Enquanto escrevo, choro
Enquanto escrevo, gozo
Vomito palavras a todo segundo
Como um bêbado malditoEnquanto escrevo, morro
Enquanto escrevo, nasço
Respiro frases como um recém nascido
Que ainda sem saber respirar, respiraEnquanto escrevo, me bato
Enquanto escrevo, me mato
Me debato sobre o lápis
Como analfabeto sem direção
Estou sujo, pelos poemas sujosSou poesia suja e descabida
Melhor seria deixar as páginas
Em um total tom pálido branco
Sou escárnio fatalMe sinto uma cópia barata
De alguém que finge escrever
Me sinto enquanto escrevo, um escravo
De minhas pseudo dores de poeta.
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A Libertinagem Da Bicha Nortista
PoetryPoemas que eu escrevo porque não sei lidar com o caos de existir e sentir. Em três vãos sentimentais: silêncio, Libertinagem e Fúria. Sobre meus encontros, desencontros, paixões. Sobre dias bons e ruins. Um diário poético de uma vida poética. A L...