Te odeio quando te amo

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Pus minha respiração ao limite
E contraí meu corpo contra o meu psicólogo noturno
Gritando em silêncio como anjo caindo do céu
Era por tua causa, desgraça
Por tuas sentenças eletrônicas
Eu sou criança, fingindo maturidade
Sou ingênuo como um pássaro que pousa no fio desencapado
As vezes me perco pensando em você
Cada dedo meu descobrindo cada célula tua
E você dentro de mim como quem quer descobrir um novo planeta
E em teus olhos de rio Tapajós me perco hipnotizado
Me afogo de bom agrado como quem cai no mel e quer morrer  envenenado
Sou traficante de esperanças falsificadas pelo meu próprio cérebro
Não creio mais em te amar, só creio que você é a minha destruição
Desgraça, eu ainda te quero

A Libertinagem Da Bicha Nortista Onde histórias criam vida. Descubra agora