trabalho o dia inteiro na sede mas durante a noite organizava minhas pendências para o dia seguinte, desde do dia que Marisa começou a viver em minha casa procuro terminar tudo bem rápido para estar com ela, sempre quando chego a garota esta nua e com as pernas abertas me esperando, gosto de admirar o corpo dela desde do dia que a fiz mulher percebo como as curvas do seu corpo ficaram avantajadas.

Os seios e coxas ficaram mais grandes apesar da magreza, o corpo dela havia se transformado, ela esperava e ansiava que entrasse nela, todas as noites era assim, já estava acostumando com essa rotina, o silêncio dela me intrigava às vezes, nunca ouvi sua voz e nem um sussurro sequer. Ela nunca gemia com meu pau dentro dela imagino que ela tenha algum problema mental, já pensei que seja uma louca ou alguém desequilibrado mas ainda não sabia como lidar com seu silêncio talvez se ouvisse seus resmungos ou defesas seria melhor que não ouvir nada, penso que Marisa está morta em vida.

Os olhos dela se abriram bem devagar, a primeira visão que teve foi a minha e seus olhos se fecharam novamente como se não quisesse me ver.

– Deveria surrar você por ter desmaiado, saiba garota que ainda não tinha gozado!

Ela piscava os olhos mas sua atenção estava toda concentrada no teto.

– Assim que receber alta, vou levá-la para um médico tirar esse bastardo que carrega no ventre!

Ela olhou para mim por alguns instantes, percebi pavor em seu olhar mas logo voltou ao estado de inércia de sempre.

– Está grávida mas não quero essa coisa, Olavo vai tirar esse bastardinho e já vou pedir para fazer à laqueadura em você, não quero correr o risco de que engravide de mim ou de qualquer outro novamente.

Ela fechou os olhos novamente percebi que dormia mas não queria que dormisse queria continuar falando, por isso vou até Marisa começou a sacudir seu corpo.

– Acorde, desgraçada, ainda não terminei!

Mesmo com todos os meus esforços, Marisa continuava a dormir calmamente como se não tivesse falado nada, tudo que faço não causa nenhum tipo de reação nela e isso me irrita muito.

Na manhã seguinte, Marisa finalmente recebeu alta, Abigail fez questão de ir junto comigo buscar a garota, assim que cheguei no quarto, ela já estava com um vestido longo e uma sandália baixa no pé estava sentada na cama de frente a janela percebi que observava os pássaros que posavam ali e que nem me olhou quando entrei no quarto.

– Vamos, infeliz, não tenho o dia todo!

Ela se levantou e saiu andando em direção da porta sem olhar para mim, Abigail correu para abraçar a menina.

A Inocência (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora